tag:blogger.com,1999:blog-20355799781276718522024-03-13T08:15:36.736-07:00ARQUIVO RColetânea de documentos de variados gêneros e formatos visando a reflexão teológica.Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.comBlogger53125tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-85875918156262094792018-01-08T06:44:00.000-08:002018-01-08T06:44:29.654-08:00Soberania de Deus e Responsabilidade Humana. Parte 1: O “silêncio” calvinista e a tagarelice arminiana.<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O Silêncio <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Existem temas que não podem ser negligenciados e/ou
postergados (mesmo tacitamente) sem que se padeça a pena de ter uma ótica
imprecisa ou opaca dos tópicos que os seguem ou os pressupõem. Em outras
palavras, tópicos precedem outros em necessidade hermenêutica e, por
conseguinte, em importância de apreciação bem como na necessidade de
consciência e aceitação<a href="https://d.docs.live.net/41407d58148a0312/Documentos/Blog/Soberania%20de%20Deus%20versus%20Responsabilidade%20Humana%20-%20Parte%201.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 13pt; line-height: 107%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
São os temas fundantes; os pressupostos basilares e/ou gerais – aqueles que
estão mais “distantes” na rede de crenças.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> As denominadas “doutrinas da graça” ou os “cinco pontos
do calvinismo” (os cânones de Dort) não se encontram no <i>final</i> da linha na rede de crenças. Elas são <i>precedidas</i> por dois temas fundantes: a Soberania de Deus (SD) e a Responsabilidade
Humana (RH). Responsabilidade no primeiro ponto (depravação total<a href="https://d.docs.live.net/41407d58148a0312/Documentos/Blog/Soberania%20de%20Deus%20versus%20Responsabilidade%20Humana%20-%20Parte%201.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 13pt; line-height: 107%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>)
e soberania nos demais. Nenhum dos dois temas, contudo, recebe <i>tratamento</i> <i>específico</i> nos documentos produzidos na Holanda do século XVII;
antes, são simples e <i>conscientemente</i> <i>pressupostos</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Parte da dificuldade na relação
entre a SD e RH se dá quando lidamos com a realidade <i>antes </i>do pecado. Mais especificamente, sobre a relação entre a <i>origem</i> do pecado (o mal) e Deus. Dort (e
muitos calvinistas<a href="https://d.docs.live.net/41407d58148a0312/Documentos/Blog/Soberania%20de%20Deus%20versus%20Responsabilidade%20Humana%20-%20Parte%201.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 13pt; line-height: 107%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> e
o próprio Calvino) pressupõe a <i>tensão</i>
e o <i>inescrutável</i>. Ele não tem preocupação
alguma em apresentar <i>qualquer</i> <i>solução</i>. O que se ver, por exemplo, em
textos como Romanos 9.19-20 e a tese do livro de Jó, é que tal postura não
somente é <i>indicada</i> nas Escrituras,
mas é <i>essencial</i> para a apreciação das
ações graciosas de Deus; que existe, sim, uma “fronteira epistemológica” que,
uma vez atravessada, gera a cegueira da graça enquanto nos faz perde-se em abstrações
arrogantes e destruidoras; que o <i>silêncio</i>
não é fruto da fadiga, da desistência frustrante, mas decorre da obediência à revelação.
O <i>silêncio doxológico</i> é a <i>resposta devida</i> diante do <i>inacessível</i> e da <i>tensão</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Nessa primeira parte queremos lidar
com o <i>silêncio</i>. Por que escolher “silêncio”
e não “mistério”? A expressão é inspirada na cadeia de questionamentos
dirigidas a Jó e na pergunta/mandamento em Romanos 9.20. Todos os textos trazem
grandes contribuições para a discussão sobre a relação entre SD e RH e problema
da origem do mal e em todos eles o <i>silêncio</i>
não é somente indicado, é <i>exigido</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Seguem alguns exemplos do chamo de “silêncio calvinista<a href="https://d.docs.live.net/41407d58148a0312/Documentos/Blog/Soberania%20de%20Deus%20versus%20Responsabilidade%20Humana%20-%20Parte%201.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 13pt; line-height: 107%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>”:
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">1.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">No artigo 14 do 1º capítulo
temos: “Ela [a doutrina da divina eleição] deve ser ensinada com espírito de
discrição, de modo reverente e santo, <i>sem
curiosa investigação</i> dos caminhos do Altíssimo”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">2.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">No artigo 18 do 1º capítulo,
diante dos possíveis questionamentos, Dort apela para a soberania de Deus
citando Romanos 9.20 (Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus? “Acaso
aquilo que é formado pode dizer ao que o formou: ‘Por que me fizeste assim?’”)
e Mateus 20.15 (“Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro?
Ou você está com inveja porque sou generoso?”) e declara: “[...] adorando
reverentemente estes <i>mistérios</i>,
exclamamos como o apóstolo: <i>Ó
profundidade da riqueza</i> [...]” (itálico nosso). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">3.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Depois de explicar a
regeneração; de como o homem <i>não tem participação</i>
nela e ao mesmo tempo assegurar que a vontade humana não é apenas <i>acionada</i> ou <i>movida</i>, mas sob a ação de Deus “torna-se ela mesma atuante”, o
documento declara que quando o assunto é a operação de Deus na regeneração, <i>não podemos entender completamente</i> (cf.
3° e 4° capítulo; artigo 13). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">4.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">No artigo 16 do 1º capítulo
temos claramente a responsabilidade humana: “[pessoas que se sentem fracas e
sem fé] <i>devem continuar diligentemente</i>
no uso desses meios, desejando fervorosamente dias de graça mais abundante e
esperando-os com reverência e humildade”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">5.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">No artigo 16 do 3º e 4º
capítulos temos a soberania de Deus em ação na liberdade humana: “[...] a graça
divina da regeneração não age sobre os homens como se fossem <i>máquinas</i> ou <i>robôs</i>, e não <i>destrói</i> a <i>vontade</i> e as suas <i>propriedades</i>, ou a <i>coage</i> <i>violentamente</i>” (itálico nosso). Ele
declara, mas <i>não explica</i> a tensão
existente. Esse silêncio deixa claro que para Dort não há espaço para
especulação filosófica. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Dort, portanto, entende e argumenta em favor do reconhecimento de <i>mistérios</i> não revelados. Pensando no
pecado de Adão; da sua responsabilidade e dos seus filhos corrompidos, Dort
simplesmente se recusa a dar “um passo para trás” e perguntar “por que o pecado
entrou no mundo uma vez que Deus é soberano?”. Ou, “Como Deus pode ser
completamente soberano sobre <i>cada</i> <i>decisão</i> humana (como veremos logo mais)
e ainda assim <i>cada decisão</i> humana ser
realmente responsável?”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Tal postura reflete um documento bem mais antigo – as 97 teses de
Lutero (que antecederam as suas famosas 95 teses<a href="https://d.docs.live.net/41407d58148a0312/Documentos/Blog/Soberania%20de%20Deus%20versus%20Responsabilidade%20Humana%20-%20Parte%201.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 13pt; line-height: 107%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>)
onde ele combate a <i>metodologia</i>
teológica onde Aristóteles reinava – o escolasticismo. Nas palavras de Lutero
(2004, 2:17-18): <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt;">Ninguém se torna teólogo a não ser sem
Aristóteles [...] Dizer que um teólogo que não é um lógico é um monstruoso
herege, é uma afirmação monstruosa e herética. [...] Nenhuma fórmula
silogística subsiste em questões divinas [...] Se uma fórmula silogística
subsistisse em questões divinas, o artigo sobre Trindade seria conhecido, em
vez de ser crido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> O mesmo pode-se dizer de Calvino. Sobre o porquê Adão não
perseverou em obediência, Calvino declara nas Institutas (I.XV.8): “</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">No entanto, por que não quis sustentá-lo com o poder
de perseverança, isso está <b>oculto</b> em
seu conselho <i>secreto</i>. A nós, realmente <i>nos </i>cabe saber com
sobriedade” (negrito nosso).</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Ainda sobre o pecado de Adão, Calvino declara:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt;">Que
aqui ninguém vocifere <i>dizendo </i>que Deus poderia ter acudido melhor à
nossa salvação, se houvesse impedido a queda de Adão, visto que essa objeção,
em vista da curiosidade em extremo ousada <i>que envolve</i>, não só deve ser
abominada pelas mentes piedosas, como também pertence ao <b>mistério</b> da predestinação [...]<a href="https://d.docs.live.net/41407d58148a0312/Documentos/Blog/Soberania%20de%20Deus%20versus%20Responsabilidade%20Humana%20-%20Parte%201.docx#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 13pt; line-height: 107%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Lidando especificamente com a
relação entre o pecado do homem e a soberania de Deus, John Piper em vários
momentos entende seus limites. Sobre como o pecado entrou em Satanás, Piper
(2015:40) é simples e direto: “[...] não sabemos. Deus não nos contou”.
Comentando Provérbios 16.4 (</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">“O Senhor faz tudo com um
propósito; até os ímpios para o dia do castigo”</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">),
diz: “Deus assim agiu de forma <i>misteriosa</i>
a fim de preservar a responsabilidade do perverso, e ao mesmo tempo a
impecabilidade do seu próprio coração. Devemos nos humilhar se <i>não conseguimos explicar</i> como isso
acontece” (2015:47 – itálico nosso).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Michael
Horton (2014:64 – itálico nosso) declara em <i>A
Favor do Calvinismo</i>: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt;">Não é a
soberania de Deus que mantém a liberdade humana aprisionada, mas o pecado.
Aqui, também, a teologia confessional Reformada é obrigada a manter juntas duas
aparentemente conflitantes: Deus decretou tudo o que vais acontecer, embora
isso, de modo algum infrinja na liberdade de suas criaturas. Seria mais fácil,
é claro, para <i>intelectos finitos</i>
resolver esse dilema na direção ou da autonomia humana ou do fatalismo, mas a
Bíblia não dá essas opções. É um <i>paradoxo
para a mente humana</i>, e assim permanecerá até mesmo na glória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O
problema do mal (especificamente sua <i>origem</i>)
permeia toda essa questão. Como somos responsáveis pelo mal quando o Senhor
determina todas as coisas? O problema do mal passa pela explicação da relação
entre responsabilidade, liberdade, mal e soberania divina. Frame (2006:105-6 –
itálico nosso) faz coro a “postura silenciosa” reformada citada acima: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt;">Visto
que o cristianismo é uma revelação de Deus, é de se esperar que inclua algumas
coisas que transcendem o nosso entendimento – alguns mistérios insolúveis.
Credito que o problema do mal seja um desses mistérios [...]. Alguns teólogos
parecem estar dispostos a solucionar o problema do mal [...]. Será que não
seria melhor deixar esse problema sem solução, em vez de recorrer a meios tão
drásticos?<a href="https://d.docs.live.net/41407d58148a0312/Documentos/Blog/Soberania%20de%20Deus%20versus%20Responsabilidade%20Humana%20-%20Parte%201.docx#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 13pt; line-height: 107%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Não haverá um momento em que deveríamos ficar em silêncio e simplesmente
acreditar na palavra de Deus?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Sobre a
relação entre SD e RH Frame (2006:74 – itálico nosso) declara: “É importante
entender a relação entre os dois o mais claramente possível, mesmo que alguns
dos seus aspectos seja <i>profundamente
misteriosos</i>. Porém, não podemos colocá-los em oposição um ao outro”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">R. C.
Sproul (1998:24, 26, 31 – itálico nosso) é direto: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt;">Por anos
procurei a resposta a este problema [problema do mal], pesquisando as obras de
teólogos e filósofos. Encontrei algumas tentativas inteligentes de resolver o
problema mas, até agora, <i>nunca encontrei
uma resposta profundamente satisfatória</i>. [...] Adão e Eva não foram criados
decaídos. Eles não tinham natureza pecaminosa. Eram boas criaturas com uma
vontade livre. Ainda assim, escolheram pecar. Por quê? <i>Não sei. Nem encontrei ainda ninguém que saiba</i>. [...] Não tenho
ideia por que Deus salva alguns e não todos. Não duvido por um momento que Deus
tenha o poder de salvar todos, mas eu sei que Ele não escolhe salvar todos. <i>Realmente não sei por quê</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Em outra
obra Sproul (1997:92) declara: “É possível inventar vários tipos de explicação
que talvez impressionem as pessoas pelo seu engenho, mas todos eles têm os seus
pontos fracos. A verdade cristã não é promovida pelo raciocínio sofístico
arguto”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">N. T.
Wright (40, 52, 63– itálico do autor) faz coro ao silêncio. Seguem três citações:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt;">O que
nossa tradição filosófica ocidental nos leva a esperar e a buscar é uma
resposta a questão: o que Deus pode <i>dizer</i>
sobre o mal? Queremos uma <i>explicação</i>,
saber o que o mal é, porque ele está presente desde o princípio (ou, pelo
menos, quase do princípio), por que teve permissão para continuar existindo e
quanto tempo ainda vai durar. Essas questões aparecem na Bíblia, mas, para
nossa frustração, não recebem respostas completas e com certeza são respostas
que não agradariam aos filósofos da atualidade <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt;">Dietrich
Bonhoeffer afirma que o pecado fundamental da humanidade foi colocar o
conhecimento do bem e do mal acima do conhecimento de Deus. Esse é mais um dos
mistérios assombrosos de Gênesis 3: deve existir <i>alguma</i> ligação relevante entre o que entendemos por bem e mal e o
que Deus entende, senão, estaríamos realmente na escuridão moral. Ainda assim,
serve como aviso para não sermos taxativos ao declarar o que Deus deveria, ou
não, fazer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt;">[A]
força personificada do mal, satanás, é importante, mas não tanto. A origem do
mal permanece um mistério, e, quando aparece, satanás fica restrito a certos
limites. [...] o tempo todo fica evidente a responsabilidade humana pelo mal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Jonas
Madureira (2017:181 – itálico nosso) segue a mesma “estrada misteriosa”: “Fato
é que nem a apologética nem a teodiceia são capazes de oferecer <i>qualquer explicação específica sobre a razão
de Deus permitir o mal</i>”. Sobre a compatibilidade dessas verdades seguem as
palavras de Heber Campos (2001:291): “<i>Não
cabe a nós explicar </i>essas coisas no sentido mais profundo, mas cabe-nos
afirmar a necessidade do compatibilismo. […] uma ação é livre mesmo que seja
causalmente determinada”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">A
citação que sintetiza perfeitamente tudo que foi colocado a cima vem de J. I.
Packer (1990:17-8): “Para nossas mentes finitas, naturalmente, <b>trata-se de algo inexplicável</b>.
Parece-nos uma contradição. […] uma antinomia não é nem dispensável, nem
compreensível. […] É algo inevitável e insolúvel. Não a inventamos nem podemos
explicá-la”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">A Tagarelice <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Entre os
arminianos a postura é completamente diferente. Exemplifiquemos com a obra <i>Contra o Calvinismo </i>de 2013 de Roger
Olson. Uma de suas críticas a Edwards sobre a relação de Deus com o pecado
original é a seguinte: “Edwards em nenhum lugar <i>explica</i> a origem da disposição má de Adão que o tornou culpado, e
não Deus” (2013:149). E ainda: “A pessoa não pode abraçar as duas [SD e RH] sem
que caia em <i>contradição</i>. Apelar para
o <i>mistério</i> não é apropriado”
(2013:153 – itálico nosso). E, “Parece que a explicação calvinista está dando
voltas, andando em círculos [...]”. O que o “silêncio calvinista” não é uma
fuga da problemática, nem fruto da indiferença e do obscurantismo – é
obediência à revelação. É convicção exegética (cf. uma análise de Romanos 9 em
vídeo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O papel
das implicações ajuda-nos a entender as diferentes metodologias teológicas. Depois
de citar uma “implicação lógica” do calvinismo do escritor Jeremy Evans onde
esse declara: “Se Deus precisa da criação para exemplificar estas propriedades
[justiça, ira], então os humanos podem corretamente questionar se Deus estava
livre em Seu ato de criação”; Olson declara: “Claro, poucos calvinistas irão
colocar a questão dessa forma, mas é a <i>consequência
lógica</i> e <i>necessária’</i>” (2013:147 –
itálico nosso). Interessante que o próprio Olson (2013:13) afirma que não
podemos confundir as declarações de uma doutrina com suas <i>implicações</i>. Contudo, o próprio Olson critica as implicações (que
toma como necessárias) do calvinismo. O que está acontecendo aqui? Olson critica
o calvinismo por meio de implicações. Contudo, tais implicações não atingem o
calvinismo, pois elas são invasões dos <i>limites
</i>que o sistema reconhece (sobre bases exegéticas) e que Olson tem
consciência como na citação acima.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Olson
(2013:272) faz uma distinção entre contradição e mistério. O primeiro é
impossível e o segundo como “algo além da nossa completa compreensão”. Cita
como exemplo de mistério a Trindade. Ele entende que existe uma outra categoria
– o enigma. Sobre a eleição ele diz “Apelar para o mistério é incorreto; isto
não é um mistério, mas um enigma” (2013:278). E ainda: “Não estou contente em
deixar a pergunta do ‘por quê’ na esfera do <i>mistério</i>”
(2013:97 – itálico nosso).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Assim, aonde
os calvinistas <i>param</i> – evitando a “consequência
necessárias” de Olson – o arminiano quer <i>continuar</i>
aplicando a lógica aristotélica ao sistema calvinista. Entende-se, pois, que o desacordo
entre arminianos e calvinista não está somente nas conclusões díspares sobre
determinadas temáticas, mas na própria <i>metodologia</i>;
ou, sendo mais específico, no <i>campo</i> <i>de estudo</i>. Os arminianos <i>entram</i> em áreas que Dort simplesmente
pressupõe (ou seja, não <i>discute</i>) e
entende que não devem ser <i>exploradas</i>.
Uma delas (creio ser a mais importante) é a relação de Deus com o mal ou a
tensão entre SD e RH. O problema é que a metodologia deve ser fruto do texto e
não o contrário. O calvinismo não vai além por um motivo simples: o texto
sagrado proíbe. Sua metodologia exegética é determinada por uma declaração didática
e direta: “Quem é você, ó homem, para questionar a Deus?”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Continua...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="https://d.docs.live.net/41407d58148a0312/Documentos/Blog/Soberania%20de%20Deus%20versus%20Responsabilidade%20Humana%20-%20Parte%201.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"> Não necessariamente via apologética e
consciência analítica, pois alguns tópicos não podem ser analisados <i>em si</i>, somente aceitos.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="https://d.docs.live.net/41407d58148a0312/Documentos/Blog/Soberania%20de%20Deus%20versus%20Responsabilidade%20Humana%20-%20Parte%201.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"> A escolha por essa expressão sintética bem
como das outras se dá pelo uso constante. Todas as propostas têm suas
limitações como toda expressão sintética. “Expiação Limitada” visa revela que o
propósito da expiação tinha um número “limitado” de pessoas. “Expiação Eficaz”
enfatiza o poder da morte de Cristo. Ambas estão corretas. O verdadeiro sentido
de cada ponto só é alcançado debruçando-se sobre todos os cânones e não sobre
uma expressão somente.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="https://d.docs.live.net/41407d58148a0312/Documentos/Blog/Soberania%20de%20Deus%20versus%20Responsabilidade%20Humana%20-%20Parte%201.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"> Exemplos: Charles Spurgeon, Wayne Grudem, Heber
Campos, Augustus Nicodemus, J. I. Packer; John Feinberg; John Piper; D. A.
Carson.</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="https://d.docs.live.net/41407d58148a0312/Documentos/Blog/Soberania%20de%20Deus%20versus%20Responsabilidade%20Humana%20-%20Parte%201.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"> Numa análise histórica mais rígida, a
expressão “calvinismo” surge como uma referência a doutrina da ceia do Senhor. Segundo
Alister McGrath (2004:231): “O termo ‘Calvinismo’ parece haver sido introduzido
pelo controversista luterano alemão Joaquim Westhal para se referir às
perspectivas teológicas e, especificamente, àquelas relacionadas aos
sacramentos”. “Calvinismo”, pois, nasce em contraste com “luteranismo”. Ainda
segundo McGrath (2004:231), “A introdução do termo ‘calvinista’ aparenta ter
sido uma tentativa, da parte dos alarmados luteranos alemães, no sentido de
estigmatizar e desacreditar as ideias de Calvino como sendo uma influência
estrangeira na Alemanha”. A expressão passa a ser usada de forma específica em
suas inúmeras manifestações locais tornando o termo vago. Aqui uso a expressão
como equivalente às convicções do Sínodo de Dort ou ao monergismo. Citaremos
outros estudiosos que defendem o <i>silêncio</i>,
mas não abraçam o sistema com apresentado em Dort (e.g., N. T. Wright). Do
outro lado reconhece-se a existência de estudiosos identificados com o
calvinismo (ou a teologia reformada) que consideram o apelo ao mistério, o silêncio,
o paradoxo, ou a antinomia uma expressão de falsa piedade porque a Bíblia nos
revela a origem e o propósito do mal (e.g., Gordon Clark).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="https://d.docs.live.net/41407d58148a0312/Documentos/Blog/Soberania%20de%20Deus%20versus%20Responsabilidade%20Humana%20-%20Parte%201.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"> Segundo Joaquim Fisher (em LUTERO, 2004:2:13):
“Lutero percebeu que a teologia estava acorrentada no cativeiro da escolástica,
impossibilitada de articular adequadamente a questão essencial da fé cristã, ou
seja, graça e justificação, Deus em seu relacionamento com o ser humano e
vice-versa [...] A teologia precisava ser libertada, sobretudo da ‘ditadura’ da
Aristóteles. [...] O método teológico alternativo era o do paradoxo”.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="https://d.docs.live.net/41407d58148a0312/Documentos/Blog/Soberania%20de%20Deus%20versus%20Responsabilidade%20Humana%20-%20Parte%201.docx#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"> Ronald Wallace (2003:197 – itálico nosso) nos
lembra que “Era característico de Calvino, em sua submissão à Palavra de Deus,
jamais modificar um aspecto claro da verdade revelada, mesmo quando o
reconhecimento total dela levava a uma <i>tensão
aguda</i> com outros aspectos da Palavra. Alister McGrath (194) descrê assim a
visão de Calvino sobre a predestinação: “A predestinação é algo que deveria
induzir um senso de temor em nós. O <i>decretum
horrible </i>(III.xxiii.7) não significa “horrível decreto”, como uma tradução
grosseira, insensível às nuances do latim, poderia sugerir; antes significa um
decreto que “inspira temor” ou “terror”.</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://d.docs.live.net/41407d58148a0312/Documentos/Blog/Soberania%20de%20Deus%20versus%20Responsabilidade%20Humana%20-%20Parte%201.docx#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"> Uma referência a solução do teísmo aberto.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-13692369594717744052018-01-05T09:59:00.000-08:002018-01-05T09:59:31.309-08:00Dispensacionalista? Eu?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Segue a resposta que apresentei a um colega de ministério que me
questionou sobre se deveria ou não se <i>identificar</i>
como um dispensacionalista (no caso dele, <i>progressivo</i>)
uma vez que esse sistema tem sofrido muito com os já velhos e surrados espantalhos
e, por conseguinte, com associações negativas e até grotescas (e.g., duas
formas de salvação, antinomismo):<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Então, meu amigo, não é a primeira vez que essa
questão chega a mim. Outros colegas, alunos, ex-alunos, leitores e gente que
acompanha o meu canal fazem coro ao seu questionamento. Daí a razão de pretender
publicar minha resposta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Bem, quando me perguntam sobre que sistema teológico
(ST) ou chave hermenêutica (CH) eu abraço, geralmente declaro que <i>simpatizo</i> ou me <i>aproximo</i> do Dispensacionalismo Progressivo (DP). Contudo, já deve
ter notado que não gosto de advogar ou “vestir a camisa” de <i>nenhum</i> sistema. Usando o recurso paulino
da ênfase – “nenhum sequer”. A razão é simples: nenhum deles explica todos os <i>particulares</i> <i>textuais</i>. Além disso, e não menos importante, em todas as CH´s, a
metodologia <i>precede</i> o texto (a
ontologia) – sequencia perigosa quando não se tem <i>consciousness</i> do processo. Para mim, o texto (ontologia) é que deve
<i>determinar</i> a <i>metodologia</i> de aproximação – não o contrário. Assim, questões como “quem
interpreta quem” na relação hermenêutica entre os testamentos deve ser
respondida <i>a posteriori</i> e trabalhando
caso a caso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">No entanto, eu ainda entendo que a <i>identificação</i> com alguma CH tem suas
vantagens. Todos têm seus pontos de partida. E nas minhas lutas com os partilhares
textuais “os <i>a priori</i> metodológicos e
doutrinários” do DP ainda são os que trazem menos dificuldades. Apesar da
Teologia da Nova Aliança (TNA) está perto em questões como lei mosaica, início
da igreja... A grande questão que divide DP e TNA não são tanto doutrinárias,
mas hermenêuticas – os apriorismos quanto à <i>prioridade</i>
hermenêutica entre os testamentos. Aqui minha tendência fica com DP;
especificamente a visão de um dos seus grandes representantes – Darrell L.
Bock: <i>single meaning, multiple contexts
and referents</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Nesse ponto vale uma palavra sobre a <i>natureza</i> da doutrina. Antes, porém, uma breve
digressão elucidativa: acredito que existem pontos de contato entre o que chamamos
de <i>doutrina</i> e uma CH. Ambas tentam <i>sintetizar</i> os particulares textuais do Grande
Livro. A primeira faz um tipo de “corte temático” em toda a Escritura; já a segunda
é marcada pela ousadia (atrevimento?) de encontrar o tema unificador de <i>toda</i> Escritura – o <i>mitte</i>. Daí a razão de sermos bem mais firmes na primeira (e.g., Trindade)
e menos dogmáticos na segunda. Minha identificação com o DP, por exemplo, está
longe de vir acompanhada da mesma convicção com que declaro o credo apostólico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">A obra de Alister McGrath, <i>A Ciência de Deus: uma introdução à teologia científica</i>, foi uma
luz para meu entendimento da <i>natureza</i>
da doutrina e, por conseguinte, trouxe implicações para minha forma de ver as
CH’s (DP, TNA...). Explico: McGrath nos lembra que as doutrinas, assim como as
teorias científicas, são, <i>por</i> <i>natureza</i>, <i>reducionistas</i>. Para o teólogo irlandês, criticar as teorias/doutrinas
(e diria os ST e as CH´s) de <i>reducionistas</i>
é o mesmo que censurar a água por ser molhada. A grande questão, pois, não é <i>se</i> as usaremos ou as buscaremos (pois,
na verdade, <i>precisamos</i> delas), mas a <i>como</i> a empregaremos. O ponto dele é que
não podemos vê-la como o <i>telos</i>, mas
como <i>declarações</i> <i>provisórias</i>. Ou seja,<i> abertas</i>
a aperfeiçoamentos futuros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Dessa forma, meu amigo, se todos nossos amigos
teólogos fossem como Sherlock Homes e vissem as CH´s como frutos da <i>abdução</i> e não como explicações <i>definitivas</i> dos particulares textuais,
eu não teria problema nenhum em me denominar, sem reservas, um adepto do DP. Em
outras palavras, se as vissem como a <i>melhor</i>
resposta que temos, contudo, não a <i>única</i>
e final e/ou definitiva, seria tranquilo. O problema é que os sistemas, apesar
de serem denominados por alguns de “chaves”, para muitos funcionam como verdadeiras
<i>correntes</i> <i>hermenêuticas</i>. Como boas <i>chaves</i>,
elas deveriam manter o debate sempre <i>aberto</i>
– o que infelizmente não é verdade. Quando alguém declara adotar determinada CH,
ele fala como quem encontrou o tesouro perdido – “A” Chave. O certo seria ver
as chaves como chaves – plural. Elas abrem <i>muito</i>,
mas não <i>tudo</i>. Para mim, as chaves
devem ser vistas como <i>aperfeiçoáveis</i>.
Foi assim, por exemplo, com doutrinas como a da Trindade e da inerrância
bíblica. As lutas contra as heresias foram <i>lapidando</i>
nossa compreensão e <i>enriquecendo</i> a
doutrina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Pensando especificamente no DP; bem, existem
duas tendências comuns e inevitáveis no emprego de expressões que trazem
referenciais tanto <i>históricos</i> quanto <i>teológicos</i> como, por exemplo, “teologia
reformada”, “calvinismo” e “arminianismo”: a aplicação abrangente ou
particularizada demais. Os primeiros geralmente apelam conceitos amplos como
identidade histórica; já os últimos escolhem uma doutrina <i>particular</i> como marco definidor. Alguns, apelando para os <i>sine qua non</i> doutrinários do dispensacionalismo
(e.g., distinção entre Igreja e Israel) vão dizer que o DP rompeu com a escola.
Sinceramente, partindo desse <i>sina qua non</i>
(que acho o principal), foi exatamente isso que aconteceu. Para não delongar
muito, se existe algo de dispensacionalista no DP são basicamente suas raízes
históricas (e.g., origem em Dallas) e algumas doutrinas, práticas e tendências
hermenêuticas que não justificariam a permanência na escola. Se essa raiz
histórica e os pontos de contato são suficientes para o DP ser digno do “D” que
carrega, o próximo parágrafo talvez ajude. Mas já adianto que mudanças terminológicas
podem cair no provérbio popular “a emenda ficou pior que o soneto”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Por fim, uma palavra sobre a <i>expressão</i> “D” em “DP”. Sendo direto, não
luto muito por nomes. No mundo pós-babel a linguagem sempre será carregada de
ambiguidade. Cada área do conhecimento, por exemplo, tem sua própria linguagem.
Contudo, há empréstimos de expressões entre elas. Exatamente por esse quadro
marcado pela ambiguidade que o <i>conceito</i>
deve ter prioridade de importância sobre as <i>palavras</i>.
Entendo que todas as vezes que eu inverto os valores, caio em uma falácia
perigosa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Para fim de ilustração, pensemos na palavra
“revelação”. É comum no meio cessacionista (meu antigo mundo e seu mundo atual)
evitar o uso dessa palavra em algumas situações. Os missionários e seminaristas
dizem e/ou justificam seus ministérios afirmando que receberam um “chamado” de
Deus, contudo, evitam, a todo custo, a <i>palavra</i>
“revelação”. A falácia nesse caso está em valorizar mais a palavra “revelar” do
que o <i>conceito</i> – para mim<i> </i>presente. É um tipo de preciosismo
tolo. Ainda pensando na palavra “revelação”, certa vez eu perguntei a um
professor meu se ele acreditava em revelação e ele respondeu que sim, “porque
não posso deixar de acreditar em regeneração”, disse em tom irônico. Aqui o <i>conceito</i> foi ignorado e trocado por
outro que é representado pelos mesmos signos – pela mesma palavra. Um exemplo
final: pense na expressão grega símbolo da ortodoxia cristã “homoousios”. Ela
já havia sido usada por Paulo de Samosata para defender a ausência de distinção
entre o Logos e Deus Pai e poderia muito bem ser usada para defender o monarquianismo
modalista. Ou seja, priorize os conceitos e não as palavras. Aqui a dica é: coloque
as cartas na mesa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Em suma, meu amado irmão, alguns nomes podem
ser <i>usados</i>, mas nunca <i>tatuados</i>. “Dispensacionalista” é um
deles. Abração!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"><br /></span></div>
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Aquiraz,
05 de janeiro de 2018.<o:p></o:p></span></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-58002015445264752732018-01-02T20:57:00.000-08:002018-01-02T20:57:23.852-08:00Sala de espera<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Silêncio... Tosse... Passos... Folhas
de livros rasgando o ar... Revista folheada... Espiro... Suspiros... Copo
plástico retorcido… Novos passos...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Querida, sabe informar se o
senhor <i>Realização Momentânea </i>já
chegou? – perguntou afobada e por sobre os ombros a recém-chegada na grande e
central sala de espera do <i>Centro</i> <i>Comercial</i> <i>Bios</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– A senhora já pegou a senha? –
respondeu ríspida a recepcionista sem sequer dirigir o olhar para a senhora <i>Futilidade.</i> “Definitivamente esperar não
é para todos; aliás, ainda não fui apresentada a quem espere com alegria”,
pensou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Entendi. <i>Futilidade </i>sussurrou falando consigo mesma com ar de desprezo enquanto
buscava um lugar para assentar-se: “Assistir o esperar dos outros parece que apodreceu
os ossos ‘dessazinha’”, pensou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ding Dong</span></i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Todos se voltaram automática e
ansiosamente para o grande painel eletrônico que informava: Senha G Sala 4.19.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Finalmente! Levantou-se
rapidamente o jovem <i>Libertinagem </i>em
direção a sala da doutora <i>Lascívia.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“É sempre assim, dentes acesos na
entrada e ombros caídos com o peso do vazio na saída”, pensou a recepcionista enquanto
dirigia seu olhar incrédulo e depreciativo para o jovem que abria a porta do
consultório estampando o sorriso idiota dos iludidos – prefácio do vazio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Entre a abertura de uma porta e
outra, vez por outra a atenção curiosa da recepcionista se voltava para uma
figura destoante e estranha – apesar de comum. Tratava-se de um homem de
estatura e porte insignificantes, roupas ordinárias, barba rala, cabelos
castanhos, movimentação frugal – camuflado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“Por que ele me chama tanta
atenção?” perguntava a si mesma <i>Desilusão</i>
– a recepcionista –, enquanto dirigia um olhar discreto para o homem misterioso.
“Ele é tão comum; tão ordinário”. Com a testa enrugada e olhos semicerrados, <i>Desilusão</i> buscava uma explicação decente
para seu incômodo mental. “Seriam seus óculos?”. Buscou, numa visão panorâmica,
encontrar um elemento desarmônico que a orientasse na busca por sua resposta. Com
uma atenção sintética pôde ver na grande sala de espera pessoas roendo as
unhas, caminhando em círculos, chorando, gemendo, dormindo... Alguns rostos
estampavam sorrisos que apontavam para o nada; outros ostentavam olheiras
profundas, ainda havia aqueles que falavam com os espelhos... Percebeu, pela
primeira vez, que alguns já estavam mortos – logo comunicou os responsáveis
pela retirada dos corpos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">“Já sei”, quase saltou do assento.
“Ele é o que está há mais tempo aqui. Pessoas entram e saem, vão e voltam, mas
ele; ele nunca entrou em qualquer sala”. Por um tempo esse raciocínio pareceu
ser uma explicação viável e satisfatória para a atenção dada a uma figura tão
insignificante. Experimentou certo descanso mental.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ding Dong</span></i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Novamente olhares atentos ao
painel da espera. Senha T Sala 4.2.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Agora vai! Finalmente! – Gritou entusiasta
o senhor <i>Cobiça</i> com punhos cerrados
socando o ar e aos pulos. Era a décima quinta sala que ele entrava somente naquela
semana. “Agora vai” era seu mote. As próximas portas revelariam que o “agora”
ainda não chegara.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> <i>Desilusão</i>, com seu ceticismo
característico, disse consigo mesma: “Não vai demorar muito. Logo ele sairá com
o velho sorriso amarelo e apático que lhe é peculiar. Porém, rapidamente
procurará uma nova porta. Que povinho previsível esse! Pra quê profetas se nada
há de novo na grande sala de espera?”. A cada entrada <i>Desilusão</i> respirava fundo, olhava semicerrado para o alto com
desdém enquanto meneava a cabeça negativamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ding Dong</span></i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">. Senha T Sala 1.8.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Senhora <i>Dubiedade</i> levantou-se; parou, olhou pensativa para a sala 6.4 com a
senha M – a sala do senhor <i>Dinheiro</i>;
voltou seu olhar para a sala 10.37 – a sala da <i>Família acima de tudo</i>. Alternou o movimento mais umas quatro vezes
e voltou a sentar. Depois dirigiu o olhar para mais duas outras salas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Senhora <i>Dubiedade</i>, por favor, afinal de contas, a senhora vai entrar ou
não? – Gritou <i>Desilusão</i> impaciente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Silêncio. Olhar perdido.
Paralisia. Senhora <i>Dubiedade</i> permanecia
estática com mais onze senhas na mão. Ela esperava entrar nas salas da <i>Amizade</i>, do <i>Sucesso no trabalho</i>, da <i>Saúde</i>,
da <i>Fama</i>... Já estava ali há anos sem
ter entrado em qualquer sala.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Perdeu mais uma vez senhora <i>Dubiedade</i>!<i> – </i>Gritou irada <i>Desilusão.</i>
Sinceramente, não sei o que é pior, entrar feliz e sair decepcionado ou não
entrar de jeito nenhum. A recepcionista apertou mais uma vez o placar luminoso.
Senha P sala 10.28. Era a sala de <i>Realização
Momentânea. Futilidade</i> entrou esnobe olhando com desdém por sobre o ombro no
alto dos seus 1,50 metros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Desilusão</span></i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> voltou sua atenção ao homem
comum. Percebendo, já há um tempo o interesse da recepcionista, o homem misterioso
quebrou o silêncio:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Lembro-me muito bem quando você estava
do lado de cá. O homem tinha uma voz forte, aveludada e quente. Ele folheava um
livro velho sobre suas pernas cruzadas; seus óculos redondos repousavam na
extremidade do seu longo nariz – a impressão é que estava sempre prestes a cair
–, seu olhar, quando dirigido ao livro, dava a impressão de ter seus olhos fechados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Está...é...fal...ando...comigo? –
gaguejou surpresa <i>Desilusão.</i> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Quem mais esteve aqui esperando,
transitou entre todas essas portas e – com olhos arregalados e acusadores sobre
os óculos – desistiu?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Desilusão </span></i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">não sabia o que dizer. Selecionou um
<i>blend</i> de mentira e verdade – combinação
perfeita para compor um ataque áspero, destrutivo e “eficaz” – e disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Não o conheço, não sei o seu
nome, de onde veio; aliás, olhando agora para o senhor percebo que não há nada
de interessante que despertasse meu desejo em sua pessoa. Em suma, permaneça em
sua insignificância e espere ou morra de esperar como todo mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– A mudança de assunto ou a fuga
de uma conversa que busca a verdade é um recurso muito frágil nobre <i>Desilusão</i>. Quanto à minha pessoa, vou
ser direto: sou filho do casal <i>Fé </i>e <i>Promessa</i>. Minha dieta consiste de
história e esperança; espero pelo que já veio e pelo que não vejo; olho para
trás e para frente ao mesmo tempo, contudo, meu olhar é sempre focado. Sou como
árvore: cresço para cima e para baixo. Espero pelo que não tenho enquanto
aproveito o que me é disponível. Não espero uma porta, mas pela Porta. Alguns dizem
que vivo numa tensão. Sim, é verdade. Mas, prefiro dizer que estou no <i>limiar</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Desilusão</span></i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> olhou com desprezo. E balbuciou
falando consigo mesma:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Estou cansada dessa retórica estérea.
Mero jogo de palavras. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Como não viu qualquer sinal de
refutação real às suas palavras, o homem misterioso cutucou a recepcionista
enquanto olhava para livro com o olhar baixo aparentando indiferença:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Não ache que por estar na
recepção você não espera por algo. Você não é uma espectadora passiva. Ah, isso
não é mesmo! Não há criatura que não espere. Toda humanidade está aqui. Isso
não muda somente por estar “do outro lado”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Cansei de esperar! Interrompeu
afobada. É isso! Cansei! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Parou. Pensou. E, em meio tom
disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Não que meu cansaço ou descrença
fosse o suficiente para querer adentrar a porta da morte antes de receber minha
senha – a senha que poucos pedem, mas mesmo assim chega. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Não pense que podemos medir o
tamanho da esperança de alguém por isso. Já vi muitas pessoas indo para a porta
da morte sem senha; contudo, estou certo de que tinham mais esperança que você.
Os invasores da porta da morte não são todos iguais. Não existe uma única
explicação para arrobarem a porta indesejada. E, garanto, a falta de esperança
não é a única explicação. Em alguns casos o gatilho é acionado enquanto se
espera o melhor. Não é uma questão de se a esperança está ou não presente, mas
em sua intensidade e relação com outras virtudes e vícios. Há pessoas sentadas
na grande sala que existem – só isso. São mortos vivos. Só esperam a morte. Só.
Você é uma delas senhora <i>Desilusão</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Silencio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ding Dong</span></i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">. Senha 1C. Sala 15.55.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ding Dong</span></i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">.<i> Ding Dong</i>.<i> Ding Dong</i>...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Desilusão,</span></i><span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> confusa, apertava repetidamente o
botão. “Que diabo de porta é essa?”, se perguntava. 15.55? Que número é esse?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O homem comum lentamente levantou-se;
fechou os olhos suavemente, respirou fundo enquanto estampava um leve sorriso. Dirigiu-se
numa postura ritual a <i>Desilusão</i>
fixando firme e amigavelmente nos olhos da recepcionista. Ele estava consciente
de que seriam suas últimas palavras. Não argumentou. Simplesmente proclamou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> – No início só existia uma porta e uma grande e
única sala. Nosso primeiro pai a rejeitou. Em rebeldia ele ergueu as primeiras paredes
e, desde então, várias salas e portas surgiram tentando usurpar A única Porta e
A Grande Sala. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O homem desconhecido pausou entendendo
ser necessário a fim de que suas palavras fossem devidamente digeridas. E continuou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Percebi seu nervosismo devido a
ignorância quanto à denominação da sala da minha senha – sala 15.55. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Aproximou do ouvido de <i>Desilusão</i> e sussurrou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Existem mais salas que você
ignora. A <i>O Centro Comercial Bios</i> é
maior que suas expectativas ou sua percepção das esperanças pobres dos que
testemunha todos os dias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Nova pausa. <i>Desilusão</i> acompanhava atenta. Sofria com o confronto. Cada palavra
machucava, mas ainda assim desejava ouvir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Não sabe que porta é essa? A 15.55?
É sala da morte e da vida; a sala da morte que foi morta pela vida. Você não
consegue ver porque precisa passar por outras portas. Entrar em salas que não
refletem seus desejos, ansiedades e decepções. Salas criadas para retomar o
caminho da Grande Sala. Criadas por uma vontade alheia a sua e a de qualquer
pessoa presente na grande sala de espera.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O homem comum retirou do seu livro
velho um pequeno papel escrito “Senha R”. Logo em seguida tomou o lugar de <i>Desilusão</i> e assumiu o papel da
recepcionista apertando o botão de chamada do grande painel luminoso. O painel
revelou: Senha R Sala 1.16.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Que sala é essa? – retrucou <i>Desilusão.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– É a sala da boa notícia, da
satisfação, do contentamento – da plenitude.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– O que tem lá?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Mais do que desejou <i>para</i> você e menos do que pensou <i>sobre</i> você.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– O que ela diz sobre mim?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Posso garantir que conhecerá muito
sobre você. Contudo, logo saberá que ela não é <i>sobre </i>você. Ela ofensivamente amorosa. Na medida em que você
aprecia a beleza da dessa sala, esquecerá de você mesma. Em outras palavras,
experimentará uma dose saborosa e doxológica de narcisismo invertido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– E as outras salas?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Perderão o brilho. Verá como verdadeiramente
são: portas velhas, enlodadas e tombadas que escondem salas sujas, enlameadas e
em ruínas. Verdadeiras bocas devoradoras; assassinas de almas como deuses
falsos – como as falsas esperanças.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– E a Grande Sala?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O homem apontou para o papel dado
a ela e fechou a conversa:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">– Senha R, sala 1.16.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O homem simples saiu acompanhado de
perto pelo olhar perseguidor de <i>Desilusão</i>.
Ela agora sabia porque o homem ordinário chamava tanto sua atenção. Ele sabia
pelo que espera. Era sólido – palpável. “Isso faz toda diferença”, pensou. Sua memória
foi revigorada e pôde reviver, como em um filme, alguns momentos da vida do
homem misterioso na grande sala de espera. No seu filme mental ela pode ver que
ele esperava pelo que já podia usufruir. Era real. Ele tinha o sorriso de quem
estava na Grande Sala mesmo que ainda não. Não era somente a certeza que fazia
a diferença, mas o desfrute antecipado alimentava o vigor no esperar. Sua certeza
nascia da realidade experimentada. “Todos esperam”, pensou. “Pelo que espero?”,
questionou a si mesma. Olhou para senha presenteada e sussurrou “Senha R, sala
1.16. A boa notícia”.<o:p></o:p></span></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-6217178819772018792017-10-20T15:54:00.001-07:002018-01-02T15:39:19.555-08:00O Protestante Desgalatado.<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Se você é protestante e se incomoda com críticas ao Catolicismo Romano
categorizando-as como iconoclastas, fora da ordem, supérfluas e exageradas, é
porque sua agenda está mais comprometida com questões políticas, éticas e
culturais do que com a essência e a proclamação do evangelho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Sim, estamos juntos na luta contra o aborto e, no caso de alguns
católicos, na luta por um estado menor; temos uma visão próxima na educação e compartilhamos
muito do valor dado ao modelo bíblico da família. Contudo, se em nome dessas
lutas você se priva (por medo, pragmatismo, imediatismo ou para se manter no “time
do bem”) de críticas a um sistema que sustenta o outro evangelho combatido com
rigor e vigor pelo apóstolo aos gentios, sua escatologia está míope ou é monstruosamente
estrábica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Como bem colocou Geerhardus Vos, a “escatologia precede a
soteriologia”. Evangelho envolve promessas que direcionam nosso olhar para cima
e para frente. Diria mais: as Escrituras (e.g., 2 Pedro) nos alertam de que há
uma relação direta entre escatologia e moral. Comprometa a primeira e negociará
a segunda. Dê mais valor as lutas temporárias do mundo visível e logo ficará indiferente
e cego para o eterno, para o juízo eterno, para as promessas eternas – para o
Evangelho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Acorda, um católico romano não vai abandonar suas lutas (e.g.,
contra o aborto) porque você o criticou ou colocou com clareza as cartas na
mesa. Você não “perderá” um militante por criticá-lo; no máximo, ele será
lembrado de que você é diferente dele. Diferença gritante que divide o maldito
do bendito – o judaizante do cristão. Não esqueça, os judaizantes que ameaçavam
o cristianismo na Galácia do primeiro século entrariam com facilidade no mastodôntico
e deformado guarda-chuva da Cristandade (eufemismo para “aqui cabe heresia contanto que tenha o nome de Jesus”). Deixe isso claro, caso contrário, os representantes do
catolicismo terão mais privilégios do que o hipotético anjo celestial que prega outro evangelho. Aí estará claro que sua única e maior luta
será pelo que passa. Diagnóstico: você é um protestante desgalatado. Tratamento único: uma dose cavalar de Gálatas.<o:p></o:p></span></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-39733304433953826442016-12-30T08:03:00.001-08:002018-01-02T09:04:56.890-08:00Para Ele<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Nos últimos anos escolhi olhar menos para mim. Era do tipo que
geralmente via o outro (ou “semelhante”, como queira chamar) como um tipo de invasor
escuso. Eram como inimigos – ameaças. Meu primeiro, segundo, terceiro... olhar
era sempre de suspeita. Contudo, dar atenção para as pessoas tem trazido
resultados surpreendentes – diria até, assustadores. Todos, positivos, claro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">O ato inaugurador dessa minha nova fase se deu dentro de minha
própria casa – com os meus. Foi simples, corriqueiro e ordinário; talvez
imperceptível para você que ignora a história do meu egoísmo nada tácito:
calabreei manteiga no pão do meu filho e o entreguei <i style="mso-bidi-font-style: normal;">carinhosamente</i>. Tão somente isso. Nada a mais. De volta recebi um
sorriso tímido e doce. Ele sequer revelou seus pequenos dentes de leite. Sim,
era um sorriso. O cantinho da boca ficou delicadamente suspenso. Mais do que a
boca, seu olhar sorria. Sim, era um sorriso autêntico. Estou certo disso. Era um
sorriso <i style="mso-bidi-font-style: normal;">para mim</i>; no que sorri para
ele.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Em minha nova jornada, em particular, depois de ajudar uma senhora
idosa em um supermercado, fui surpreendido com uma pergunta vinda de sua boca
frágil e cansada acompanhada de uma voz fraca e trêmula; contudo, profunda:
“Por quem o senhor faz isso?”. No que respondi de chofre: “Pela senhora,
claro!”. Olhando profundamente em meus olhos, passando a mão no meu rosto, disse
amorosamente: “Está <i style="mso-bidi-font-style: normal;">certo</i> disso meu
filho?”. Ela permaneceu em silêncio com os olhos fitos nos meus. Não havia
desejo de resposta; somente que eu conduzisse a pergunta para terra da minha
alma visando germinar bons frutos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Para quebrar o silêncio atordoante respondi secamente: “Por ele!
Faço o que faço por ele”. Seu olhar, contudo, revelava claramente desconfiança
e, ao mesmo tempo, amor. Com um olhar enigmático, mas com indícios suaves de
ironia ponderou: “Espero que o ‘ele’ que você fala seja muito especial, meu
querido. Digo isso porque se me conhecesse e estivesse fazendo isso por <i style="mso-bidi-font-style: normal;">mim</i>, saberia que está perdendo seu tempo”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Duas questões me assolavam a mente depois daquele dia: “Por que ela
não me perguntou o ‘porquê’ eu faço, mas por <i style="mso-bidi-font-style: normal;">quem</i>?” e, afinal, “qual a identidade do “ele” em minha instintiva
resposta?”. Fato é que a pergunta voltou a ser emitida por outras bocas.
Crianças, jovens, amigos, pessoas estranhas faziam eco às palavras da velhinha
do supermercado: “Por <i style="mso-bidi-font-style: normal;">quem</i>?”. “Por
ele” eu sempre respondia. Sabia, contudo, que se minha resposta seguisse uma
pergunta sobre a identidade do “ele”, o silêncio constrangedor seria minha única
resposta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Por um tempo abandonei a busca da identidade do meu personagem
misterioso – criado (ou simplesmente percebido) e ignorado por mim. Passei a me
concentrar em sua <i style="mso-bidi-font-style: normal;">pessoalidade</i>. “Fazemos
coisas sempre <i style="mso-bidi-font-style: normal;">para alguém</i>?”,
perguntava-me. O tom pessoal da pergunta me incomodava. “Não poderia
simplesmente estar fazendo por uma razão qualquer?”, interpelava-me. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Em minhas considerações caminhei pela fisiologia, filosofia,
história e a psicologia. Na fisiologia percebi que nossos olhos apontam para os
outros e não para nós mesmos. O “encaixe dos diferentes” da anatomia sexual revelou-se
um sinal claro de dependência – de completude na união e carência na separação.
Além disso, nascemos da união de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">dois</i>.
Aprendemos a andar, falar e as coisas mais básicas com os <i style="mso-bidi-font-style: normal;">outros</i>. Também percebi que existem semelhança entre nós e outros
animais; porém o abismo é real e brutal. Parte dele se dá pela ausência de
pessoalidade dos nossos “semelhantes”. Na História dei voz aos mortos e
valorizei a tradição – a voz do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">outro</i>.
Na psicologia aprendi que falar com o outro é um caminho necessário para se reconhecer
e se entender. Na filosofia entendi não posso ser a fonte do sentido da vida. O
fato é que o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">outro</i> sempre estava lá.
Seja para ajudar, repartir ou ser o agente direto da angústia; ele sempre se
fazia presente. E até em sua ausência, sua presença se fazia presente no desejo
de partilhar da companhia de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">alguém</i> –
de uma <i style="mso-bidi-font-style: normal;">outra</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">pessoa</i>. A solidão é o grito da alma pelo outro. Hoje, fico pasmo
como as pessoas fogem da pessoalidade enquanto despersonalizam pessoas e ao
mesmo tempo não conseguem fugir dela quando personalizam as coisas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Minhas ponderações sobre essa “onipresença da pessoalidade” me
envergonhavam profundamente. À medida que cavava mais fundo começava a ficar
clara a identidade (antes inconsciente) do meu personagem – o alvo das minhas
boas ações. Depois de um tempo não resisti. Lá estava ele. Era clara a sua
identidade. As pessoas o nomeiam de “orgulho”, outras de “egoísmo”, mas depois
da pergunta no supermercado, acho tais expressões por demais <i style="mso-bidi-font-style: normal;">impessoais</i>. Denomino-o de “eu”. Assim, o
“ele” de “para ele” era na verdade o meu “eu”. Quando achava que olhava para o
outro, visava somente a mim mesmo. A mudança descrita nas primeiras linhas desse
texto não era genuína. Era somente o meu eu transmutado ainda com toda sua
força narcísico-destrutiva. O prazer da boa obra e do “obrigado” que a seguia
era o prazer de ser visto e adorado. Meu egoísmo extravagante havia se velado vestindo-se
de boas obras. Meu orgulho se fantasiou de altruísmo. Menti para mim mesmo e
tratei os outros como coisas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Hoje a pergunta da velhinha do supermercado ainda reverbera em meu
coração. Sim, sempre fazemos algo para <i style="mso-bidi-font-style: normal;">alguém</i>.
“Para quem?” é a grande pergunta. Garanto a você que será “para ele”. Só espero
que o seu “ele” não seja o seu “eu” ou ainda um “tu” que te seja igual. Quem é
o teu “ele”? Tem que ser uma pessoa, mas tem que ser mais do que isso.</span></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-40954082724109075332016-08-12T20:18:00.000-07:002018-01-02T09:04:22.680-08:00Um Velho Solitário<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Conheci um velho solitário. Sim,
sei que “velho” é uma descrição assaz penosa – evitada, substituída por
eufemismos e, hoje em dia, até proibida, mesmo que veladamente, de se pronunciar.
Mesmo com um artigo prefaciando-a e substantivando-a, ela sempre trará forçosamente
sua carga qualificativa e adjetival carregada e negativa. O qualificativo que a
segue, por sua vez, – “solitário” – vem saturar o quadro com tintas ainda mais
sombrias – porém, reais, conscientemente intencionais e escolhidas sem pressa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Todos os dias, a caminho dos meus
afazeres diários, já diante da casa de número 71, o aroma de tabaco queimado
anunciava que certamente ele já estaria contemplado ou lamentando (não sei ao
certo) a criação e o Criador. Como de costume, Seu Ermo, morador da casa 67,
sentava numa surrada e encardida poltrona na área de sua casa (não gostava de
cadeiras de balanço, pois lhes davam náuseas) antes que os primeiros raios da
manhã vencessem as densas nuvens.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Meu primeiro contato com ele se
deu com o convencional menear suave vertical, quase imperceptível, de cabeça. Ele
na sua poltrona e eu caminhando na calçada (a casa de Seu Ermo não tinha muros).
Tomei a iniciativa, no que fui pronta, amorosa e reverentemente respondido. Nunca
esquecerei aquele olhar. Era um misto de firmeza, sobriedade, paz e mistério. Se
a verdade fosse uma pessoa (quem disse que não é?), ficaria à vontade naquela
área com ares sorumbáticos cheia de folhas secas – era sempre outono na casa de
Seu Ermo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Isso se deu no dia da minha
mudança para a pequena cidade de A... Morávamos na mesma rua. Somente cinco
casas nos separavam. Eu, minha esposa, meus três filhos passávamos pela rua a
pé (prefiro caminhar) no que me deparei com uma cena que testemunharia ainda muitas
vezes: Seu Ermo, sua poltrona, seu cachimbo e as incansáveis folhas secas ao
vento em volta seus pés.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Nosso segundo “encontro” se deu na
padaria do bairro. Ele não me viu. Postei-me cuidadosamente como observador visando
não ser o observado. Vi-me parado – hipnotizado. Cena corriqueira: um velho
comendo. Porém, nesse dia em especial, todas as nuances da velhice e da solidão
ficaram em alto relevo aos meus olhos. A roupa de fibras gastas, amarrotadas, encardidas
e fora de moda denunciavam o abandono. A lentidão e o esforço para trazer o
alimento à boca, a mastigação incansável e quase ineficaz pulverizaram todo
sinal de encanto pessoal. O alimento não parecia ser um agente de prazer, mas
um inimigo a ser vencido. A indiferença dos que o cercavam e o seu olhar
desfocado faziam daquela mesa um cenário à parte. Os calcanhares ressecados e rachados
e as unhas dos pés quase ultrapassando os limites do que restava de uma
sandália de couro realçavam a melancolia daquela visão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Aquele
violento espetáculo me estagnou. Era só eu e o velho – nada mais. Fui arrancado
dos turbilhões de pensamentos desconexos pelos gritos do padeiro:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O que o senhor deseja? Senhor, por favor, o que
deseja?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Sim...é...claro...é...como?...claro...oito pães e
um litro de leite, por favor – tentava me recompor.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O senhor conhece aquele idoso? – perguntei despretensiosamente
ao padeiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Sim, claro, é o senhor Ermo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O que o senhor sabe sobre ele?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O que sei é o que quase todo mundo aqui da cidade
sabe, ou seja, não muito. Sabemos que vive só, que gosta muito de leitura, artes;
como quase todo velho, toma muitos remédios, adora tapioca com café, fuma com
classe, não tem dinheiro para seus lanches (por isso senta aí e espera a
bondade dos outros) e, como ele mesmo diz, possui a sinceridade que só um velho
solitário pode ter.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>As palavras
“gosta de leitura e artes”, “sinceridade” e “fuma com classe” me arrebataram. “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Blend</i> poderoso. Preciso conhecê-lo”
pensei comigo mesmo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Ele vem sempre aqui? – perguntei como quem joga
conversa fora.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Sim. Todo final de tarde ele senta e, como ele mesmo
diz, espera que “os olhos do próximo estejam funcionando. Pois, olhos saudáveis
sinalizam misericórdia à vista”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>No
outro dia me preparei para nosso “terceiro encontro”. Voltei à padaria e sentei
próximo a mesa que ele havia ficado no dia anterior – queria ter uma visão
melhor e talvez, quem sabe, iniciar um diálogo. Com as mesmas indumentárias,
andar cadenciado, fraco, porém harmônico, o senhor Ermo entrou auxiliado por sua
inseparável e elegante bengala.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Até agora não falei muito da aparência
do meu protagonista. Do que já foi posto, o que posso acrescentar é que Seu
Ermo aparentava ter oitenta anos (o que depois confirmei), era pardo, ostentava
uma barba alva e longa (suficiente para cobrir seu longo pescoço – não mais que
isso), cabelo curto no mesmo tom da barba, olhos castanhos claros. Não tinha
todos os dentes, mas seu bigode exigia que somente um bom observador avistasse
sua “banguelice”. Suas vestes, bem, não tenho certeza, mas deveria ter, no
máximo, três conjuntos de roupa velhas, porém, sempre em harmonia e sinalizando
certa elegância.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Sentou e, enquanto esperava “pelo
olhar do outro”, dirigiu sua atenção a uma reportagem sobre a “melhor idade”. Meu
ouvido ficou na reportagem e meus olhos em Seu Ermo. No fim, desligando o olhar
da TV, Seu Ermo sorriu levemente num ar de reprovação e desprezo enquanto
meneava a cabeça negativamente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– E aí Seu Ermo, o que o senhor achou de tudo isso? –
perguntou o padeiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Ilusão. Recurso retórico pobre esse de trocar o
nome das coisas para amenizar os efeitos da realidade. Ridículo. Na verdade,
uma afronta a todos que se propõe a usar o menor irredutível de qualquer cérebro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– E o que o senhor pensa sobre a velhice? – perguntei
tímido.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Sem dirigir o olhar para mim, como
se soubesse que se tratava da minha pessoa disse:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Desejos suprimidos pelas constantes negativas do
corpo; milhares de escolhas com resultados imutáveis, destruidores e
inesquecíveis diante dos seus olhos todos os dias; amigos mortos; memória
fraca; movimentos torturantes e cansativos; testemunha de olhares piedosos; testemunha
da indiferença; testemunha do desprezo; possibilidades oníricas (ou seja,
ilusória) que rondam e visitam suas mentes como demônios insones; gritos do
corpo lembrando sua morte iminente; ausência de netos como testemunha constante
do fracasso da paternidade; vontade sem força; falta de vontade e falta de
força.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Pausou
para respirar e pensar. Continuou:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não tem todas as tintas, mas essas nuanças podem te
dar um vislumbre opaco da realidade de quem pensa mais nos erros e na morte do
que na vida e nos acertos. Coisa de um velho <i style="mso-bidi-font-style: normal;">solitário</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Seu Ermo falava tudo isso como se
estivesse falando com alguém; porém apenas uma tela enorme tomava toda sua
visão. Pintado em tinta acrílica, a tela tinha cerca um metro de largura por
três de altura. Tomava a parede inteira na altura. Uma longa estrada
principiava na parte mais baixa da figura até o meio do quadro. Começava com
paralelepípedos ladeados por uma viçosa grama verde, árvores com flores azuis, pássaros
amarelos, flores vermelhas e criança correndo. A estrada afilava à medida que e
se distanciava. Sua cor e suas laterais transmutavam perdendo as nuances coloridas
partindo para um cinza com pequenos pontos luminosos até chegar ao completo breu.
No meio do quadro, no final visível da estrada, a imagem espectral de um homem de
costas com a sombra do dobro do seu tamanho projetada à frente caminhando para
a escuridão que dominava metade do quadro para cima.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Mais direto impossível! – tentei continuar a
conversa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Silêncio. O café chegou sem a
desejada tapioca. Seu Ermo tomou e saiu. Já na calçada voltou-se para o quadro
e disse: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Acho que ao invés de um homem só, uma fila indiana
representaria melhor o que o autor intencionou. A fila dos solitários. Tarde
demais, o quadro já foi entregue.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Olhei
para o quadro e vi a assinatura com o nome do meu personagem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Nosso quarto encontro foi
acidental. Enquanto brincava na rua, meu filho lançou a bola no quintal de Seu
Ermo. Como todas as crianças da rua, ele não teve coragem sequer de olhar para
o velho misterioso, muito menos de lhe dirigir a palavra. Contudo, eu agora tinha
uma desculpa para ir até lá e, quem sabe, trocar algumas ideias. Era domingo –
tinha tempo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Bom dia! – Principiei o diálogo da calçada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Seu Ermo só meneou a cabeça positiva e levemente. O
que só dificultava o cumprimento do meu desejo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Meu filho...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Sim, sei. A bola do seus filho, não é? Fique à
vontade! – interrompeu Seu Ermo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Fiquei
andando no quintal fingindo procurar a bola que já sabia onde estava. Queria
ganhar tempo. Como não tinha o que dizer, usei da convenção:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Desculpe, mas qual o nome do Senhor?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Pergunte algo que realmente não sabe. – Seu Ermo
arrumava seu cachimbo aonde dirigia também o olhar cuidadoso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Desculpe, só queria conversar e...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Então, converse. – interrompeu novamente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Bem, não sei por onde começar. – procurava um lugar
para sentar, porém, sem sucesso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Deixe eu adiantar. Bem, fiquei aqui pensando: “O
que um velho solitário como eu tem que chama atenção de um pai de família novo
e bem-sucedido como o senhor? Pensei e concluí: minha solidão o encantou.
Claro, um velho desconhecido também carrega muitos mistérios – o que não deixa
de ser encantador. Mas, voltando ao ponto, foi o desejo e o apreço pela solidão
que o trouxe aqui.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Fiquei
estático. Ele continuou:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Alguns casamentos acabam porque a tentação do
adultério vence. Ou seja, um outro se intromete entre os dois. Trai minha
esposa, sim, porém, com a solidão. As tentações dessa dama da noite sempre
foram as mais fortes, pois nela tinha o que evitava em todas as minhas relações
– a sinceridade. Depois da separação a velhice veio e deu mais vazão à
sinceridade. Quando você não tem o que perder ou ganhar, as palavras saem com
mais facilidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Conheço bem essa dama. Tentadora realmente. Falei
em um tom baixo e pensativo. Silenciei, pois queria mais ouvir do que falar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Seu Ermo prosseguiu:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Reconheço que a prudência é uma virtude. Sim,
precisamos poupar os outros da podridão do nosso coração. Contudo, para mim,
foi quase uma questão de sanidade. Via-me às vezes em três versões. A
sinceridade queria cada vez mais espaço. O mundo da superfície era diferente
demais do mundo subterrâneo. Não consegui suportar. O submundo emergiu com
força. A prudência morreu. A sinceridade a matou e gerou a solidão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Enquanto as folhas dançavam entre
os pés rachados e encardidos, vi o olhar de Seu Ermo marejar até transbordar em
um choro suave. Não sei quanto tempo o silêncio prevaleceu, mas a comunicação
não se dissipou um só momento – trocávamos olhares marejados. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Seu Ermo quebrou o silêncio:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Sozinhos ou acompanhados choraremos. Sempre. A
diferença é que sozinho choramos pelo que somos. Nós somos os responsáveis. Com
os outros, bem, se fizermos nada para chorar, os outros farão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Valeu à pena chorar só? – interrompi curioso, mas
reverente – quase sussurrando. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– A solidão é para os que fogem do outro. Quis dar
espaço à sinceridade, contudo, na verdade, estava fugindo da sinceridade do
outro. Sinceridade sem humildade é uma mistura terrível. Em suma: fugi dos
outros. Fugi dos olhares reprovativos, das críticas, das injustiças, dos erros
próximos, do sofrimento do outro. Estava sempre ocupado comigo. Não tinha como
se dividir com outros. Trabalho? Sim. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Filhos? Perguntei automaticamente, mas ainda em tom
baixo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">–Não. Filhos são outros. Nessa última frase a voz
ficou muito embargada, mas continuou: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Antes de ser um velho solitário, nobre amigo, eu
fui um jovem egoísta. Fugi dos outros e, para minha surpresa, me encontrei.
Encontrei-me. Lá estava eu sozinho comigo mesmo. Encontro aterrorizante. Pior,
vi em mim a podridão que não podia ver nos outros. Porém, não pude fugir de mim
mesmo. O último estágio foi querer ficar só. Ficar sem mim mesmo. Porém, minha
interpretação de mim mesmo era equivocada, pois fugi de mim mesmo quando fugi
do outro. Sem o outro não estou completo. Pena que descobri isso tarde demais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Desculpe a indelicadeza – interrompi – mas, como
não temos mais previdência, como o senhor vive?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Adivinha o que os idosos construtores de famílias
mononucleares ou sem filhos encontram no final da fila da vida? Trabalho. Só
trabalho. Nenhum auxílio. Ora, nada mais natural. Previdência nada mais é do
que filhos ajudando e honrando seus pais e avós. Uma geração ajudando a outra. E
quando não se tem tempo para ter e criar filhos? Trabalho sem fim. Solidão sem
fim. Geração sem filhos; geração solitária.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Baforou o velho cachimbo. Um tipo
de sinal para que eu pudesse entrar na conversa. Como não falei nada, retomou a
palavra:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Meu querido, já observou que minha casa é a única
sem muros nessa rua? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Sim, percebi.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Posso te garantir, por trás desses muros enormes
encontrarás toda uma geração sentada em poltronas imaginando como seria os
rostos dos seus filhos e netos. Guarde isso meu jovem: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">a solidão é filha do egoísmo</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Seu Ermo apertou meu ombro com
força olhou amorosamente e disse:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Pior, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">a solidão
nunca está só</i>. Seus parceiros logo se apresentaram. Ah, e como são muitos e
variados em qualidade! Depressão, medo, saudade com remorso, desânimo,
silêncio, amputação...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Interrompi:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– E o olhar de paz que sempre vejo nos olhos do senhor?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Seu
Ermo apreciou mais do seu cachimbo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Ora, meu caro, muitas vezes vemos o que conhecemos
e/ou desejamos. Você via na solidão a solução. Quando me viu, viu o que
esperava. Pode ter visto paz, porém sua ligação com a solidão fala mais de suas
expectativas do que da realidade. Sim, tenho paz, contudo, ela não advém da
solidão. Diria mais, tenho paz, a despeito da solidão. Viver só é para poucos.
A solidão – pausou para que o silêncio prefaciasse suas palavras – a solidão é
para ninguém.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Alguns meses passaram e com eles
Seu Ermo. Sempre passo em frente da sua casa; paro e contemplo as várias camadas
de folhas e as plantas vencendo a luta contra a velha poltrona já tombada. Só se
percebe a silhueta do móvel. Janelas caídas. Telhado incompleto. Ratos. Gatos. Pássaros...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Um dia, diante da velha casa, perdido
no tempo e com meus pensamentos, meu filho caçula puxou minha blusa e soltou a
seguinte frase:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Tenho medo dessa casa papai.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Eu também meu filho. Eu também...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-35529932039237574532016-08-04T14:41:00.000-07:002018-01-02T09:07:19.847-08:00Ponderações sobre as distinções na Santa Trindade.<span style="font-family: gentium; font-size: 13pt; text-align: justify;">1] </span><b style="font-family: gentium; font-size: 13pt; text-align: justify;">Uma questão metodológica</b><span style="font-family: gentium; font-size: 13pt; text-align: justify;">: a Trindade,
como a própria realidade, não pode ser contemplada no todo de uma só vez. Toda
abordagem epistemológica deve-se dar por perspectivas. </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">A ortodoxia cristã assegura que há igualdade e diversidade na Santa
Trindade. Todo sistema trinitariano, pois, deve revelar o que as pessoas
compartilham (unidade) e o que caracteriza a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">individualidade</i> de cada uma delas (diversidade). Contudo, essas
verdades não podem ser contempladas <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ao
mesmo tempo</i>. Assim, se </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">existe uma eterna diferença na forma como
as pessoas da Trindade se relacionam (e.g., o Pai com o Filho [e não com o
Espírito], o Pai com o Espírito Santo [e não com o Filho], o Pai como o Filho e
o Espírito Santo...),</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;"> não se pode
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">apelar</i> (somente pressupor) para <i style="mso-bidi-font-style: normal;">homoousios</i> quando o mérito é a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">distinção</i> entre as pessoas. Caso
contrário, cairemos no sabelianismo negando toda <i style="mso-bidi-font-style: normal;">distinção</i>. Por outro lado, se não pressupomos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">homoousios</i>, cairemos no triteísmo. Devemos reconhecer, portanto,
que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">distinção</i> é uma <i style="mso-bidi-font-style: normal;">perspectiva</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">diferente</i>. Mais importante ainda é manter a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">tensão</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">misteriosa</i> e, por
conseguinte, doxológica, entre essas <i style="mso-bidi-font-style: normal;">perspectivas</i>.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">2] <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Colocações Agostinianas</b>: </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">2.1 Concordo
com Agostinho quando combateu a ideia ariana de que tudo que se diz de Deus ou se
compreende de Deus, diz-se segundo a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">substancia</i>.
As únicas opções para Ário (seguindo Aristóteles) eram “acidente” e “substancia”.
Como a primeira era mutável, só tinha uma opção – a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">substancia</i>. Alguns cristãos ortodoxos fazem uma “leitura
aristotélica” (escolástica) restringindo o discurso sobre Deus a categorias de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">substancia</i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">acidente</i>; entendendo, por exemplo, filiação/subordinação como <i style="mso-bidi-font-style: normal;">acidente</i> e não <i style="mso-bidi-font-style: normal;">essência</i>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Agostinho, partindo das Escrituras (com suas categorias revelacionais
próprias), nos lembra de outra categoria: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">as
relações </i>(cf. Trindade, Livro V.6). E é exatamente aqui que podemos
encontrar as distinções em Deus. No debate sobre as distinções, portanto, precisamos
evitar apelos<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>e silogismos escolásticos
como se <i>substancia/acidente</i> fossem os únicos caminhos possíveis quando o
assunto é Deus. Bem disse Lutero: “[…] ninguém se torna teólogo a não ser sem Aristóteles”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Aqui vale lembrar as palavras do grande pastor de Genebra que nos alerta
de nossos limites e dependência da revelação (destaque meu): “Ora, se a
distinção que em uma só e única divindade subsiste de Pai, Filho e Espírito,
posto que é difícil de apreender-se, causa a certos espíritos mais dificuldade
e problema do que é justo, deve ter-se na lembrança que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">as mentes humanas mergulham em um labirinto quando cedem à sua
curiosidade</i>, e assim, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">por mais que
não alcancem a altura do mistério, deixam-se reger pelos oráculos celestes</i>”.
(Institutas I.13.21).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">2.2 Também
concordo com o bispo de Hipona quando entende que existem passagens que revelam
uma <i style="mso-bidi-font-style: normal;">subordinação</i> no Filho, contudo, –
e aqui vem a questão central – não podem ser explicadas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">somente apelando para a
encarnação</i></b> (seguindo uma perspectiva exclusivamente econômica), mas
pela <i style="mso-bidi-font-style: normal;">filiação</i> – que é relacional e eterna.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">3] <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Filiação</b>: </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%;">A <i style="mso-bidi-font-style: normal;">filiação</i> não diz respeito somente a um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">evento</i> (perspectiva econômica) dentro do
plano eterno. A geração do Filho é tanto <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ontológica</i>
quanto <i style="mso-bidi-font-style: normal;">econômica</i> (cf. principalmente <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">João 5.26</b> [obs: não creio que </span><span lang="EL" style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%;">μονογενής </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%;">sanciona a filiação eterna]; Romanos 1.1ss). Em seu comentário do Evangelho de João, Carson declara (destaque meu): “Muitos sistemáticos ligam esse ensino
ao que eles chamam de ‘geração eterna do Filho’. Isso é <i style="mso-bidi-font-style: normal;">irrepreensível</i> […]”. E em outra obra afirma que:</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 17.3333px; line-height: 19.9333px;">“</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 17.3333px; line-height: 19.9333px;">Não é uma concessão feita a Jesus em algum momento no tempo [...] a passagem de João 5.26 ajuda a confirmar o relacionamento peculiar entre o Pai e o Filho, na eternidade e desde a eternidade</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 17.3333px; line-height: 19.9333px;">”</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 17.3333px; line-height: 19.9333px;">. </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Sua Filiação, portanto, não está restrita a um pacto, mas a sua <i>relação</i> com o Pai. As </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">“</span>decisões pactuais</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%;">” <i>refletem</i> (não estabelecem) essa <i>relação</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">A filiação lida com a questão complexa de como Deus se <i style="mso-bidi-font-style: normal;">relaciona</i> com ele mesmo. Não é uma
questão de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">status</i> ou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ser</i> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">ousia</i>),
mas de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">relação</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">interpessoal</i>. Segundo Agostinho: “Cristo, em relação a si mesmo, é
chamado Deus; em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">relação</i> ao Pai, é
chamado Filho”. Filiação, pois, diz respeito <i style="mso-bidi-font-style: normal;">somente</i> à <i style="mso-bidi-font-style: normal;">relação</i> entre o
Pai e o Filho.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">4] <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Subordinação e Filiação</b>: </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Uma das
grandes questões envolvendo a filiação é relação entre <i style="mso-bidi-font-style: normal;">subordinação</i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">filiação</i>. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A priori</i> não se pode inferir
subordinação de filiação. Não podemos esquecer que “Pai” e “Filho” são
analogias. É importante entender, pois, que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">subordinação</i>
não é o único “ponto de contato” na relação entre paternidade e filiação. Em
Agostinho, por exemplo, a ênfase está na origem (procedência). O Filho é Filho
porque <i style="mso-bidi-font-style: normal;">procede</i> do Pai. Contudo, a
relação entre um pai e um filho <i style="mso-bidi-font-style: normal;">pode ser</i>
de subordinação/obediência. E é <i style="mso-bidi-font-style: normal;">exatamente</i>
isso que encontramos em várias passagens onde a obediência do Senhor Jesus ao
Pai é ressaltada – tanto <i style="mso-bidi-font-style: normal;">antes</i> (e.g.,
João 6.38; Apocalipse 13.8) como <i style="mso-bidi-font-style: normal;">depois</i>
da encarnação (e.g., 1Coríntios 15.22). A Bíblia, sim, diz muito sobre o
relacionamento eterno (não restrito a encarnação) entre o Pai e o Filho. Não se
trata de especulação filosófica, mas de revelação. E esse relacionamento
envolve, sim, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sujeição</i>. A
pressuposição ontológica (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">ousia</i>),
por outro lado, controla-nos de forma tal que não nos permite entender que
obediência implica em “conflito de vontades”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Para aqueles que tem dificuldade com a terminologia “sujeição”, por
entender que implica em inferioridade – o que não é verdade – sugiro as
expressões do Dr. Scott Horrell: “generosa preeminência do Pai” ou a
“colaboração alegre do Filho”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">6] <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Filosofia</b>: </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Quanto às
questões filosóficas e a distinção entre Trindade Imanente e econômica, fico
com as palavras do Dr. Scott Horrell (destaque meu): </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">“</span><span class="uficommentbody"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Argumentos
filosóficos de que uma verdadeira igualdade de natureza necessita no sentido
último igualdade de ordem social nem são racionalmente requeridos nem estão em
harmonia com a auto-revelação de Deus. Pelo contrário, insistir na igualdade de
papéis e ordem eternos a despeito da evidência bíblica, é metodologicamente
paralelo com os teólogos heterodoxos que reduz Deus a seus próprios paradigmas
mentais. Quando uma investigação filosófica divorcia uma teologia da Trindade
imanente da revelação da Trindade econômica, tal investigação pode ter ido para
uma direção que nós nem se quer ousamos ir.”</span></span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">7]<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> Conclusão</b>: subordinação não é única e
exclusivamente ontológica (como entendiam os arianos e, infelizmente, para
muitos, a utilização da expressão implica necessariamente em arianismo); ou
econômica/histórica (que é real, mas não explica todos os textos); trata-se, na
verdade, de uma questão <i style="mso-bidi-font-style: normal;">relacional</i>.
Não diz nada sobre a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">natureza</i>; mas sobre
as “relações divinas”. Sim, há subordinação em Deus. É o que John Frame denomina
de “subordinação eterna de papel”.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt;">
<div class="MsoNormal" style="border: none; line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Obs.: Proponentes
dessa visão (com insignificantes variações):</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Wayne Grudem, Bruce
Ware, D. A. Carson, John Frame, Thomas Schreiner, Scott Horrell, Robert Letham,
Andreas Köstenberger, Scott Swain, Stephen Kovach, John Piper, Tim Keller e
Andy Naselli.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-82150777228140658392015-12-09T10:51:00.002-08:002018-01-02T09:07:40.772-08:00Um presente de natal<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Joaquim Montenegro tinha 10 anos quando passou por uma experiência transformadora
em uma noite de natal. Era um garoto comum. Nada nele chamava atenção. Era franzino;
mediano nas notas da escola; não era rebelde, mas também não era um exemplo de
obediência. Se faltasse uma aula, poucos notariam. Sua ausência não ocasionava
carência e sua presença não fazia muita diferença.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Seus pais, porém, eram pessoas bem relacionadas. Na véspera de natal, costumavam
passar por várias casas para desejar “feliz natal” aos seus amigos e familiares.
A maratona começava cedo, pois a última parada era na casa dos seus avós
maternos. E eles precisavam chegar cedo – exigência do velho casal. Portanto,
às cinco da tarde Joaquim já estava banhado e pronto para “a peregrinação do
natal” – era assim que o pai dele denominava esse momento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Nessa “peregrinação natalina” Joaquim tinha a oportunidade de falar
com seus primos, tios e avós. As conversas sempre eram as mesmas: “Como está?”,
“Ainda mora no mesmo lugar?”, “E aí, passou de ano?” Os comentários sempre eram
os mesmos também: “Como ele cresceu!”, “Já está um homenzinho”. Os
comportamentos eram sempre os mesmos: abraços, sorrisos e apertos mãos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Em todas as casas as mesas eram sempre fartas: aves, peixes, frutos do
mar e doces. Em quase todas as casas Joaquim ganhava um presente – até dois às
vezes. Dos avós paternos ganhou um carro de controle remoto; dos tios maternos
um <i>tablet</i> de última geração; de um
dos seus primos um jogo de vídeo game último lançamento. Eram tantos os
presentes que Joaquim não conseguiu abrir todos naquela noite.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Na penúltima parada, seus pais foram à casa de um amigo de infância. Não
foi algo combinado. Por algum motivo desconhecido, seus pais desviaram a rota
da velha peregrinação. Joaquim nunca tinha ido lá. E lá, ao contrário das
outras casas, tanto o clima quanto o cenário eram bem diferentes. As comidas não
eram as mesmas – nem em qualidade, nem em quantidade. As crianças brincavam com
carrinhos e bonecas velhas. A famosa árvore de natal sequer estava exposta –
simplesmente porque não exista. Joaquim percebeu que os abraços eram mais
delongados e intensos. Os comentários não eram cheios de clichês banais; tratavam-se
conversas longas e densas. Aqui havia lágrimas. Muitas lágrimas. E os sorrisos
eram tímidos. Quase imperceptíveis. Porém, verdadeiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Seus pais se despediram, mas antes de sair, o chefe da família – um
homem de dois metros de altura – aproximou-se de Joaquim, ajoelhou-se e lhe deu
mais um presente. A despeito de sua altura, Joaquim não temeu sua aproximação. Seu
olhar, doce e convidativo, falava mais alto que sua envergadura ameaçadora. Joaquim
agradeceu e juntou seu novo presente aos demais que ainda permaneciam embrulhados.
Durante a viagem, já usando seu novo <i>tablet</i>,
vez por outra olhava de soslaio para o presente do gigante. Mas, a embalagem
não era atraente o suficiente para que ele abandonasse seus novos aplicativos e
o cheiro de plástico novo de seu <i>tablet</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O clima da penúltima casa passou para dentro do carro. Seu pai
permaneceu compenetrado e silencioso; sua mãe olhando pelo vidro ao lado chorava
baixinho – Joaquim contemplava a cena pelo reflexo. Eram lágrimas misteriosas. Ele
não conseguia interpretá-las. Na verdade, elas o confundiam, pois ele sabia que,
de alguma maneira, havia alegria nelas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Joaquim, então, resolveu quebrar o silêncio:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Ganhei muitos
presentes pai!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Que bom! – o
pai respondeu rápido, porém não ríspido, indicando claramente que não queria desenvolver
a conversa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Joaquim tentou abrir a conversa novamente:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Que presente
o senhor achou melhor pai? Qual o melhor presente que ganhei?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Seu pai respirou fundo e, de repente, sem prelúdio, um outro carro
vindo em direção contrária invadiu a faixa do carro da família Montenegro. A
batida foi muito forte. O carro caiu descontrolado em um grande precipício.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Depois de uma série de capotagens, o carro só foi parado quando bruscamente
se chocou com uma árvore. Alguns minutos se passaram, Joaquim abriu os olhos, e
com a visão turva viu sua mãe desfalecida e coberta de sangue. Estava certo de que
ela havia morrido. Buscou encontrar seu pai e o viu abraçado ao volante igualmente
tomado de sangue, mas ainda com sinais de vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Depois de uns minutos de silêncio total no carro, Joaquim pode ver seu
pai, com muita dificuldade, apontando para um lugar. Ele acompanhou a direção da
mão de seu pai e viu o presente do gigante de olhar doce. Olhou de volta para o
pai. Já desfalecendo o chefe da família Montenegro pronunciou, digo, balbuciou
suas ultimas palavras: “Meu amado filho, esse é o melhor presente”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Por horas Joaquim ficou chorando diante de seus pais mortos e do
presente misterioso. Depois que as lágrimas secaram, ele abriu vagarosamente o
presente – como se fosse um ritual. Depois de desfeito o embrulho, voltou a
chorar. Acariciava o presente com quem afaga uma criança. Seus dedos cheios de
sangue tocavam cuidadosamente o embrulho. Nele havia um bilhete que dizia: “Toma
e come”. Contemplou o presente por horas e dormiu profundamente com o rosto literalmente
enfiado no presente. E sonhou. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Eis o sonho de Joaquim:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Joaquim se viu no carro dos seus pais indo para primeira casa na
famosa “peregrinação do natal”. “O tempo voltou?”, pensou ele. Seus pais
conversavam e sorriam. Mas agora, diferente do início da sua peregrinação de
natal, ele não estava sozinho no banco de trás. Ao seu lado estava um homem
vestido de branco reluzente e um rosto que expressava firmeza e consolo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Quem é o
Senhor? Perguntou assustado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Logo saberá.
Respondeu com voz penetrante e um leve sorriso de canto o homem de branco. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Ao entrar na primeira casa Joaquim percebeu que somente ele via o
homem de branco. Ele ficava sempre ao seu lado. Como de praxe, recebeu
presente, deu presentes, abraçou, foi abraçado, aperto de mãos pra cá, tapinha
nas costas pra lá e as mesmas conversas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O que você vê
Joaquim? Perguntou o homem de branco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Como assim, o
que vejo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O que você vê
Joaquim? Perguntou o homem, passando a mão nos olhos do garoto e retirando deles
escamas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Joaquim olhou ao redor e disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo
satisfação em coisas banais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo
esperança vazia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo pessoas
se promovendo por meio de presentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo pessoas
confiando em suas obras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo
competição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo
ostentação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo crianças
egoístas e mimadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo comida e
bebida que perecem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo
brinquedos que quebram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo o Diabo
feliz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo a
cegueira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo Papai
Noel.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Continue
olhando Joaquim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O que ele diz
para as crianças?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Que elas são
boas e podem ser boas ao ponto de merecerem presentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Olhe para as
crianças Joaquim. O que você vê?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo pessoas más. Não somente pessoas
que fazem coisas erradas, mas pessoas más. Pessoas privadas da mensagem do
Evangelho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O que mais?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo a manjedoura sem a cruz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo a cruz sem a ressurreição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O que você NÃO
está vendo Joaquim?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não vejo o Evangelho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não vejo salvação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não vejo fé
em Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não vejo
adoração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Joaquim parou e
olhou profundamente nos olhos do homem de branco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não vejo Jesus.
Não vejo o Natal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Em cada casa o discurso se repetia. Joaquim dizia o que via e o que
não via. Até chegar novamente à casa do Gigante de dois metros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O que vê
Joaquim?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo o Evangelho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo
arrependimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo corações
quebrantados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo
satisfação plena em Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">E com um leve sorriso de canto e com olhar fixo nos olhos do homem de
branco disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo Jesus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não somente
você – Disse o homem de branco com sorriso aberto e contagiante. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Joaquim olhou e viu toda aquela família abraçando o homem de branco.
Do menor ao maior. Todos se deliciavam com sua presença. A brancura de suas
roupas alvejava a roupa dos que o abraçavam. Ele era doce e altivo. Consolador
e Santo. Perto e distante. Resplandecente e amoroso. Naquela casa, o homem de
branco sentava na cabeceira da mesa e todos alegremente o ouviam. Todos
ansiavam por suas palavras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Então, a cena do presente se repetiu. O gigante deu o presente para
Joaquim como da primeira vez.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O homem de branco questionou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O que vê
Joaquim?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo o melhor
presente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Por que é o
melhor presente jovem Montenegro?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Porque me
revela o Presenteador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– E o que Presenteador
presenteia?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Ele mesmo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O que vê
Joaquim?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vejo o natal.
Vejo Jesus. Vejo o meu Senhor e o meu redentor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Quando acordou, já na cama do hospital, foi avisado da morte dos seus
pais. Doeu muito. Mas ele sabia que as lágrimas de sua mãe no carro vinham de
um coração quebrantado e arrependimento; e a compenetração de seu pai, de uma
mente renovada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Os anos se passaram. Joaquim teve uma filha linda que recebeu o nome
de sua mãe – Abigail. Um dia Abigail tomou uma Bíblia velha na estante a foleou
e percebeu que manchas de sangue marcavam quase todas as páginas dela. Em uma,
em especial, havia mais sangue. E em um versículo havia uma marca de boca, como
se alguém tivesse beijado aquele versículo específico que dizia:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito
para que todo aquele que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Abigail entendeu porque seu pai, quando recebia um presente, sempre
dizia: Eu já recebi o melhor. Eu recebi a Jesus.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-20448895543959434802015-03-12T06:22:00.000-07:002015-03-12T06:34:20.321-07:00Conselhos a Jovens Pastores Batistas<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Teoricamente igrejas batistas são autônomas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Sinceramente, quando vivi a realidade de uma associação batista, não
me lembro de ter testemunhado isso na prática. Na minha experiência, essa ideia
ficou presa no mundo dos compêndios de teologia, nos empoeirados e ignorados
estatutos (quem os lê?) e em discursos comprometidos. Mas, reconheço que pode
ser um lapso de memória; e espero que minha experiência não represente a sua
realidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Até onde lembro, quando participava de reuniões de pastores batistas
(presbitério batista?), os mais influentes (geralmente muitos galgam tal status
por boas razões, mas os mantém por péssimas práticas) vez por outra usavam, em
tom de prudência, sabedoria e respeito à autonomia da igreja local e à
autoridade dos colegas, a seguinte expressão: “Eu sugiro”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Querido jovem pastor batista, quando ouvir essas “palavras mágicas”, fique
alerta, pois elas poderão (não é uma regra, claro) significar: “Se você não
fizer exatamente o que eu (e meu grupo de interesse; digo, o sistema) quero,
fecharei todas as portas do nosso grupo até que você viva ‘à mingua dos
cuidados denominacionais’ e morra na ‘sarjeta eclesiástica’”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Disso decorrem alguns conselhos: Não se isole; no entanto, focalize
sua igreja local. Trabalhe duro. Pregue com amor e dedicação. Ganhe o respeito e
a admiração do seu povo. Quando precisar, critique seu grupo; revele suas
limitações bem como as virtudes dos outros irmãos. Ensine que o reino não está
restrito a uma tradição cristã apenas. Mostre, no dia a dia, o quanto ama sua
igreja. Sacrifique-se. Pastorei. Seja compromissado com a Palavra de tal forma
que seus colegas, mesmo discordando de você, temam ou evitem confrontá-lo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Gentium; font-size: 13.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Esse tipo de pastor pode até viver “à mingua dos cuidados
denominacionais”, mas nunca cairá na “sarjeta eclesiástica”, pois o Reino de
Deus é infinita e assustadoramente maior. Só assim a sugestão “dos influentes” realmente
será somente uma sugestão! Você poderá recebê-la ou simplesmente descartá-la
enquanto apresenta a sua própria.</span></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-62364440366778037152014-11-23T12:07:00.001-08:002014-11-23T12:07:24.799-08:00A Volta de Jesus - Rômulo Monteiro 1/2<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/aMHSkE_U-hw" width="480"></iframe>Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-28057629303523088972014-10-07T06:46:00.000-07:002018-01-02T09:16:53.434-08:00Por um mal menor<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Para amigos, irmãos e familiares que vão votar na Dilma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Queridos, não vou votar no Aécio por que ele é um exemplo de gestão ou
moral. Aliás, quando o assunto é moral e gestão pública, vamos ser diretos e
lúcidos (sem paixonites extremadas): nenhum é exemplo. Nenhum mesmo! Para cada deslize do Aécio temos outros tantos da Dilma. Para o mensalão do PSDB, temos o
mensalão do PT; para o dinheiro de aeroportos do Aécio, temos o dinheiro dos
nossos impostos patrocinando a vida de luxúria do ditador cubano. Ou seja, ir
por esse caminho (moral e gestão) é seguir uma estrada cansativa e inútil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O fator determinante no meu voto é ideológico e histórico. Voto em
Aécio para, se não quebrar (coisa que acho impossível em curto prazo), pelo
menos atrasar uma agenda comunista estabelecida desde a década de 60. Não precisa
ser um gênio para ver que a relação do PT com os valores tiranos do comunismo
são reais. A relação de admiração e apoio com Cuba, Venezuela e com seus
respectivos ditadores Fidel Castro e Hugo Chaves, por exemplo, só ratificam tal
julgamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Poderia alistar muito mais: passado revolucionário e terrorista dos
membros do PT (roubo a banco, bomba em embaixada, sequestro, assassinatos); campanha
do desarmamento (muito comum nos governos tiranos); tendência de categorizar
todos os crimes cometidos pelos seus partícipes como heroísmo político (mensalão,
por exemplo); relações diplomáticas problemáticas (diálogo com os terroristas
do estado Islâmico, por exemplo) e, principalmente, a relação com o Foro de São
Paulo (Rogo: veja esse rico<a href="http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2014/03/24/conheca-o-foro-de-sao-paulo-o-maior-inimigo-do-brasil/" target="_blank"> post</a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Queridos, não podemos julgar um governo por um viés exclusivamente
pragmático. Quando se estuda história, se sabe que o caminho que pavimentou
algumas tiranias foi o do equilíbrio econômico, da restauração de instituições
estatais e, principalmente, o da centralidade do estado (exemplo: A Alemanha de
Hitler). Longe de mim comparar nossa presidente com Hitler – sinceramente, acho
o alemão muito mais inteligente e com uma oratória infinita e incomparavelmente
melhor. O que estou dizendo é que não podemos limitar nossas análises somente ao
que se fez, mas ao que se pretende fazer. Não olhe somente o que o PT fez (é
inquestionável que fez muitas coisas boas), mas ao que ele tentou e não
conseguiu fazer. De uma coisa estou certo: eles não têm pressa. A agenda deles
não vai mudar. Eles podem até refrear, mas mudar, jamais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Faço minhas as palavras do grande pensador Olavo de Carvalho: “Votar
no Aécio é obrigatório e inútil”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Com
amor, Pr. Rômulo Monteiro.</span>Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-62479401455960659282013-12-24T13:02:00.000-08:002018-01-02T09:17:50.120-08:00...uma questão de higiene.<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Quem me conhece sabe que prefiro a proclamação ao invés do protesto. A
razão é simples: o último acaba sendo uma “propaganda ao contrário”. Sabemos
que são muitos os que promovem coisas escandalosas na esperança de que o
protesto-propaganda os coloque na “pauta das rodinhas”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Contudo, às vezes é difícil não protestar. Refiro-me ao vídeo de natal
do famosíssimo grupo de comédia intitulado “Porta dos Fundos”. Se você quer
desperdiçar alguns minutos de sua existência, é só assistir. Caso contrário,
simplesmente declare: “Não vi e não gostei”. Se você é meu amigo e, por
conseguinte, confia em mim, siga a segunda opção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Para os que perderam seu tempo, vamos às colocações:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">1.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Não há dúvidas históricas de que Jesus existiu e que foi morto em uma
cruz. Quanto aos seus milagres e sua ressurreição, certamente isso não é
consenso, e não é nosso objetivo aqui uma discussão desse calibre. Fiquemos com
o que é senso comum: ele foi torturado e assassinado. Fato.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Não é estranho que, em um país marcado pela violência gratuita, um
vídeo que zomba da morte de um inocente seja tomado com tanta naturalidade e,
pior, tenha como objetivo o riso? Não é estranho vermos artistas, que vez por
outra propagam discursos de tolerância, zombarem da morte de um inocente? Não
seria curioso, por exemplo, um vídeo em que João Hélio, menino arrastado até a
morte por um carro, fosse zombado? Não seria doentio zombar da morte de Tim
Lopes, jornalista que foi torturado até a morte? Não seria bizarro fazer um
vídeo onde a morte de Daniela Perez fosse usada para promover risadas? Por que
com Jesus pode? Lembre-se, ele é uma figura histórica. Sua morte não é
questionada nem mesmo por ateus. Por que com ele pode?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">2.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Para justificar seus vídeos, um dos redatores do “Portas dos Fundos” declarou
que tem como alvo os ricos e poderosos; que seu <i>limite</i> é nunca rir das minorias (e.g., pobres, negros). Afirma ainda
que religião não é minoria; que todas são poderosas e tem dinheiro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Não é uma declaração no mínimo esquisita vinda de alguém que vive de
popularidade, patrocínio de grandes empresas e exige cachê que nenhum pobre pode
pagar? Ao que tudo indica, para fazer parte desse grupo deve-se fazer voto de
pobreza. O problema é que sabemos, na prática, onde esse discurso com inhaca
comunista vai parar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">A declaração do redator parece pressupor que todos os religiosos e
religiões são opressores e/ou exploradores. Sugiro ao nobre redator que abra
sua casa para os desabrigados de uma tragédia; coisa que geralmente quem faz
são as “religiões opressoras”. Sugiro ao redator, que parece se importar tanto
com os pobres, a fazer dez por cento do que os opressores têm feito, fazem e
farão pelos seus amados pobres. Sugiro ainda que o nobre redator abrigue em sua
casa dependentes químicos como os opressores fazem. Ah, caso tenha problema com
dinheiro, é simples: distribua com os pobres que você tanto ama.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Pois bem, voltando ao assunto, minha pergunta aqui é: o que Cristo tem
haver com isso? Onde ele se encaixa? Nos poderosos ou nos ricos? Porque não
brincar com os poderosos (tiranos) da época (os romanos)? O fato é que a morte
e a tortura de um inocente (que no caso também era pobre) nunca deve ser motivo
de piada. Para mim, rir do que se deve chorar é sinal de insensibilidade, loucura,
maldade, crueldade e faz de tal pessoa alguém extremamente perigoso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Um conselho para os redatores: caso queiram atingir a “opressão
religiosa” ou “opressão dos poderosos”, escolham os alvos certos, porque, nesse
vídeo, e em muitos outros, vocês erraram o alvo e foram extremamente infelizes.
Agora, caso realmente vocês tiveram Jesus como alvo; bem, aí o caso de vocês é
bem mais sério.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Quanto a mim, queria muito mandar o “Porta dos Fundos” para a “porta
dos fundos” da minha casa. O problema é que coloco meu lixo lá. Como não
encontrei lugar para eles, fiz o que faço com todo lixo não reciclável - dei
descarga. É uma questão de higiene.<o:p></o:p></span></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-57759587614499340232013-10-26T10:22:00.001-07:002018-01-02T09:18:23.829-08:00Um velho sonhador<span lang="EN"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN"> </span><span style="font-family: gentium; font-size: 13pt;">– Posso sentar?</span></div>
<span lang="EN"><span lang="EN">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Fique à vontade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;"></span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– O que está achando de nossa escola? É sua
primeira vez aqui, não é?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Sim…<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Sei que é – interrompeu <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i>, empolgado pela abertura que o senhor desconhecido dera ao
diálogo – Estou sempre por aqui e nunca vi o senhor. E estou certo de que se o tivesse
visto uma vez só, seria o bastante para não esquecer.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Como estava dizendo – continuou o visitante –,
sim, é a primeira vez que venho aqui. E se quer saber se estou gostando; pois bem,
não posso dizer nada ainda, pois como você mesmo sabe, a aula ainda não
começou. Agora, se quer saber da minha opinião sobre as instalações da escola, sinceramente,
isso não me importa. O mesmo diria da oratória do professor. A sabedoria e a
ignorância, nobre colega, são mais ou menos como os alimentos úteis ou nocivos:
podem ser apresentados através de palavras polidas ou rudes, como os bons e os
maus alimentos podem ser servidos em pratos finos ou grosseiros.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Entendi. Não queria ser inconveniente, mas o que
trouxe o senhor aqui?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Um sonho.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Sei – <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano
</i>respondeu pensativo – o senhor tem o sonho de ser pastor e procurou uma
escola de teologia. É isso mesmo?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Não! Não me refiro a “sonho” como uma expectativa
de vida, mas como revelação divina.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Hum! – <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i>
ergueu os olhos e as sobrancelhas num ar de incredulidade e desdém.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Acho que não acredita nesse tipo de coisa, não é?
– O visitante estampava um leve sorriso de canto. Era uma mistura de
tranquilidade e misericórdia.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Bem, como dizer? Sou um cristão conservador e
creio que tudo que preciso está revelado nas Sagradas Escrituras. Para ser bem
direto, não, eu não creio.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Sei… O senhor desconhecido olhou para o chão
respirou um pouco mais intenso que o normal e abraçou a cabeça com os ombros. <o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">Fobiano</span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;"> não quis falar. Ele sabia que o silêncio sinalizava
que o idoso buscava as melhores palavras. O estranho visitante então retomou o
discurso:<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Vou te contar uma história: Também sou cristão.
Mas, minha conversão não veio logo. Uma pessoa próxima, uma cristã piedosa, costumava
lavar o chão com suas lágrimas em orações intensas por minha alma. Um dia, ela
teve um sonho em que ficava patente que eu estaria ao lado dela compartilhando
da sua fé. Na época a retruquei dizendo que realmente ela ficaria do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">meu</i> lado. Ela, contudo, contrapôs
dizendo firme: “Não, não me foi dito: ‘onde ele está, aí estarás tu’. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas sim: ‘onde estás, aí estará também ele’”. Por
causa desse sonho, foi-me permitido estar à mesa com ela novamente – coisa que
há muito tempo não era possível. Ela entendeu que esse sonho veio de Deus. E eu
pergunto para o senhor:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>– De onde viria
tal sonho senão do fato de Deus ter ouvido a voz do seu coração? – longa pausa –
De onde viria tal sonho? – O idoso olhava profundamente nos olhos de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Veja…bem! Respondeu <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i> com uma voz trêmula e lenta. Tentando raciocinar enquanto
respondia, disse: – Há muita coisa a se considerar...<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">O idoso voltou seu olhar e corpo
para <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i>, apertou os olhos como
se buscasse focar em algo, cofiou a longa barba branca sinalizando esperar mais
de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i>. Esse, por sua vez,
entendendo toda linguagem corporal, continuou:<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Como dizia…humm...algumas coisas precisam ser
consideradas. Primeiro, essa pessoa era de sua confiança? Sim, porque, não sei
se você está atualizado, mas hoje em dia…<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Era minha mãe! – interrompeu rapidamente o idoso
entendendo ter destruído a refutação de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i>.
No entanto, manteve seu olhar de expectativa.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Ok! – respirou fundo – Vamos à segunda colocação:
todas as pessoas sonham. Como distinguir uma mensagem de Deus e um sonho
convencional?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">O idoso ficou pensativo.
Ergueu-se lentamente dirigindo-se para fora da sala de aula. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano </i>sabia que tinha mexido com o
homem desconhecido e comemorava consigo mesmo: “Peguei o sonhador”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">Com a cabeça erguida aos céus e
olhos levemente fechados, o homem desconhecido chorou discreto. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i> só percebeu porque pode ver o
reflexo das lágrimas à luz do sol. O idoso voltou seu olhar para o horizonte e
disse:<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Interessante você falar sobre isso. Se o senhor conhecesse
minha mãe, saberia que quando ela queria algo, lutava ao máximo por isso. Foi
assim com minha conversão. Lutou em oração constante. Um exemplo rápido: certo pastor,
depois de agastado por ela para que viesse a mim e argumentasse comigo a favor
do cristianismo, disse a ela: “é impossível que possa perecer um filho de
tantas lágrimas”. Ela era realmente impossível. Aquelas palavras do pastor a
consolaram, pois ela entendeu serem do Senhor. E seriam de quem nobre <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i>? De quem?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Bem, poderia ser…<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">–<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>Como estava
dizendo, - o velho interrompeu – ela era intensa. Foi assim quando quis que me casasse.
Na época, ela teve vários sonhos com meu casamento. Porém, – parou, olhou
profundamente para <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i> e falou em
tom de sussurro – quando falava sobre eles, era com vergonha e desprezo que os mencionava.<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p></o:p></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Por quê?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Ela dizia que sabia discernir, não sei por qual
sabor especial (não conseguia explicar com palavras), a diferença entre aquilo
que Deus a revelava e os sonhos de sua imaginação. E ela sabia que esses sonhos
não vinham de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Digamos que realmente tudo isso seja verdade. Venhamos
e convenhamos nobre senhor. Não quero parecer cético, mas isso não é somente
raro – é raríssimo. O senhor tem conhecimento de quantos milagres? Pode citar
pelo menos três?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">De repente, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i> viu o chão abrir debaixo dos seus pés sendo engolido em densas
trevas. Não demorou muito e ele<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>se
viu no meio de uma multidão agitada. Tudo era estranho: as pessoas, o lugar, a
linguagem, as roupas, o cheiro. No meio da multidão conseguiu avistar o velho
estranho. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i> correu. Já próximo do
homem barbudo, gritou enquanto segurava seus dois braços:<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Como o senhor fez isso? Como vim parar nesse
lugar? Onde estou? O que é isso? – gritou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i>
aterrorizado.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Calma <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i>.
Só olhe! Só testemunhe! – respondeu em tom ameno o velho homem.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">Fobiano </span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">viu dois esquifes sendo carregados.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Quem são esses caras?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Esses “caras”, - usou a palavra com ironia – são Gervásio
e Protásio – respondeu o idoso.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Parece que não eram muito bem vistos pela
comunidade. Nunca vi tanta gente alegre em um funeral. Eles morreram de quê? Estão
levando para onde?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Esses homens foram mártires nobre <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano.</i> Mártires! – reforçou elevando a
voz – coisa rara no seu país, não é mesmo? Eles estão sendo levados para a basílica
ambrosiana. Apesar de conservados, como você mesmo pode constatar, eles
morreram já fazem mais de cem anos. Não sabíamos onde estavam.…<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– O quê? Que loucura! Por que os desenterraram? Que
negócio macabro é esse? É um ritual pagão? E como souberam onde estavam os
corpos?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Foi revelado, em visão, ao pastor Ambrósio.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Visão? De novo? Esse pessoal não lê a Bíblia? Sonho,
visão, sonho…só isso. Não vejo ninguém citar as Escrituras.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Bem, pensando especificamente no pastor Ambrósio,
diria que seus quatro anos de seminário seriam equivalentes a seis meses das
leituras dele. Portanto, seja prudente quando quiser questionar o amor e a dedicação
de uma pessoa ao estudo das Santas Letras. Não seja apressado com seus
reducionismos injustos e incompassivos. Observe sua teologia meu querido. Veja:
ela é tão rígida que não permite sequer uma análise de casos. É sentença sem
julgamento. Sinceramente meu amado, eu desconfio de que a fonte de tanta
firmeza seja mais o medo da perda de controle do que o que costuma apregoar.
Não tenha medo meu amado. Você nunca esteve no controle. Nosso Deus exerce uma liberdade
soberana.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i> calou-se.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Uma
cena chamou a atenção de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i>: um senhor
maduro, muito conhecido na cidade, ao ouvir a multidão em festa (pois vários possessos
eram libertos dos demônios), guiado (pois era cego), aproximou-se do caixão, tocou-o
com um lenço e voltou para seus olhos, que foram imediatamente abertos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">De repente, o chão novamente se
abriu e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano </i>se viu em um outro
lugar: um barco no mar revolto.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Meu Deus que loucura é essa? O que está
acontecendo comigo? – <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano </i>gritava
e chorava.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Calma jovem, nada vai nos acontecer de mal – disse
uma voz firme e feminina.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Desculpe senhora, mas não é bem o que parece. Olhe
à sua volta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Sei o que está vendo, mas estou certa de que Deus
nos dará livramento.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Como a senhora tem tanta certeza? Por que não
pensar que Deus está nos punindo?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Deus me revelou e prometeu em visão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– E eu ainda pergunto. Sonhos, visões, sonhos....</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Desculpe, mas qual o nome da senhora? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Meu nome é M…<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">Novamente o chão se abriu. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i> foi novamente tragado. Isso
aconteceu por várias vezes. Ele testemunhou muitos milagres junto com o velho
desconhecido: curas, exorcismos, curas que levaram à conversão e até
ressurreições.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Psiu! Ei! Fabio! Acorda! A aula acabou cara!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Você me chamou de quê? <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fobiano</i>?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Fábio! Não é esse seu nome?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Sim, claro!…é?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Você está bem cara? Perdeu toda a aula.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Aula?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– É, realmente você não está nada bem!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Ei, – de repente Fábio levantou-se assustado e
gritando – quem é aquele velho estampado no quadro? Eu o conheço. Eu falei com
ele hoje. É o sonhador! É o homem que me mostrou vários milagres.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Calma Fábio, isso é impossível. Aquela figura ali
é de Agostinho de Hipona. Esse foi o assunto da aula de hoje. Calma, foi só um
sonho.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Fábio
sentou, respirou fundo e sussurrou:<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">– Acho que não. Acho que foi bem mais do que isso. Foi bem mais que o sonho de um sonho. Foi bem mais...Foi doxológico!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">Fundamentação Histórica:</span><o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">Confissões, Livro III, 11.19.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">Confissões, Livro III, 12.21.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">Confissões, Livro V, 6.10<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">Confissões, Livro V, 9.17. <o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">Confissões, Livro VI, 1.1.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">Confissões, Livro VI, 13.23.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">Confissões, Livro IX, 7.16<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">Cidade de Deus Livro XXII, capítulo VIII.</span></div>
</span><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
</span>Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-71769550915309314452013-09-14T13:54:00.001-07:002018-01-02T09:58:20.829-08:00O supremo e os supremos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--><span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">Em algum apartamento de luxo no
condomínio <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Cuba Brasileira</i>, numa festa
regada a champanhe…</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">Blim blom!</span></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Quem é o senhor?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Queria falar com o senhor <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Supremo</i>, por favor.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Posso saber o que o senhor quer com ele? O senhor
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">STF</i> anda muito ocupado! Desconversou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">João Paulo</i>, o mordomo.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Diga a ele que é o senhor <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Embargos Infringentes</i>.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">De repente uma voz cavernosa
grita de dentro do apartamento:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Pode deixar! Ele é dos nossos!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Obrigado <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Luiz</i>
– respondeu com educação <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Embargos Infringentes</i>
enquanto adentrava o apartamento.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– De nada, Emb...!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– <i style="mso-bidi-font-style: normal;">…bargos Infringentes</i>
– completou o visitante.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Desculpe, mas seu nome
é muito “compricado”. Tenho um “probreminha” com a língua portuguesa. Prefiro falar
o “cubanês”.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Não seria castelhano senhor? Perguntou cuidadoso
e submisso <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Embargos Infringentes</i>.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Acho que é! Mas, vamos, sente! Pegue uma taça!
Aqui é assim, vivemos comemorando. São mais de 12 anos de festa.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Obrigado, mas o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">STF</i> está por aí?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Não, só tá o chefe dele.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dirceu</i> está
aí? Porque não disse logo? Ora, todos sabem que falando com o senhor e com ele
está tudo resolvido, não é mesmo?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Diga meu salvador! Gritou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dirceu</i> adentrando a sala com braços abertos. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Depois
de um longo abraço, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Embargos Infringentes</i>
retomou a palavra:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Não quero delongar. Vou ser direto: Essa semana
fui procurado pessoalmente pelos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Supremos</i>.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Quem?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Os Supremos da Marvel: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Homem de Ferro, Thor, Hulk, Capitão America</i>...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Ah! Sei! Os heróis do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Tio Sam</i>!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Eles estão indignados com a minha aparição e
exigem que o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">STF</i> mude o prenome. Sabe
como é, né? Depois do julgamento do senhor, do não julgamento do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Luiz</i> e da minha chegada, ser “supremo”
não quer dizer muito aqui no Brasil. A <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Marvel</i>
entende que isso pode ter efeito direto na bilheteria do próximo filme. Não podemos
esquecer que nas próximas eleições precisaremos de todos os super-heróis. Portanto,
não vamos contrariá-los.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Sei! Mas, eles sugeriram algum nome? </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Pifídio</i>,
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Chinfrimildo</i>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Indecisomar, Dividildo, </i>…</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Pelas barbas de Fidel, quem sugeriu esses nomes? Interrompeu
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dirceu</i>.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Foi o<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> Homem
de Ferro</i>. Ele é bem excêntrico.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– E o cara verde? O Hulk? Não sugeriu nada?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Ele não estava bem. Parece que o time dele está
na segunda divisão...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Luiz</i> interrompeu gritando com braços
erguidos e empunhando duas garrafas de champanhe já vazias:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– É corintia!. É campeão mundial!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Não seria “Corinthians” senhor <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Luiz</i>? Respondeu <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Embargos Infringentes</i>, como sempre, com muita educação e em tom
polido.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Acho que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Indecisomar</i>
é um bom nome. Gritou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dirceu </i><span style="mso-bidi-font-style: normal;">empolgado</span>. –
Poderíamos criar uma logomarca imitando o sinal de interrogação. Acho que vai
ficar bonito.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Eu prefiro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Pifídio.</i>
Interrompeu <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Luiz</i>. – Realiza comigo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dirceu</i>: Posso não saber português
direito, mas sei que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Pifídio</i> começa
com “P”. Ao invés de ITF, teríamos PTF. Ou melhor, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PT</b></span></span><span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 10.0pt;">f.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Boa chefe! Quer dizer, boa companheiro! É isso!
Vai ficar <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Pifídio</i>! </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i>Luiz</i>
completou:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Agora, tem uma condição: só mudaremos o nome se os
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Supremos</i> ficarem calados. A ideia é
mostrar que essa mudança foi iniciativa nossa – foi unilateral. Se eles querem
ser considerados “os supremos”, nós também queremos.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Acho que não teremos problemas com isso senhor. Tranquilizou
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Embargos Infringentes.</i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Só uma dúvida – disse <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Luiz</i> – <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Pifídio </i>vem de quê
mesmo?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Pífio, senhor!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Ah! Por isso que prefiro a língua “cubaniana”.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Na
saída, o mordomo abriu a porta para <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Embargos
Infringentes</i> que passou lentamente e com a cabeça levemente caída, pois
buscava na mente uma lembrança. Então disse:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Lembrei!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Lembrou o quê senhor? Perguntou curioso o
mordomo.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Desculpa, mas como é o seu nome mesmo?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– <i style="mso-bidi-font-style: normal;">João Paulo,</i>
senhor.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Acho que você terá que mudar o nome também!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Por que senhor?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span class="usercontent"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">– Essa semana nosso escritório recebeu uma carta do
Vaticano. Você está desmoralizando um candidato a santo. E de santo, você e seus companheiros não tem nada. Mas não se preocupa. É para salvar pessoas como você que eu existo. </span></span></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-37477235344293511732013-08-17T11:25:00.001-07:002018-01-02T09:58:53.414-08:00Dizendo "não" para a igreja local<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: gentium; font-size: 13pt; text-indent: 35.4pt;">A estrada asfaltada já havia
findado há um bom tempo. A vegetação densa abraçava o carro em uma antiga
estrada de terra. Vez por outra podia se ver testemunhos de uma civilização
antiga e inexistente: vagões e estações de trem tomadas pela ferrugem; fontes vestidas
de ramagem, cercas incompletas, casas com janelas tombadas...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Que cenário macabro! Disse <i>Blogueiro </i>com cenho enrugado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Você ainda não viu nada. Disse o <i>Motorista</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Duas horas depois, os passageiros perceberam
estar adentrando no que um dia havia sido a rua principal de uma antiga cidade.
Casas coloniais tomadas pela vegetação; janelas levadas pelo vento assoviavam
denunciando a ferrugem e o abandono; as calçadas rachadas revelavam que há
muito tempo tinham perdido a luta para a erva-daninha e as carcaças de animais
davam suas boas-vindas com sorrisos bizarros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Acho que há mais vida em um cemitério do que aqui.
Sussurrou de canto <i>Comunhão Virtual</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Pensar que pessoas viviam aqui aperta meu coração.
Completou o <i>Pastor</i> <i>Melquisedeque</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O<i> Pastor
Incompetência</i> exclamou baixinho como se falasse consigo mesmo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Esse lugar não me é completamente estranho!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Como assim? Você já esteve aqui <i>Incompetência</i>? Perguntou <i>Instituição Paraeclesiástica.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Deve ser o impacto da desolação. Só isso. Além
disso, estamos cansados e famintos. Explicou indiferente a jovem <i>Igreja Ex Nihilo</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O carro finalmente parou. Instintivamente
todos dirigiram seus olhares para o mesmo lugar. Sem que fossem convidados,
todos se dirigiram à frente do que havia restado de uma suntuosa construção. O
reboco era escasso, boa parte do teto já não existia, somente metade da grande
porta ogivada ainda estava de pé. O que sobrou de uma inscrição recepcionou os
visitantes tardios: “EU SOU…”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Dentro
das ruínas suas mentes eram uma interrogação só. Tudo era estranho: os móveis,
as inscrições e a própria configuração do prédio não faziam qualquer sentido
para alguns.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Blogueiro</span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> adiantou o passo em relação aos
demais se dirigindo à parede a sua frente rumo a uma grande cruz. Porém, antes
de chegar à cruz, ajoelhou-se diante do que parecia ser uma grande caixa de
madeira diante da cruz (agora tombada). Passou a mão a fim de retirar a poeira
e poder comtemplar melhor seus vários entalhes. No centro da grande caixa, um
livro aberto em alto relevo. Tudo em madeira maciça. Espalmou os entalhes com
admiração. Perguntava a si mesmo: “o que será esse estranho móvel?”. “Por sua
posição de proeminência, junto com a cruz, ele parece sintetizar e explicar a
existência de todo esse prédio”, “tudo gira em torno dele e da cruz”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Púlpito! Gritou o <i>Motorista</i> que contemplava a todos enquanto permanecia escorado na
porta de entrada. – É o nome dado pelos antigos moradores desse lugar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Sinceramente, não ajudou muito. Retrucou <i>Blogueiro.</i> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Trata-se de um lugar muito especial. Observe! Ele
pode ser visto de todos os lugares. Não duvidaria que muitos arqueólogos apressados
concluiriam que estamos em um templo dedicado ao “deus Púlpito”. O <i>Motorista</i> falava enquanto caminhava
lentamente em direção a <i>Blogueiro.</i> Há
um passo de distância tomou <i>Blogueiro</i>
pelos ombros e o direcionou para trás do estranho móvel. E continuou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Daqui, os antigos profetas anunciavam todo o
conselho do Senhor. Enquanto o <i>Motorista</i>
falava, os demais já se encontravam sentados nos bancos empoeirados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Observe <i>Blogueiro</i>.
Daqui o pregador poderia olhar nos olhos das suas ovelhas e as ovelhas poderiam
olhar nos seus olhos. O móvel, entre o pregador e o povo, nos lembra de que
essa relação era mediada. A Palavra, sustentada pelo móvel, era o elo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Isso é assustador. Não gostaria de ter pessoas
conhecidas me observando. É muito estranho ter pessoas que sabem quem realmente
sou olhando nos meus olhos. Pior, várias pessoas ao mesmo tempo. Sinceramente,
acho que não falaria metade do que já escrevi. Prefiro a indiferença da <i>webcam</i> e a falta de cobrança e
policiamento pessoal do <i>blog </i>e do<i> face</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Sim, realmente é assustador. Mas também é abençoador.
Quem vive como você (atrás de uma webcam e não diante das pessoas) não sabe o
que é estar diante de um povo que o reconhece como líder exatamente pelo fato
de o conhecer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Então, você não me considera um mestre, um líder? É
isso mesmo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Você deveria reconhecer, pelo menos, ser no mínimo estranho,
ter um mestre <i>fora</i> da <i>Igreja Local</i> falando <i>para</i> a <i>Igreja Local</i>, não acha? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O senhor nunca esteve na Web?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Claro. Porém, a grande rede não deveria ser um fim
em si mesma caro <i>Blogueiro</i>. Com o
tempo, contudo, a turma passou a achar que a comunidade local já não era tão
importante. Pensaram que poderiam atingir mais pessoas pela grande rede.
Olharam tanto para a <i>Igreja</i> <i>Universal</i> que se esqueceram da <i>Igreja Local</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Deu-se
uma longa pausa. E o <i>Motorista</i> retomou
a palavra em tom de lamento:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Você disse “não” para a <i>Igreja Local</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Tentando desconversar, <i>Comunhão Virtual</i> perguntou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Por que alguém iria querer bancos tão grandes? Aqui
devem caber umas dez pessoas. O que tanta gente faria junta em um mesmo lugar
ao mesmo tempo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Visão corporativa. Respondeu o <i>Motorista. </i>E continuou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– As pessoas que se encontravam aqui entendiam que precisavam
estar juntas. Suas programações, agendas e prioridades não eram forjadas pela
individualidade. Eles entendiam que as bênçãos do Senhor passam pela comunidade
reunida e vivida. Quando o Senhor Jesus ensinou seus discípulos a orar, começou
assim: “Pai NOSSO”. Oração, mesmo que no recôndito do quarto, não pode ignorar o
fato de que ela é feita por um membro de uma grande família. O pai é NOSSO. Essa
verdade estava clara para o povo que se reunia aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Durante todo o tempo a jovem <i>Igreja Ex Nihilo </i>foleava uma Bíblia
esquecida em um banco. E exclamou: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vocês já ouviram falar de um livro chamado “Atos”? Pelo
que entendi, ele assegura que as igrejas não surgem do nada. Interessante,
porque, segundo esse livro, Igreja é um fenômeno histórico. Se invertermos a
sequencia histórica acabaremos em Jerusalém – o começo de tudo. Que loucura!
Sempre achei que tinha vindo do nada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O <i>motorista</i> interrompeu: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Na verdade jovem, nenhuma Igreja vem do nada. O que
tem acontecido é uma anomalia chamada “Melquisedequismo”. Isso acontece com pessoas
que acham que podem começar uma igreja a partir delas mesmas. O problema é que
elas, como nenhum ser criado, não surgem no vácuo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Por acaso está falando de mim? Retrucou <i>Pastor Melquisedeque.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Também! Normalmente as igrejas geram seus pastores,
diáconos, missionários bem como outras igrejas. Porém, no seu caso, <i>Igreja Ex Nihilo, </i>foi um pastor que te
gerou. É chamado de “Melquisedequismo” porque esses pastores não tem “princípio
de dias”. Ou seja, não tem relação histórica ou comunitária com outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Como assim? Gritou <i>Pastor Melquisedeque. </i>Não vim do nada! Saiba que fui ordenado! Uma
igreja um dia me aceitou como pastor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Sei disso. O <i>Motorista</i>
respirou fundo e disparou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Mas onde estava seu respeito por essa mesma igreja
quando resolveu, sem levar em consideração o que a comunhão dos santos tinha a
dizer, criar sua própria igreja? Aonde foi parar seu espírito comunitário? Quanto
à sua ordenação, a pergunta aqui é: “Quem disse que um grupo de pastores tem
autoridade para dizer se alguém é ou não pastor?” Vou ser direto: <i>Não há outra instituição no mundo que esteja
<b>sobre</b> a igreja local</i>. Em outras
palavras, não há instituição que comande a Igreja Local. O aval da <i>Igreja Local</i> deveria ter grande valor
para o povo de Deus. Observe, por exemplo, que todas as cartas do NT foram
enviadas, ou <i>primariamente</i> ou <i>finalmente</i> às igrejas. Até mesmo as
conhecidas “pastorais”. Quanto à sua ordenação, a autoridade pastoral decorre
do aval da <i>Igreja Local</i>. Os pastores
deveriam ser escolhidos pela <i>Igreja Local</i>
(At. 14.23). O mesmo deveria acontecer com os diáconos. Isso é simples de
entender. As qualificações dos oficiais exigem observação cotidiana ou vida
comum. Você não sabe, mas no dia em que foi ordenado pela segunda vez eu estava
lá e vi somente uma mão sobre sua cabeça – a sua própria. Fique sabendo que
quando resolveu sair de sua igreja, sua ordenação ficou lá. Quando resolveu
criar uma igreja ao redor do seu umbigo, você disse um “não” à <i>Igreja Local</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Se essa tal <i>Igreja
Local</i> é quem eu estou pensando, o senhor há de convir que ela complica e entrava
muito as coisas. Aliás, ela também é política demais. Disse <i>Comunhão Virtual.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Se você é grande e forte hoje, fique sabendo que
muito da sua dieta foi à base de uma proteína chamada “desprezo à estrutura
eclesiástica”. Eis um ponto chave para entender o fenômeno dos mestres e
igrejas virtuais: Ministérios virtuais são menos “burocráticos”. É fácil ser mestre
<i>virtual</i>. Na comunhão virtual não há
espaço para disciplina (Mt. 18; 1Co. 5), obediência e subordinação aos
pastores-guias (Hb. 13.17) e muito menos prestação de contas e compromisso. Os
mestres das igrejas virtuais, por exemplo, não precisam se identificar com um
grupo local, nem ser reconhecidos oficialmente por ele. Basta postar.<i> </i>Na igreja <i>virtual</i> você é quem quer ser. A “igreja virtual” é na verdade a
“Igreja da mãe Joana”. Cabe tudo nela. Além disso, o que você chama de
complicação, chamo de processo necessário. O que você chama de política, chamo
de sabedoria no lidar com os outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Só falta o senhor falar que auditoria é bíblica? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Bem, não queria entrar nesse mérito, mas já que
tocou no assunto, vamos lá! Em 2 Coríntios 8 Tito recebe as ofertas em Corinto,
mas observe, ele vem com recomendação. Nos versos 18-19 Paulo usa a primeira
pessoa do plural para mostrar que ele não tinha sido enviado somente por
Paulo. Paulo faz questão de declarar que Tito era reconhecido pelas igrejas e <i>passou por eleição</i>. Essa eleição tinha
claramente um caráter de <i>auditoria</i>.
Observe os versos 20-21: “</span><i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">evitando, assim, que
alguém nos acuse em face desta generosa dádiva administrada por nós; pois o que
nos preocupa é procedermos honestamente, não só perante o Senhor, como também
diante dos homens</span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">”. Burocrático? Político? Diria prudente; diria
respeitoso; diria comunitário.</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O clima está pesado! Acho melhor pararmos. Disse em
tom conciliador o <i>Senhor Mega Igreja.</i>
Logo que findou sua fala, sem qualquer prelúdio, a chuva chegou forte. Todos se
deslocaram para o único lugar que ainda permanecia parte do telhado. Durante
muito tempo só se ouvia o som das gotas nos bancos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">A chuva lavava o prédio em ruínas
revelando a beleza ainda existente de alguns vitrôs, quadros, parte do piso e
as colunas. A despeito de não ser mais o mesmo o lugar, a antiga edificação
ainda falava muito. O prédio conseguia sintetizar reverência e aconchego; conforto
e respeito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O <i>Senhor Mega Igreja </i>encontrou, no que parecia ser um quadro de avisos,
uma lista de nomes sob o título “excomunhão”. Depois de um tempo para a digestão
das duras e estranhas informações, gritou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Conheço essas pessoas! Elas são da minha igreja. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O <i>Motorista </i>olhando
nos olhos do <i>Senhor Mega Igreja</i> em
tom ameno disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Lembro-me do seu começo. Não havia uma sentença
sequer em todo seu discurso que o verbo “crescer” e seus cognatos não estivessem
presentes e em destaque. Tudo era avaliado pela régua do crescimento. Culto bom
era culto cheio. Nos cultos, bancos vazios chamavam mais a sua atenção do que
as palavras edificantes dos hinos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Motorista</span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> meneou a cabeça enquanto olhava
para cima. Respirou fundo. E em lamento continuou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Conheço pessoas como o senhor de longe. São tão
óbvias. Em obediência ao “deus crescimento” começam a questionar e a evitar a
disciplina bem como o conceito bíblico de membresia. A igreja cresce, mas como
nunca estão satisfeitos, o próximo passo é diluir o discurso e fadigar suas
mentes com estratégias que só revelam a descrença no poder do Evangelho puro e
simples. Tenho certeza de que se fizesse uma tomografia em sua cabeça só
veríamos números.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O <i>Senhor Mega Igreja</i> tentou interromper:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Mas...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Ainda não terminei. E em tom irônico o <i>Motorista</i> continuou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Suas programações bem boladas e o bom serviço
oferecido por sua igreja chamaram a atenção dos muitos consumidores que habituam
transitar entre as igrejas. Foi aí que começou a receber pessoas de outras
igrejas, desrespeitando e ignorando a decisão da <i>Igreja</i> <i>Local</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> <i>Motorista</i> respirou fundo, com olhos
semicerrados e rangendo os dentes e em tom estoico, disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O senhor recebeu pessoas que tinham sido entregues
a Satanás por uma comunidade de santos. Quando fez isso, disse não para a <i>Igreja Local</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Voltando
ao espírito irônico disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Ah, mais duas palavrinhas para o senhor. Primeira:
essas pessoas citadas na lista não são da sua igreja. O senhor confundiu os
nomes. Ora, o que poderíamos esperar do senhor, não é mesmo? Não é muito bom
com nomes. Segunda: nos próximos meses sua igreja terá mais de quinhentos
acentos vazios. É isso mesmo. O senhor será chamado de <i>Senhor</i> <i>Igrejinha. </i>A
explicação para tamanho êxodo é simples: seus “consumidores” encontrarão
melhores serviços para o exercício da religiosidade vazia deles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Quero ir embora! Disse firme <i>Denominacionalismo</i>.<i> </i>Não
tenho razão nenhuma de estar aqui. Toda essa conversa é contraproducente e
cheia de imbecilidades. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Em um tom mais forte o <i>Motorista</i> retrucou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Fique sabendo que tenho uma palavra para o senhor também.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Fique sabendo que não tenho que ouvir o senhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– É verdade, esqueci que o senhor só escuta os
membros da sua denominação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não é bem assim. Mas reconheço minha liberdade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Liberdade? Não é o senhor que vive subscrevendo decisões
que somente a <i>Igreja Local</i> pode
tomar? Quantas vezes o senhor e a senhora <i>Instituição
Paraeclesiástica </i>invadiram a liberdade da <i>Igreja Local</i> tomando decisões que cabiam somente a ela? É estranho
o senhor vir com essa história de “liberdade”, não acha?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Realmente não me conhece. Em nosso grupo apenas
sugerimos, nunca exigimos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Motorista </span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">abriu um sorriso numa gargalhada
condenatória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Sugestão? Sugestão? O senhor é mesmo uma grande
piada. Ai dos que não seguem as suas “SUGESTÕES”. Conheci muitos deles. Aliás,
eles moram em um bairro aqui perto chamado Ostracismo, também conhecido como Leprosário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não me venha dizer que eu disse “não” para a tal da
<i>Igreja Local </i>também!? Desconversou <i>Denominacionalismo </i>com um sorriso
irônico. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não é o senhor quem usa seus distintivos denominacionais
como “fundamento” para se relacionar com os outros? Não é o senhor que só se
junta com quem batiza ou é batizado do seu jeito, toca as mesmas músicas, veste-se
da mesma forma e tem o mesmo nome?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Tudo que faço é visando o meu grupo. As coisas não
podem ser do nosso jeito sempre. Estar em um grupo envolve sacrifício. Sim, é
verdade que meu grupo diz “não” para outras igrejas, mas no que isso afeta a
Igreja de Jesus Cristo ou a mensagem do Evangelho?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Com um sorriso carregado de
sátira, <i>Motorista</i> respondeu:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Que virtuosa a sua preocupação com o Evangelho, com
a catolicidade da Igreja de Jesus Cristo; sem falar no seu espírito sacrificial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Saindo
da sátira, Motorista foi duro e firme:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Quem não te conhece que te compre. Seu discurso
parece ser lindo, mas a inhaca da sua covardia travestida de prudência pode-se
sentir de longe. Os benefícios que o grupo traz a VOCÊ, repito, a VOCÊ... te
cegaram. Hoje, questionar o grupo não faz o menor sentido para VOCÊ – seria
como atirar no próprio pé. Conheci muitos como o senhor na Alemanha nazista.
Comodismo é o nome do deus que você adora; zona do conforto é o nome da sua
filosofia de vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Extremamente
irritado, o senhor <i>Denominacionalismo</i>
deu as costas para o <i>Motorista</i> rumo à
porta de central. Com ironia, o <i>Motorista</i>
continuou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Como sempre se separando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Separação é bíblica. Retrucou ainda rumo à porta
central.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Separar-se de pessoas que pregam o Evangelho
genuíno? O problema é para quem o senhor está dizendo “não”. Está dizendo “não”
para irmãos que fazem parte da Igreja de Cristo. Seu maior problema não é
quando diz “sim” para a comunhão com alguém, mas quando diz “não” à comunhão e à
cooperação com outros. O senhor se separa de quem a Bíblia nos comanda se
ajuntar. Sim, o senhor disse um grande “não” para a <i>Igreja Local</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> A
discussão foi quebrada por um grito:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Lembrei! Bradou o <i>Pastor Incompetência.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Finalmente lembrou! Disse o <i>Motorista.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não lembra <i>Denominacionalismo</i>?
Gritou <i>Pastor Incompetência</i> no que <i>Denominacionalismo</i> parou diante da porta
central. Não lembra que nosso grupo me colocou aqui? Eu fui pastor aqui nesse
lugar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Denominacionalismo</span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> voltou olhar para o interior do
prédio pensativo. <i>Motorista</i> cheio de
ironia gritou na outra extremidade do prédio:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Mais um “não” para a <i>Igreja Local</i> senhor <i>Denominacionalismo</i>?!
O senhor parece não ter jeito mesmo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não! O senhor é que não tem jeito. Como pode me
acusar de dizer não para essa tal de <i>Igreja
Local</i>? Como disse “não” indicando um pastor?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Ora meu caro. O <i>Pastor
Incompetência </i>está no seu grupo pela mesma razão que o senhor – ambos são
filhos da senhora <i>Conveniência</i>.
Acompanhe meu raciocínio: nos últimos dez anos ele mudou de igreja mais de
cinco vezes. Pessoas inconstantes e incompetentes como ele precisam de um grupo
que lhe dê o respaldo que ele mesmo não tem, nem pode ter. Agora, eu te pergunto:
“Por que dar respaldo a um cara que não tem a mínima condição de pastorear?”
Não precisa responder; já sei a resposta: é o grupo, não é? Por onde passa, esse
homem vai ferindo a <i>Igreja Local</i>. O
fato é que em suas indicações, a <i>Igreja
Local</i> nunca foi sequer considerada em seu coração. Todas foram baseadas em puro
corporativismo. “Um favor exige outro” é uma das suas filosofias. A coisa
funciona mais ou mesmo assim: Quem tem o poder de indicar ganha moral com o
indicado, que por sua vez, precisa da indicação por ser incompetente. O senhor,
por sua vez, torna-se cada vez mais influente a cada indicação enquanto
alimenta a incompetência. O fato é que o senhor gerencia uma grande rede de
interesses próprios onde o Evangelho só consegue fazer figuração. O fato é que
em nome do “amor ao grupo” (na verdade amor a si mesmo) você diz “não” para a <i>Igreja Local</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Afinal de contas, quem é o senhor? Qual seu nome? Por
que estamos aqui? Disse <i>Pastor
Incompetência</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– <i>Revelação </i>é
meu nome. Vocês estão aqui para saber que cada um tem participação na morte
dessa igreja local. Desrespeitando suas decisões, ignorando a vida em comunidade,
limitando e ignorando sua liberdade e rejeitando-a como membro do corpo de Cristo,
vocês a mataram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">As palavras de <i>Revelação </i>emudeceram e paralisaram a
todos. Mesmo vendo <i>Revelação </i>tomar o
carro e sair, ninguém reagiu. Já há certa distância, <i>Revelação </i>ouviu alguém gritar:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Mas afinal, por que a cidade acabou?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Revelação </span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">brecou o carro bruscamente, voltou
seu rosto para todos que estavam diante das ruínas e disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– O sal acabou!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Retomando
o caminho pode-se ver em meio à poeira produzida pela arrancada a inscrição
atrás do carro: <i>Eu creio…a Igreja
Católica, a comunhão dos santos…<o:p></o:p></i></span></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-15801384431911271302013-05-28T10:34:00.000-07:002018-01-02T09:59:19.812-08:00O amor seja com hipocrisia <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Na terça feira da última semana do Seu ministério terreno, o Senhor
Jesus proferiu uma de Suas mais duras mensagens contra os líderes religiosos
dos Seus dias. Por sete vezes ele se dirigiu ao Seu público como “hipócritas”. As
sete repetições do vocativo certamente não revelam uma possível falta de
criatividade do mestre de Nazaré; antes, expõe nitidamente Sua profunda
indignação ante ao quadro religioso que se impunha a Ele na festa mais
prestigiada dos judeus – a páscoa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O recurso da repetição torna indesculpável tanto o interprete mais
descuidado como o mais profundo conhecedor do grego do primeiro século. Todos os
que leem Mateus 23 concluirão igualmente: “Não há dúvidas; Jesus odeia a
hipocrisia”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Estou certo de que a grande maioria das pessoas (incluindo os
hipócritas, claro), numa primeira leitura reagiria positivamente à condenação à
hipocrisia. Se Jesus se referiu aos líderes religiosos como hipócritas por <i>sete vezes</i>; hoje, muitos, em muito, tem
superado Suas sete repetições. “Hipócrita” é uma daquelas palavras sofridas e
surradas pelo uso. Nesse mesmo grupo encontramos outras igualmente sofridas
como “amor”, “preconceito”, “opressão”... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Entretanto, entre o uso da Segunda pessoa da Trindade e o feito em
nossos dias há um fosso abissal. Não me refiro somente ao tempo (dois mil anos),
mas à semântica também. O significado mudou. Na boca de Cristo, a condenação era
contra aqueles que tinham uma preocupação demasiada com as aparências. Porém, diferente
do uso atual, a questão não era tanto que elas <i>não revelaram tudo o que pensavam ou eram</i>, mas porque simulavam exatamente
<i>o que não eram</i>. <b>Ou seja, em Jesus, o hipócrita mostra <i>o que não é</i>. Hoje, ser hipócrita é <i>não mostrar o que é</i></b>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Atualmente a acusação de hipocrisia é usada contra toda forma de
moral. “Hipócrita” tem tornado-se sinônimo de “falso moralista”. Por falso
moralista entenda-se qualquer pessoa que, por ser humana e falha (ou seja,
todos), não tem o direito <i>criticar</i>
qualquer ato como errado ou repulsivo exatamente porque seus erros a impedem de
tal crítica. Assim, <b>a acusação moderna
de hipocrisia (ou falso moralismo) passa a ser um “recurso virtuoso” para se
defender de qualquer tipo de condenação moral</b>. A resposta às críticas é
sempre: “quem é você para me julgar seu hipócrita?”. Em outras palavras, na “nova
hipocrisia” não se pode julgar nada. Só se pode julgar o julgamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Vou exemplificar: É comum os defensores das práticas homossexuais
acusarem todos aqueles que se opõem de hipócritas. Há artigos que defendem que
alguns que espancam gays são gays descarregando a raiva contra sua própria
homossexualidade. Bem, eu diria que tais espancadores tão são indignos do
convívio em sociedade quanto <i>qualquer outra
pessoa</i> que usa da violência, com <i>qualquer
ser humano</i> se não para a defesa ou heroísmo. Mas, na lógica de muitos, eles
são hipócritas porque não estão revelando o que realmente são.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O documentário <i>OUTRAGE, </i>por
exemplo, defende que muitos dos opositores aos direitos dos homossexuais são na
verdade homossexuais. A própria terminologia “homofobia” pressupõe isso. A pergunta
aqui é: Alguém com desejos homossexuais não pode condenar o homossexualismo? Alguém
que tem o desejo homossexual o terá sempre? Alguém que tem desejos errados deve
se orgulhar disso? O desejo sexual por crianças impede o autor do desejo de
condenar a pedofilia? Alguém que tem o desejo de adulterar não pode condenar o
adultério? Ora, por que penso em ou desejo uma coisa quer dizer <i>necessariamente</i> que gosto e devo fazer
apologia a ela? Por que fiz algo de errado isso me impede de ver isso como erro?
Que loucura!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Seguindo a lógica da “nova hipocrisia”, muitos adolescentes, de posse
da “ficha corrida” de seus pais, deveriam apontar o dedo em riste acusando seus
progenitores de hipocrisia também. “Quem é o senhor para me julgar?”, “Segundo
consta, o senhor foi expulso da sala no sexto ano”, diz o adolescente. E ainda:
isso faz do cara que roubou um chiclete quando tinha dez anos se calar (não
criticar ou julgar) quando assiste a notícia do assalto ao Banco Central. Ele
imagina a dona do estabelecimento adentrando a sala de sua residência e o
chamando de hipócrita e falso moralista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Imagine o julgamento de um estuprador. O juiz lê a sentença de
condenação e logo em seguida o advogado de defesa o repreende: “Seu hipócrita!
Você nunca desejou a mulher do próximo?! A diferença entre você e este homem é
que ele colocou seus desejos em prática. Hipócrita! Hipócrita! Hipócrita!” O
policial ao lado, por sua vez, interrompe o advogado: “Hipócrita! O que o juiz
está fazendo é o mesmo que o senhor fez com sua esposa expulsando-a de casa porque
ela o traiu. Ela só estava colocando seus desejos em prática, nobre advogado.
Ela não estava sendo hipócrita como o senhor”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Bem, vamos parar por aqui, caso contrário nossa sequencia de acusações
se prolongaria até findarmos com um coral formado por toda humanidade gritando em
uníssono: Hipócrita! Hipócrita! Hipócrita! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Dessa forma, o cristão sempre será considerado um hipócrita, pois muitas
vezes condena o que antes já cometeu. O Salmo 51, por exemplo, nos ensina a
sermos hipócritas. Para quem não lembra, temos a confissão de um adúltero e
assassino. Depois de confessar o pecado a Deus, Davi assegura que ensinará aos
transgressores os caminhos do Senhor. Entre o pecado e o ensino contra o mesmo
pecado, temos o arrependimento – a mudança e o perdão garantido. Ou seja,
aquele que condena já não é o mesmo que pecou. Interessante o que temos nesse
grandioso salmo: o que peca ensina a não pecar. Curioso, pois é comum ouvir:
“Quem é você para me dizer que isso não pode?”, “Sei o que você fez?”. Em
seguida temos a <i>virtuosa acusação</i>:
“Seu hipócrita”. Assim, segundo o conceito atual, Davi não é um homem segundo o
coração de Deus, mas um grande hipócrita.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Chegamos a um ponto interessante de nossa análise. Observe que a
impossibilidade de julgamento gerada pela “nova hipocrisia” está diretamente
relacionada à ausência do perdão genuíno. Arrependimento e perdão são as pedras
de tropeço do Evangelho de Cristo no discurso da “nova hipocrisia”. Segundo as
Escrituras, o perdão e o arrependimento nos autorizam a julgar (não condenar) e/ou
a reconhecer o erro do outro. Numa cultura que rejeita a cruz, não há
autorização para acusações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Tanto em Jesus quanto no uso atual, “hipocrisia” é uma questão de
coração. Quando Jesus acusou os líderes de hipocrisia, Ele estava assegurando
que eles eram <i>externamente</i> o oposto
do que era <i>internamente</i>. O mesmo
acontece quando alguém hoje nos chama de “hipócrita”. Ele está falando partindo
do pressuposto que conhece nosso coração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Bem, creio que podemos, sim, em algum nível, conhecer as intenções dos
corações de outras pessoas. Posso dizer que conheço tão bem algumas das minhas ovelhas
que sei suas reais intenções. O mesmo acontece com meus filhos, minha esposa e alguns
alunos. Por outro lado, podemos ser ignorantes tanto das intenções dos outros
quanto das nossas próprias. E é exatamente quando julgamos as intenções de
forma errada que revelamos nosso próprio <i>coração</i>.
É simples, nem tudo que você deseja e pensa representa exatamente o outro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Vamos ilustrar com pessoas ciumentas. O ciúme pode ter muitas razões. A
incredulidade e idolatria, por exemplo, explicam muitas manifestações de ciúme.
O que o ciumento não percebe é que muitas vezes seu ciúme é uma condenação dos
seus próprios pensamentos. O cônjuge que diz em tom de <i>acusação</i>: “Vi como você tratou fulano(a)” está dizendo que quando
trata uma pessoa <i>da mesma forma</i> tem intenções
pecaminosas. Contudo, o mesmo não <i>necessariamente</i>
é certo sobre o cônjuge acusado. Quando um filho da “nova hipocrisia” aponta o
dedo, muitas vezes é injusto e só está revelando seus próprios desejos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O fato é que os modernos condenadores da hipocrisia são igualmente
hipócritas. Estou certo de que eles não dizem tudo o que pensam. Nenhum deles
suportaria as palavras despidas da “hipocrisia” tão odiada e julgada. Não
suportariam a verdade de suas feiuras encobertas pela toxina botulínica, do
fracasso familiar, do medo da morte, da infelicidade encoberta pelas compras e pelo
entorpecimento do entretenimento. Estou certo de que os atuais condenadores da
hipocrisia tapam a boca no velório de amigos e parentes. Mesmo sabendo que o
morto era o pior dos maridos, ainda encontram palavras como “Nunca deixou
faltar nada em casa”. Que hipocrisia!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Uma das grandes acusações feitas às igrejas é que elas estão cheias de
hipócritas. Bem, em primeiro lugar, sim, é verdade que é possível, para ser
mais exato, é muito provável termos muitos hipócritas nas igrejas. Creio que o
ambiente religioso é bem propício para isso. Por outro lado, se a
acusação está seguindo a “cartilha da moderna hipocrisia”, diria que todos <i>devem</i> ser hipócritas na igreja. Ora, não
devo tratar meus filhos e esposa na igreja como os trato em casa. É lógico. Isso
não é falsidade, é simplesmente reconhecimento de contextos distintos. Será que
quando ensino meu filho de 10 anos a não falar tudo o que pensa de alguém estou
lhe ensinando a hipocrisia? Não seria isso prudência?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Pensei nas palavras do apóstolo Paulo em 1 Coríntios 9.20-22: </span><i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Procedi, para com os judeus, <b>como judeu</b>, a fim de ganhar os judeus;
para os que vivem sob o regime da lei, <b>como
se eu mesmo assim vivesse</b>, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora
não esteja eu debaixo da lei. Aos sem lei, <b>como
se eu mesmo o fosse</b>, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei
de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei. Fiz-me fraco para
com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o
fim de, por todos os modos, salvar alguns</span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">. Enquanto
o mundo diria: “Que grande hipócrita!” Nós dizemos: “Que grande amor pelo
Evangelho”.</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Uma das facetas da “nova hipocrisia” é que ela fomenta a cultura do
cara-de-pau. A expressão “católico não praticante” é bom exemplo disso. Existe
algo mais cara-de-pau? Nada mais não-hipócrita, não é mesmo!? Ora, isso não é o
mesmo que um mecânico que não consegue trocar um pneu se denominar “mecânico”? Um
vereador não eleito denominar-se “vereador”? O dono de uma empresa falida se
denominar “empresário”? Um professor analfabeto…? Um locutor mudo…? <i>ad infinitum</i>. Na “nova hipocrisia” o
cara pode se autodenominar “católico não praticante”, e ainda dizer: “pelo menos
não estou sendo hipócrita”. Que cara-de-pau! Creio que não vai demorar muito para
termos a “versão gospel” da expressão: crente não praticante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">É interessante notar que a cultura das rédeas morais soltas que aponta
o indicador para o hipócrita, aponta os outros três dedos contra a <i>falsidade</i> da autoestima. A boca que
acusa o cristianismo de hipocrisia, por não entender o perdão da cruz, é a mesma
que prega que devemos acreditar em nós mesmos. Nada mais <i>realmente</i> hipócrita do que a mensagem do “eu posso”, “eu vou
conseguir” tão constante nos programas “imbecilizadores” da TV. Não é estranho
que a mesma cultura que não permite que mintamos para os outros sobre <i>quem realmente somos</i> permite e incentiva
a mentira <i>para nós mesmos</i>? O fato é
que a mentira da autoestima não resiste muito tempo diante da verdade da
incapacidade, da feiura, da desigualdade, da tristeza, da violência – a máscara
não resiste. Então, só fica a depressão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Sinceramente, devemos, como cristãos, tomar a acusação de hipocrisia como
um elogio. Se hipócrita é aquele que <i>não</i>
fala <i>tudo</i> o que pensa e que condena o
que pode ou já realizou, certamente sou um grande hipócrita. Diria mais, lutarei
com muita oração para continuar sendo o maior hipócrita de todos, pois o
contrário de hipocrisia é imprudência. As pessoas não <i>precisam</i> nem <i>suportariam</i>
tudo o que se passa pela mente de um pecador, dos quais eu o principal.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Olha só o que o tempo faz!
Antigamente os efeminados eram denominados de “mulherengos”, hoje o significado
é exatamente o contrário. A dinâmica da língua somada ao tempo decorrido me
leva a afirmar: “Ame aos seus irmãos </span><b style="font-family: Gentium; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><i>com</i></b><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%;"> hipocrisia”. Seja prudente em
suas palavras e, depois de analisar seus próprios pecados (sem hipocrisia, ou seja,
arrependido diante de Deus), ajude seu próximo com os dele, os revelando com
amor.</span></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-59544178175758292232013-05-08T18:34:00.003-07:002018-01-02T10:00:03.912-08:00Que país é esse?!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">“Que país é esse!?” é o título de uma das músicas mais
emblemáticas de Renato Russo. </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: 35.4pt;">A expressão tornou-se (ou já era, não sei) um dito sempre acionado pelos
brasileiros diante dos absurdos testemunhados diariamente. Diante do escândalo
do mensalão (execução e julgamento também), por exemplo, é comum ouvir “Que
país é esse?”.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">As palavras que seguem visam responder a pergunta-exclamação e ao
mesmo tempo compactuam do espírito crítico do já falecido roqueiro. Dessa
forma, as palavras abaixo tem, sim, um tom negativo. Trata-se do desabafo de um
descontente. No entanto, não temos somente palavras contraproducentes. Creio
que elas podem ser esclarecedoras também. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Sim, não sou bairrista, nem um patriota provinciano do tipo Policarpo
Quaresma. Vejo essas posturas como extremamente perigosas. Elas justificaram e
fundamentaram muitas atrocidades; além disso, nos cega quanto aos nossos
próprios erros, e às virtudes dos<i> outros</i>.
Isso não implica que não amo meu país; só não o idolatro como diz o hino de
Joaquim Osório. As palavras que seguem podem parecer não amigáveis, mas na
verdade são palavras de dor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Também é importante entender que o texto tem uma mensagem <i>corporativa</i>. Portanto, fala-se de Brasil
de <i>forma geral</i>. Melhor dizendo, o
texto é uma <i>impressão geral</i> do Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Certamente muitas das minhas críticas podem ser aplicadas
perfeitamente a outros países também. Porém, como minha experiência
transcultural é restrita a veículos indiretos (e.g., livros, internet, vídeos) e
não a uma experiência <i>in loco</i>, prefiro
me referi ao Brasil ao invés de me dirigir ao mundo ocidental ou a Europa, por
exemplo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Voltando a pergunta: Que país é esse? Respondo <i>descontente</i>: É um país…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que lê a
história pelos “óculos de Marx” onde sempre os pobres são os coitados e os ricos
os malvados e os opressores. Brasileiro acha que todo pobre é coitado e vítima
do capitalismo. Você deve conhecer muitos pobres que são verdadeiros vagabundos
e muitos anticapitalistas que não estão dispostos a morar na “Cuba do Che”
porque lá não tem peça de reposição para seu <i>Honda Civic</i> nem <i>big mac</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que tenta consertar
o erro histórico da escravidão desmoralizando e criando uma desconfiança com todos
os alunos e profissionais negros por meio da política de cotas. Ora, a justiça
desejada por muitos é impossível de ser realizada. Nem uma máquina do tempo
resolveria a situação. Embora queira ajudar o negro brasileiro, a política de
cotas consegue piorar sua condição. Enquanto a pergunta “qual é a sua cor?” for
decisiva, o país não terá virado a página.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que exige que
tudo que é afro e indígena deve ser amado como “nosso”. Ora, somos um povo
misturado. Fico a pensar se realmente existe UMA “cultura brasileira”. O fato é
que índios matam crianças, tem uma culinária ruim [com exceção da tapioca e da
farinha] e suja [existem bebidas à base de cuspe]. Pensando na “cultura afro”,
vamos ser sinceros, as “letras monossilábicas” do “axé afro” são para mentes
ocas e/ou entorpecidas. Desconfio que muitos negros sentem-se pressionados a
gostarem de tudo que é afro, pois, do contrário, estariam negando sua história
e sua cultura. Pergunto: qual o problema com isso? A escravidão, por exemplo, é
marca da história africana <i>também</i>. Como
<i>todos</i> os brancos, <i>todos</i> os negros devem se envergonhar da
escravidão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Pensando nos índios, muitos dos que lutam pelos direitos deles não
querem abandonar seus <i>ipads</i> e
aparelhos sanitários para viver no mato. É ridículo, e em alguns casos, até
desumano, deixarem os índios em certas condições somente para se ter um “museu
a céu aberto”. Não tenho dúvida de que muitos índios trocariam suas tribos pela
cidade. Alguns não saem, ou porque não conhecem a cidade, ou devido a um estilo
de vida, a convicção (menos mal), ou ainda porque são preguiçosos mesmo. Pense
comigo: se vou morar na Europa e tomo cerveja nos <i>pubs</i> londrinos enquanto discuto a preservação das tartarugas
marinhas e a importância da reciclagem, é porque progredi. Mas, se o índio
deixa sua tribo; é um traidor da sua cultura. Ora, não deveria ser “chique” também
sair do mato? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">que acha</span> que os
índios são inocentes e tem coração puro. Essa é de doer. Alguns veem as tribos
como verdadeiros paraísos. Primeiro, ninguém acredita <i>realmente</i> nisso. Ninguém quer morar com eles. Eu não quero, você
não quer, nem os antropólogos querem
viver em ocas. Segundo, há uma ideia idiota de que a nudez está relacionada com
a inocência. Talvez devido a uma memória bíblica distorcida; não sei. O fato é
que, qualquer analfabeto bíblico sabe que a nudez de Adão e Eva está longe da
dos índios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…onde pessoas
ficam indignadas com as promessas não cumpridas dos políticos, mas acham o
adultério algo suportável e até aconselhável. No Brasil seria muito mais grave para
mim, se fosse um político, não cumprir minhas promessas de campanha (que não
dependem completamente de mim já que vivemos em uma república e acorrentados
numa burocracia absurda) do que não cumprir promessas que dependem inteiramente
de mim (ser fiel no casamento, por exemplo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que é
extremamente burocrático. Além do RG temos o CPF, a RH, Titulo de eleitor,
reservista, cartão do SUS… <i>ad infinitum</i>.
Quem já teve que resolver “pendengas” nos cartórios brasileiros sabe do que
estou falando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que orgulha-se
do carnaval. O país que tem orgulho de ser o maior país católico do mundo é o
país que para no começo do ano para uma orgia com a bênção e promoção do estado
e o perdão antecipado da igreja romana. Fico pensando na quantidade de
ambulâncias disponibilizadas para atender jovens bêbados enquanto mulheres grávidas
são colocadas em segundo plano. Além disso, todos sabem que nenhuma mulher pode
andar com seios à mostra nas ruas. Mas, no carnaval, o estado permite tudo
isso, e com cobertura ao vivo pela TV.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que acha que
todo mundo que foi torturado na ditadura militar é herói. Como bem observa
Leandro Narloch, “[a tortura] deu aos grupos de luta armada um escudo <i>anticríticas</i>” (itálico nosso). Tente
falar bem dos militares; aconselho proteger-se das pedradas. O fato é que a
turma que apanhou era tão violenta quanto (ou até mais) os militares. A
ditadura militar nos livrou da opressão e intolerância tão marcante nos regimes
socialistas e comunistas defendidos por guerrilheiros patrocinados por <i>Stalin</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que iguala
qualquer lampejo de autoridade com opressão. Pais, professores, policiais e
qualquer “não” são vistos com desconfiança. Muitos dos que apanharam na
ditadura acham que tudo é repressivo. Todos tem dificuldade com fardas,
patentes e hierarquia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que iguala
palmada com espancamento. Não há dúvida de que a “lei da palmada” coloca os
pais como reféns dos filhos. Não precisa ser profeta para ver a imundície que
isso vai dar. A invasão do estado é brutal. Além disso, a lei pressupõe uma
inocência nas crianças que não encontramos nem nos contos de fada. Na Suécia, por
exemplo, toda criança é incentivada, diante de uma simples ameaça, a denunciar
os pais. Os efeitos disso nas guardas das crianças de pais separados são
inevitáveis. Como fica o referencial de autoridade? Não fica, morre!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Ainda pensando em criança, no Brasil um cara com 1,80 de altura,
noventa quilos de massa muscular, no final do ensino médio e votante não pode
ser condenado. Pasme, o cara pode matar e quando completar seus 18 anos terá
uma ficha tão limpa quando a de uma criança intrauterina. No Brasil, idade (e não
a gravidade do crime e a consciência do criminoso) é critério absoluto de
julgamento. É menor? Pode fazer. Pode matar. Fica à vontade Joãozinho, você só
tem 15 anos; nem seu rosto nem seu nome vão aparecer. É isso mesmo turma, o
cara pode olhar para a câmera do circuito de segurança, com certeza, e para
tristeza dele, sua imagem não vai aparecer no Jornal Nacional. Ele deve ser
preservado. O endereço do absurdo é Artigo 27 do código penal e Artigo 247 do Estatuto da Criança e do Adolescente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Não faz muito tempo que ouvi um retardado afirmando que o Estatuto da
Criança e do Adolescente me proíbe de chamar o cara de “menor”; ou ele é
criança, ou é adolescente. O pior é a explicação: é “opressivo” chamar o
marmanjo de “menor”. Assim, o cara pode assassinar, mas chamá-lo de menor é
opressivo. Que país é esse?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que acha que é
<i>dever</i> do estado providenciar tudo. Esquece-se
de que quem dá, da comida à saúde; da educação ao gás e impede os pais de
aplicarem <i>home school</i> logo estará
dizendo ao povo no que deve ou não deve crer. “Quem come do meu pirão, prova do
meu cinturão” já diziam os antigos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que permite
que eu “encha a cara”, mate várias pessoas atropeladas e não seja obrigado a me
submeter ao teste do bafômetro porque ninguém pode providenciar prova contra
si. Quem inventou e/ou corroborou tamanho absurdo vê tudo à luz da ditadura
militar (especificamente a tortura). Não tenho dúvidas de que muitas leis foram
criadas enquanto seus autores pensavam no pau de arara.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que crê que
todo crime contra homossexuais é fruto de homofobia. O próprio conceito de
homofobia é ridículo. A ideia é que quem comete violência contra homossexual
não tem sua identidade sexual definida; por isso o violenta. Posso dizer,
então, que todos os idiotas que brigam por seus times não tem bem definido o
time que gostam. É isso mesmo? E quando um homossexual fala mal de um crente é
porque ele não tem sua identidade religiosa definida? É isso mesmo?! Posso
dizer que todo homossexual que comete “evangelicofobia” no fundo quer ser
pastor? Ou, quando critico um político é porque não tenho uma moral definida? Só
um retardado mental aceita isso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que a prática
homossexual é fruto da “liberdade colorida” e que todos são “alegres” (<i>gays</i>). Não precisa viver muito para
saber que muitos são extremamente depressivos. Isso me leva a outra
consideração…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que crer que toda
tristeza do homossexual é causada por preconceito heterossexual. Eles nunca são
fracos; os outros é que são brutos e opressores. Eles nunca são neuróticos, os
outros é que os desprezam <i>exatamente</i>
e <i>somente </i>por serem homossexuais.
Essa questão do preconceito é tão paranoica, que logo estaremos (se já não
estamos) vivendo uma ditadura de neuróticos. <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Logo logo pessoas</span> estrábicas serão
presas porque olharam de forma estranha para um homossexual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que entende
que qualquer discordância intelectual com respeito à homossexualidade é
homofobia. Se eu disser, por exemplo, que a homossexualidade masculina passiva é
prejudicial à saúde, serei considerado um homofóbico. Se eu disser, por
exemplo, que o homossexual só pode ser estuprado por outro homossexual serei
considerado um homofóbico. A lógica me diz que somente um homossexual tem
relação com outro homossexual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que entende
como forma legítima de patriotismo escrachar os americanos. Acordem meus
queridos, estamos longe deles. Eles são os maiores, ponto. Esse discurso
antiamericano é tolo. Não estou aqui dizendo que os EUA não têm defeitos. Já
convivi com muitos americanos para saber que a coisa é bem diferente. Mas, comparo
esses “brasileiros antiamericanos” ao cara que comprou um carro popular em 60
prestações e não consegue conviver com a riqueza do vizinho que tem um <i>camaro</i> comprado à vista. Sempre
existiram superpotências. E somos, no máximo, uma nação candidata a potência.
Só.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que acha que
as conhecidas “celebridades” devem ter algo a dizer sobre tudo. Geralmente são
chamados para a TV para dá opinião sobre aborto, inseminação artificial,
clonagem, moralidade…. No mundo da democracia, do <i>facebook </i>e dos <i>blogs</i>, todo
mundo quer ter uma palavra sobre qualquer assunto. A superficialidade e os
comentários arrepiantes são simplesmente insuportáveis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Uma breve digressão para falar dos teólogos de blog. Observe que a
maioria não identifica sua igreja local. Desconfio de toda instituição e pessoa
que ignora ou não tem compromisso com a igreja local. Conheço alguns que sequer
podem ensinar em suas próprias igrejas por falta de compromisso, mas são <i>celebrados</i> pela turma da grande rede. Os
caras leem três livros de teologia e falam sobre tudo. Conheço, de cara,
teólogos sem compromisso com igreja local: são vazios, sem misericórdia,
taxativos, cheios de ideias mirabolantes, críticos vorazes e não produzem nada
na vida real – na igreja local. Comparo a meninada que se atreve a escrever
sobre teologia sem ter que prestar contas à igreja local como o aluno que chega
atrasado na sala e quer falar – está fora de contexto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…onde filhinhos
de papai, <i>nerds</i> jogadores <i>playstation</i> e torcedores de futebol vestem
a camisa estampada com a face de Che Guevara. Não tenho dúvida que Che Guevara
mataria muitos desses idiotas. O ponto aqui não é quem está certo (é claro que
o Che não está), mas a incoerência gerada pela ignorância. Não tenho dúvida de
que Che Guevara só não matou mais pessoas que Hitler porque não tinha a mesma
capacidade intelectual do austríaco (apesar desse só ler material alemão – era
um patriota provinciano).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que não lê a
Bíblia, mas a considera homofóbica, opressiva e patriarcal. Se todo homossexual
conhecesse um pouco da Bíblia, saberia que o cristianismo não é uma ameaça para
eles. Não porque aprova suas práticas, mas porque preza pela “liberdade
[responsabilidade] da alma”. Não há ameaça em um sistema que nos convida a amar
os nossos inimigos. As feministas de plantão não sabem nada de Bíblia. Aqui vai
o que Deus quer que eu faça pela minha esposa: “</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Maridos, amai vossa mulher,
como também Cristo amou a igreja e <i>a si
mesmo se entregou por ela</i>…” (Ef. 5.25) e “os maridos devem amar a sua
mulher <i>como ao próprio corpo</i>
(Ef. 5:28). Feministas são mulheres mau amadas. Falta homem no mercado,
sim, mas isso é outro assunto.</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que iguala
intelectualidade com ateísmo (como se ateísmo fosse uma conclusão intelectual e
não moral e/ou existencial). Nas palavras de Pondé “Até os golfinhos conseguem
ser ateus, porque o ateísmo é a visão de mundo mais fácil de ter…”. O fato é que os estudos não nos afastam de
Deus, somente revelam que não é uma questão fácil. Ser ateu na verdade é ser
tapado. Raciocine comigo: dizer que algo não existe pressupõe onisciência. Só
posso dizer que não tem baratas no restaurante X depois de longa investigação. Tenho
que conhecer tudo para dizer que algo <i>não
existe</i>. Toda declaração de ateísmo é uma declaração de divindade. Assim, ou
eles são oniscientes ou imbecis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que acredita
que revelar os pecados e os escândalos dos cristãos destruirá o cristianismo. Sinceramente;
é de rir. Deixe-me dizer uma coisa para a turma que está fora da Igreja: Toda
igreja que tem compromisso com as Escrituras está constantemente sendo lembrada
da sua condição de pecado. É costumeiro ter nossos pecados expostos. Paulo,
Pedro, os profetas do AT e o Senhor Jesus nos revelam constantemente quando os
lemos. Todo cristão autêntico está acostumado com críticas e/ou admoestações.
Aliás, posso dizer com segurança que os de fora pegam leve; bem leve. Eles
acham, por exemplo, que adultério é sair com outras mulheres. Sinceramente, eu
posso sobreviver a tal acusação. Isso não me atinge. Mas Cristo nos diz que só
em pensar, cometo adultério. Isso, sim, me atinge. Jesus pega muito mais pesado
que nossos acusadores. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Deixe-me dá outro recado: denominar-nos de “fanáticos” e “loucos”
aumenta nossa alegria. Se a <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">imprensa</span> noticia que um pastor é milionário ou
explora os fiéis, a pergunta que faço é: “Qual é a novidade?” Nós não somente
temos conhecimento disso, como <i>esperamos</i>
por isso. E é a própria Bíblia que gera essa expectativa. Nunca será surpresa
ter um representante do cristianismo envolvido em escândalos. O Supremo Pastor
já nos alertou sobre isso. O fato é que a Igreja nunca acabará.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que acha que
somente os tapados intelectuais são agentes de preconceito e que todo objeto de
preconceito é sempre vítima. Ora, TODO ser humano é preconceituoso (é instinto
de proteção) e muitas das ditas “vítimas” de preconceito são pessoas supersensíveis
que acham que o mundo gira em torno delas e que todas as palavras e olhares são
contra elas. Outras simplesmente não querem pagar o preço de suas escolhas. Sou
cristão e pastor. Já fui barrado em empresas de crédito <i>exatamente</i> por ser pastor. É o preço. Sei que muitos têm
preconceito simplesmente por proteção. Certamente deve haver uma explicação
histórica para tal atitude. O que não posso é colocar na conta dos preconceituosos
todos os meus fracassos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…onde ninguém
pode ser chamado de “rolha de poço” ou “dente de nós todos” (já fui chamado
assim) porque é <i>bullying</i>. Não que
seja a favor de <i>bullying</i>; longe
disso; longe mesmo. Nem que seja a favor de expressões pejorativas e
depreciativas dirigidas a indivíduos. Mas a <i>forma</i>
como alguns abordam o assunto poderá nos levar a ser um país de fracos,
hipersensíveis e “deprimidinhos”. O que é interessante é que os caras que
praticam <i>bullying</i> geralmente são
menores. Ou seja, não podemos nem sequer mostrar o rosto ou nomes dos autores e
depois de 18, caso sejam detidos, terão uma ficha limpa.<span style="color: red;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…onde a palavra
do terapeuta é tão exata quanto à lei da gravidade e a do pastor tem menos peso
que as palavras de uma participante desses <i>realities
shows</i>. Aliás, ser pastor no Brasil é ser ralé. Só aparecemos na mídia para
explicar algum escândalo. E quando pendem a opinião, escolhem os menos
preparados. Fico paralisado como todos podem dá uma opinião: psicólogos,
políticos, escritores, jornalistas, <i>celebrites</i>,
desportistas, carnavalescos, atores, cantores, médicos, músicos, radialistas…Pastores?!
Pastores não. Pastor é ralé. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que pensa que
todo professor universitário é inteligente. É de rir – de morrer de rir. Tem
mais: os alunos do ensino “superior” acham que são superiores <i>mesmo</i>. Pior: os pais se orgulham dos
diplomas dos seus filhos pelo mesmo motivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que acha que
os EUA devem ter uma política de desarmamento mais rígida. Vamos aos fatos. As
cidades onde os “crimes escolares” aconteceram tinham números baixíssimos de
morte por armas de fogo. Aqui no Brasil qualquer “zé mané” com o um revolver
acha que tem superpoderes. Lá não é assim, pois a todos é dado o direito de ter
“superpoderes”. Se o Brasil aplicasse a mesma lógica com que julga a liberdade
bélica americana para si mesmo seria proibido vender enxada. Se a rigidez na
politica de desarmamento fosse a solução, o Brasil não teria crimes. Se pudesse
escolher, preferiria a liberação de armamento americano do que a rigidez
brasileira. É só saber contar. Onde moro, matam um hoje e deixam dois amarrados
para o outro dia. É guerra civil. Nos EUA as mortes por armas são pontuais (porque
são raras), aqui as mortes são pontuais (porque acontecem todos os dias, com
hora marcada).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que coíbe (seria
proíbe?) os professores públicos reprovarem seus alunos por uma questão de
estatística. Deixa-me falar uma coisa sobre educação pública (até o ensino
médio pelo menos): ela não presta. Nenhum professor crê nas estatísticas. Não
estou aqui dizendo que pessoas da educação pública não podem crescer
intelectualmente. Não creio que o <i>status</i>
intelectual é <i>determinado</i> por
questões sociais e nem que as escolas são <i>determinantes</i>
para a intelectualidade de alguém. Aliás, acho que o sofrimento é uma ótima
escola. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Ainda pensando em educação; no Brasil educação é também fruto da onda
da terceirização. Seja nas escolas particulares, seja nas públicas, os pais
entregam seus filhos inteiramente à escola. Ela é o álibi perfeito para o
fracasso dos filhos. Vá para uma reunião de pais e mestres ou simplesmente
pergunte aos diretores das escolas: “quem dá mais trabalho, os alunos ou os
pais?”. Hoje o pai entrega seus filhos ao colégio, à natação, ao reforço...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que vê o
sindicalismo como uma autêntica forma de se buscar o bem-estar dos “oprimidos”.
Boa parte não passa de uma cambada de preguiçosos. Aqui vale lembrar as
palavras do sábio Salomão “</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Como vinagre para os dentes e fumaça para os olhos, assim
é o preguiçoso para aqueles que o mandam” (Pv. 10:26).</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> E ainda: “</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos recusam
trabalhar”. (Pv. 21:25).</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> O fato é que m</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">uita gente tem comido
o “pão da preguiça”.</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que entende
que a universidade é lugar para todos. Ora, nem todos tem a mesma capacidade
intelectual. Você nem sequer precisa saber ler para ter ciência disso. Basta
conhecer duas pessoas. Só. Se hoje as universidades estão cheias não é porque o
brasileiro está mais inteligente, mas é porque o ensino piorou. A prova é que
hoje não basta você dizer que é formado em direito; você tem que dizer que
passou na prova da OAB. E sabemos que são poucos os que passam. O chamado
“sertanejo universitário” revela todo seu nível intelectual com letras
profundas como “tchê tchererê tchê tchê”. Se o <i>universitário</i> está assim, imagina se fosse “sertanejo de creche”.
Não digo “sertanejo do ensino fundamental” porque meu filho de dez anos faria
coisa melhor; além disso, a turma da creche não tem como ficar ofendida em
compará-los com tamanha superficialidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que prega que
o machismo é culpa dos homens como se todos fossem filhos de pais solteiros ou
de chocadeira. Onde estão as mães desses machistas? Caso você ache que sou um
deles, digo que não fui criado pelo meu pai, mas pela minha mãe. Reclame com
ela. Não duvido que algumas feministas diriam que <i>Usain Bolt</i> só é o campeão dos 100 metros rasos por causa da
opressão patriarcal. Deixe-me dizer uma coisa para as mulheres: olhem-se no
espelho. Não somos iguais. Somos diferentes; em virtudes e defeitos. A prova
disso é que ao mesmo tempo em que querem ser tratadas como iguais, querem delegacias
especializadas e gostam de romantismo. Além disso, nunca vi uma mulher se
gloriar de ter um marido “barriga branca”. Se encontrar alguma que se vangloria
disso, pode ter certeza, ela é uma frustrada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que acha
progresso vê suas mulheres como mães solteiras e independentes. Usando as
palavras de Luis Felipe Pondé: “mãe solteira só feliz na novela das oito”. Fui
criado por uma mãe solteira. Não vejo nada de sublime nisso. Sugerir um novo
modelo de família e tratá-lo como normal é tolo. Dois homens com uma mulher,
duas mulheres com um homem, homem com homem, filhos de um pai vivendo com outro;
tudo isso pode ser administrável, mas está longe de ser algo “sonhável”. Só os
ouvintes das repetitivas e entorpecedoras frases da maldita autoajuda (geralmente
vinda da boca de artistas superficiais) creem e sonham com isso. Todo filho de
pais separados sabe, no fundo, que foi desconsiderado e que a separação é uma
declaração aberta de incompetência dos seus pais. Não há honra nisso. E se
algum pai diz o contrário, é mentira. O que um pai ou mãe que se separam tem
que fazer é reconhecer o erro; só.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…onde o mico
leão dourado e a arara azul são mais importantes que as crianças e os
presidiários. Sinceramente não acho que a extinção de alguns animais traria
todos os males que muitos “Nostradamus do meio ambiente” preveem. E todo esse
papo de aquecimento global pode pegar aqui no Ceará. Mas vai dizer isso para um
cara que mora na Groelândia ou na Rússia. Se está mais quente em alguns
lugares, está mais frio em outros. Aquecimento global está longe de ser um
assunto resolvido como muito da mídia coloca. Observe o tratamento dado aos
animais e o dado aos presidiários. Não duvido que muitos presidiários hoje
estariam dispostos a dividir a sela com o leão no zoológico de São Paulo. Talvez
sua única dificuldade seria de dividir o celular com o rei da selva. No Brasil,
às vezes é melhor ser árvore ou macaco do que gente. Ainda pensando na relação
homem/animal, têm sido cada vez mais comum reportagens cujos protagonistas são
animais. Nunca pensei que o atropelamento de um cachorro fosse pauta de jornal.
Será que não morreu nenhum ser humano mais digno que um cachorro nesse mesmo
dia?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que tem como
propaganda para o mundo o traseiro nu de mulheres e ainda sente-se ofendido
quando estrangeiros se aproximam das suas mulheres como prostitutas. Moro em
uma cidade litorânea. Garanto a você que 70 por cento dos turistas estrangeiros
vêm para desfrutar das “belezas naturais” – acho que fui claro. Não conheço e
nunca conheci turista (homem e solteiro) interessado na história e na arquitetura
do Ceará. Podem me chamar que preconceituoso, mas tenho o direito e o dever de
desconfiar de turistas estrangeiros solteiros. Muitos turistas que conheço não
passam de caçadores de tundás.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…onde pode-se
(na verdade, deve-se) gastar mais da metade do salário com bebidas, festas,
orgias, drogas, jogo de futebol, camisas de times; mas, se se doa dez por cento
da sua renda para uma comunidade que acolhe e cuida de sua família, é
fanatismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…que diz que
Deus é brasileiro e enche os estádios <i>no
domingo</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">…onde o
patriotismo é confundido com torcer pela seleção de futebol. Futebol é um
capítulo <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">à parte</span> no Brasil. Pensa comigo, existe coisa mais tola do que um país
se orgulhar de um esporte? Um país deve se orgulhar da paz, da luta pelo
direito de ir e vir, da sua história de conquistas, da educação dos seus
cidadãos, da luta contra a tirania, etc. Acompanha o meu raciocínio: a maioria
dos nossos desportistas de sucesso costuma testemunhar dificuldades (geralmente
pobreza, desestrutura familiar) de suas vidas. Ora, isso não é um testemunho indireto
contra o país? O fato é que nossos atletas são o que são <i>a despeito</i> da falta de estrutura do país. É aqui que está o <i>glamour</i>. Admiramos muitos atletas exatamente
porque superaram a falta de apoio. O que o estado fez para o Neymar ser o que
é? Nada. O Santos, sim, uma instituição privada, apostou as fichas no garoto. Qual
a participação do estado e cultura brasileira no tricampeonato de Airton Senna?
Nenhuma. A explicação do seu sucesso está em sua família (como no caso do
Neymar também).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Acho que é só… eu
Acho…<o:p></o:p></span></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com37tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-11384305607188904652013-04-18T10:43:00.004-07:002018-01-02T14:41:40.308-08:00Paradigmas interpretativos e uma meditação em 1 Coríntios 13.8-13.<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: gentium; font-size: 13pt;">Certamente todas
as colocações feitas em 1 Coríntios 13.8-13 têm implicações para o debate
entre </span><i style="font-family: gentium; font-size: 13pt;">cessacionista</i><span style="font-family: gentium; font-size: 13pt;"> e </span><i style="font-family: gentium; font-size: 13pt;">continuístas</i><span style="font-family: gentium; font-size: 13pt;">. Contudo, não é
meu objetivo entrar nessa peleja – pelo menos </span><i style="font-family: gentium; font-size: 13pt;">diretamente – </i><span style="font-family: gentium; font-size: 13pt;">uma
vez que não se pode fugir completamente dela se nos propormos a interpretar o
texto.</span></div>
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"></span><br />
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">
</span><o:p></o:p>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">As palavras que seguem são
considerações exegéticas que, para mim, ganharam <i>status</i> de
paradigmas ou pressupostos interpretativos. Ou seja, interpretações que ignorem
ou contrariem as colocações abaixo são, <i>a priori</i>, censuráveis. Para
mim, o que se segue abaixo é o “menor irredutível” quando o assunto é a
interpretação de 1 Coríntios 13.8-10. Evidentemente que tais considerações
podem perder tamanho <i>status</i> uma vez que entenda (e você pode
me ajudar nisso) que o próprio texto as recusa.</span><o:p></o:p></div>
</div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Caso tenha dificuldade com a fonte grega,
</span><b style="font-family: Gentium; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><i><a href="http://pt.ffonts.net/Bwgrkl.font.download" target="_blank">cliqueaqui</a> </i></b><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%;">para baixar.</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> </span><br />
<br /></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt;">1.</span><span style="font-size: 7.0pt;"> </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">A verdade central e desenvolvida a
partir do verso 8 é: “o amor não falha” (NIV, ARC), “perece” (NVI) ou “acaba”
(ARA) (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">pi,ptw</span><span style="font-size: 13.0pt;"> [</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">ou</span><span style="font-size: 13.0pt;"> </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">evkpi,ptw </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">segundo o TMaj])</span><span style="font-size: 13.0pt;">. </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">Diferente dos dons, ele não pode ser “abolido” (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">katarge,w</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">)</span><span style="font-size: 13.0pt;"> </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">ou
“parado” (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">pa,uw</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">)</span><span style="font-size: 13.0pt;">. </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">Ele
“permanece” (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">me,nw</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"> – v. 13). Tudo que é dito a
seguir tem como objetivo a ratificação dessa verdade: <i>o amor não tem
fim</i>. No arremate da argumentação temos “permanece” em contraste com “jamais
falha (acaba)”. A grandeza do amor (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">u`perbolh.n o`do.n </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">cf. 12.31) está exatamente em <i>permanecer</i> mesmo
com o advento do “perfeito” (perfeição). O que não acontece com a fé, com a
esperança e com qualquer dom (cf. Rm. 8.24).</span><o:p></o:p></div>
</div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">2.</span><span style="font-size: 7.0pt;"> </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">A comparação/contraste é feita entre o amor e os dons
(manifestações do Espírito) e não somente entre <i>alguns</i> dons
(ou o conhecimento dado por eles) e o amor. A expressão comparativa “caminho
sobremodo excelente” (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">u`perbolh.n
o`do.n</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">) em 12.31 é
para com os dons. Assim, a presença de línguas, profecias e conhecimento é
simplesmente <i>exemplificadora</i> e não <i>exclusivista-limitadora</i>.
Deste modo, o que Paulo fala sobre línguas, profecias e conhecimento deve ser
aplicado a <i>todos</i> os dons (e manifestações) citados
anteriormente.</span><o:p></o:p></div>
</div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">3.</span><span style="font-size: 7.0pt;"> </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">A natureza da comparação/contraste é <i>temporal</i>.
A relação entre os elementos dêiticos “<i>quando</i>…<i>então</i>”</span><span style="font-size: 13.0pt;"> (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">o[tan</span><span style="font-size: 13.0pt;">…</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">to,te</span><span style="font-size: 13.0pt;"> </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">v.10,
v.11 [2vezes]), “agora…então”</span><span style="font-size: 13.0pt;"> (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">a;rti</span><span style="font-size: 13.0pt;">…</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">to,te</span><span style="font-size: 13.0pt;"> </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">v.12 [2 vezes],</span><span style="font-size: 13.0pt;"> </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">nuni,</span><span style="font-size: 13.0pt;">, </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">v.13)
e a força lexical de “permanece” (v.13) em contraponto a “abolido” </span><span style="font-size: 13.0pt;">(</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">katarge,w</span><span style="font-size: 13.0pt;">) </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">ou “parado” </span><span style="font-size: 13.0pt;">(</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">pa,uw</span><span style="font-size: 13.0pt;">) </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">reforçam essa ideia e nos levam a
concluir que as traduções da ARA (“O amor <i>nunca acaba</i>”) ou da NVI
(“o amor nunca perece”) representam bem a intenção autoral. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">O “perfeito” (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">tele,ioj</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">), portanto, não tem nuança
de <i>maturidade</i>. </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">A presença de um contraste entre
infância e vida adulta não implica necessariamente <i>maturidade</i> ou
continuidade. O contexto é claramente escatológico. São <i>dois tempos</i>.
A vinda de um tempo (vida adulta) <i>elimina</i> as coisas de outro tempo (infância).
É a <i>diferença</i> de “dois tempos”. Dois modos de existência, não
<i>crescimento </i>entre os tempos. Não há <i>progresso</i> ou <i>continuidade</i> entre
espelho e face a face, entre infância e fase adulta e entre </span>“<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">em parte</span>”<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;"> e perfeição. É claro que há
continuidade entre a fase infantil e a fase adulta. É claro que há continuidade
e progresso de conhecimento entre o que se vê no espelho e o que se vê diretamente,
pois o objeto de conhecimento é o mesmo, mas o ponto de Paulo é <i>o
que </i><b><i>não</i></b><i> continua</i> (descontinuidade) entre os
dois tempos; entre o agora e o futuro. No futuro teremos perfeição; hoje não.
No futuro ainda teremos o amor; os dons não. O mesmo acontece com a
parábola do Senhor Jesus onde o reino é comparado a uma semente e uma árvore. A
ilustração não exige <i>crescimento</i>, mas <i>dois estágios</i> no
Reino de Deus. Novamente podemos dizer: é claro que entre a semente e a árvore
há crescimento e progresso, mas esse não é o ponto da argumentação. Assim, a
ideia de “parte e todo” da expressão </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13pt;">evk me,rouj</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;"> não exige <i>continuidade</i>. Não saberei o que é a parte
pelo todo ou o contrário. O “todo”<span class="apple-converted-space"> </span><i>elimina</i><span class="apple-converted-space"> </span>“a parte”. A ênfase está na <i>descontinuidade</i>.
Assim, a relação da expressão “em parte” (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13pt;">evk me,rouj</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">) com o “perfeito”(</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13pt;">tele,ioj</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">) é
de “parte e todo”, porém em<span class="apple-converted-space"> </span><i>descontinuidade</i>.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">Se o “perfeito” fosse somente
uma <i>ampliação</i> ou <i>completude</i> e/ou <i>maturidade</i> do
dom, a declaração comparativa-contrastante com “o amor não se acaba” não faria
o menor sentido, pois teríamos a seguinte argumentação: o amor “jamais acaba”,
os dons também não acabam, eles serão <i>complementados</i> e/ou <i>aperfeiçoados</i>.
A pergunta que não quer calar é: então em que sentido o amor jamais acaba ou
perece em contraste com os dons? Em que sentido o amor é o caminho <i>sobremodo</i> excelente?
Quando o “em parte” chega à perfeição, só fica o amor e não o amadurecimento
dos dons (o que pressuporia ainda a sua permanecia). O fato é que os dons não
permanecem com a vinda da perfeição.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">4. A relação entre </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">evk me,rouj</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"> e os dons é <i>explicativa</i> (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">ga,r</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">). Os dons <i>irão acabar </i>(</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">katarge,w</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">) <i>porque</i> eles se dão </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">evk me,rouj</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">. Reconhece-se
que a expressão “em parte”, em si, não tem denotação <i>temporal</i>,
mas <i>partitiva</i>. Contudo, a estrutura
maior da argumentação dá a ela uma conotação <i>temporal</i>.</span><span style="font-size: 7.0pt;"> </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">Os dons são </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">evk me,rouj</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"> porque pertence a esse tempo –
o <i>agora</i> (cf. v.12 - </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">a;rti</span><span style="font-size: 13.0pt;">…</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">to,te</span><span style="font-size: 13.0pt;"> </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">[2
vezes]). É “em parte” porque não “permanece”. Nosso “agora” é “em parte” porque
não chegamos ainda à “perfeição”. A expressão é uma referência ao
“agora” (cf. v.12 - </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">a;rti</span><span style="font-size: 13.0pt;">…</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">to,te</span><span style="font-size: 13.0pt;"> </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">[2
vezes]). A natureza “em parte” marca o nosso </span>“<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">agora</span>”<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">. O “perfeito” não <i>completará</i> o
“agora” (numa relação de continuidade), mas o fará “desaparecer” (cf. v.10).
A <i>chegada</i> ou <i>vinda</i> (elemento temporal) do
“perfeito” ou da fase adulta (v.11) faz com que o “em parte” <i>desapareça</i> e
com ele <i>os dons, </i>o espelho, a infância<i> </i>e tudo que
é <i>temporal</i> – ficando somente o amor. </span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"><br /></span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-MUb2fOW1LX8/UXPqG-dqyVI/AAAAAAAAAm0/ttBCX9J2tVo/s1600/Tabela_1Cor%25C3%25ADntios13.8-10.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="136" src="https://3.bp.blogspot.com/-MUb2fOW1LX8/UXPqG-dqyVI/AAAAAAAAAm0/ttBCX9J2tVo/s400/Tabela_1Cor%25C3%25ADntios13.8-10.png" width="400" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"><br /></span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 17px;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">5.</span><span style="font-size: 7pt;"> </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">Quando se diz (e eu dizia isso) que
o “perfeito” é a “maturidade revelacional” (apontando para o cânon), além de
ignorar o contexto escatológico (cf. ponto 3 e 4 – contraste temporal); tal
perspectiva iguala <i>revelação</i> com <i>inspiração</i>. Ora,
o campo da revelação é muito maior que o da inspiração. Paulo (cf. 2Co. 12.4),
João (cf. Ap. 10.4), os profetas de Corinto (1Co. 11-14), as filhas de Felipe
(21.9) receberam <i>revelações</i> que não foram registradas
(inspiração) para a comunidade do povo de Deus <i>de todos os tempos e
lugares</i>. Toda revelação deveria ser julgada pela revelação inspirada –
escrita (Dt. 13.1-2). Nem toda revelação tem autoridade sobre todas as pessoas
de todos os tempos. Somente a mensagem inspirada e preservada em forma escrita
tem essa autoridade.</span></span></div>
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">
<o:p></o:p></span><o:p></o:p></div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">6.</span><span style="font-size: 7.0pt;"> </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">A vinda do </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">tele,ioj</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"> “perfeito” (ou “perfeição”) revela a <i>temporalidade,</i> e
por conseguinte, as <i>limitações</i> dos dons. Eles não duram para
sempre. Portanto, o </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">tele,ioj</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"> ainda não veio, pois dessa
forma não teríamos agora (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">nuni,</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">) fé e
esperança (v.13). Eles permanecem porque o “perfeito” ainda não veio. Quando
este vier, somente o amor permanecerá – ai está sua grandeza.</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"><br /></span></div>
</div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<u2:p></u2:p><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">Findarei com uma meditação.
Geralmente quando o assunto é 1 Coríntios 13, o amor fica de lado em favor da
identidade do “perfeito” e da temporalidade (ou não) dos dons. Considerando a
tese maior de Paulo (<i>a natureza eterna do amor</i>), um dos primeiros
pensamentos que me veio à mente foram as palavras do ateu Jean-Paul Sartre:
“nenhum ponto finito faz qualquer sentido, se não tiver um ponto de referência
infinito”.</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"><br /></span></div>
</div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<u2:p></u2:p><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">É exatamente isso que Paulo está
nos assegurando nos primeiros três versos do capítulo 13. Ou seja, o amor (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13.0pt;">avga,ph</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">), que é eterno, é o que dá
sentido a tudo. Pensei em Adão e na essência da lei – amor a Deus e ao próximo.
Seguramente essa mesma Lei já estava lá tanto na consciência de Adão como na
ordem de Deus – não comerás, porque morrerás. Comer do fruto era desobedecer a
Deus (portanto, não amá-lo) e não pensar no próximo (Eva e descendência), pois
traria morte para eles.</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;"><br /></span></div>
</div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<u2:p></u2:p><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt;">Lá estava o primeiro homem em um lugar
perfeito e com uma mulher perfeita. Contudo, não <i>amando</i> sua
esposa (e descendentes também) e muito menos a Deus, pecou. Poderíamos dizer:
“Adão, oh velho Adão, não vês que é o amor que dá sentido ao paraíso, à sua
relação com sua esposa e tudo mais? Ele, o amor, é eterno, as demais coisas são
relativas. Adão, velho homem, não substitua o eterno pelo passageiro; antes,
tome o passageiro à luz do eterno. Oh Adão, se não tiver amor, nada
aproveitará, nem mesmo o paraíso; se não tiver amor, nada será”. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;"><br /></span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<u2:p></u2:p><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt;">É o eterno que dá
sentido ao passageiro. O amor jamais acaba!</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-89165663429834411942012-12-14T12:14:00.002-08:002018-01-02T14:44:35.419-08:00O julgamento da senhora "liberdade de consciência".<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Todos se levantaram em
sinal de reverência quando o juiz adentrou o recinto. </span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Apesar de cheio, o silêncio imperava em todo o tribunal. A tensão</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 17px; line-height: 19px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"> estava estampada nos rostos e poderia ser percebida até mesmo na respiração dos partícipes</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Todo aquele nervosismo tinha uma explicação: o julgamento era o estágio final de incontáveis batalhas - todas improdutivas
e penosas.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O advogado de acusação se ergueu,
dirigiu um olhar intimidador para a senhora <i>Liberdade
de Consciência</i> e voltando-se para o juiz disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Meritíssimo, a história dessa senhora é longa e prolixa.
Todos aqui, de alguma maneira, e em algum nível, já experimentaram o poder
devastador dessa mulher. Todavia, tentarei ser breve.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Ergueu o queixo num olhar elevado,
respirou fundo para trazer mais peso e suspense à fala que se seguiu:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Há séculos essa figura tem causado problemas para
um convívio equilibrado e controlado em todas as nossas igrejas. Quando
discutimos, geralmente alguém a cita para justificar práticas dissonantes.
Aqueles que bebem, por exemplo, dizem que, depois que a conheceram, foram
liberados para tal prática dissoluta. Alguns seguimentos do cristianismo
reconheceram tanto sua importância que, pasmem, para nossa completa indignação
e repúdio, ela foi tema em confissões de fé.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Nova
pausa dramática. A despeito dos seus 1,50m, <i>José
Severo </i>olhava para todos de cima para baixo. Seu olhar corria por cima de
todas as pessoas. Continuou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Caso o senhor não saiba, ela é a progenitora do
conhecido <i>Subjetivismo</i>. Logo chegará
a hora de também julgá-lo. Ah, certamente chegará! Contudo, acreditamos que com
a condenação de sua mãe, ele não voltará a atacar nosso reduto. Vou ser direto:
Acreditamos que somente com a morte dessa, dessa... dessa... e gritou: – Dessa depravada! Somente com a morte dela, teremos
uma igreja uniforme; onde não há espaço para diferenças; onde todos tem o
mesmo gosto, onde todos seguem a mesma cartilha, onde cada detalhe é levado a
sério, ou seja, onde todos são cópias idênticas. Ora, todos sabem que essa
senhora faz da <i>Ekklesia</i> de Cristo uma
grande confusão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Nova
pausa. Silêncio... Caminhada a passos lentos. Com o olhar voltado para o chão e
em tom suave e pausado disse: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Hoje eu sou o representante do equilíbrio, da
prudência e da paz. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Olhando para o juiz apelou: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Meritíssimo, como representante do grande <i>Partido dos</i> <i>Coadores de Mosquito</i> queremos a morte da senhora <i>Liberdade de Consciência</i>. Ela é uma ameaça
a todos os ideais de nossas igrejas. Com ela, tudo aquilo que consideramos
padrão simplesmente não subsiste. Aqui findo minha fala.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O advogado de defesa levantou-se
lentamente. O silêncio era tal que se podia escutar o palmilhar de sua caminhada
em direção ao juiz. Em tom ameno iniciou sua fala:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Meritíssimo quero começar com um esclarecimento. A filha
da senhora <i>Liberdade de Consciência</i> não
tem causado nenhum problema à <i>Ekklesia</i>
de Cristo. Ela é confundida com o filho; digo, filho, não filha, da senhora <i>Graça Barata</i>, o <i>Subjetivismo</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Ora, respeite-nos! – interrompeu bruscamente advogado
de acusação, </span>–<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Não me venha encher com seus detalhes
irrelevantes e mentirosos. Aqui está a fotografia de <i>Subjetividade</i> e <i>Subjetivismo</i>,
são ou não são as mesmas pessoas meritíssimo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> O
juiz tomou as duas fotos, ergueu a sobrancelha direita, pressionou um lábio
contra o outro e disse em tom estoico:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Não há dúvidas. São as mesmas pessoas. Observe nobre
advogado que a roupa tem a mesma cor. Aliás, que cor é essa mesmo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Cinza meritíssimo; cinza – respondeu. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O assistente do advogado de defesa
sussurrou por trás:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Ele só conhece dois tons de cor: preto e o branco. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> <i>Rupertus</i>, o advogado de defesa, retomou a palavra:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Meritíssimo está claro que em uma imagem temos uma
mulher e em outra um homem. Um tem cabelo grande e o outro curto. O que posso mais
dizer para convencê-los de que não são as mesmas pessoas?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">A cor da roupa é a mesma! – interrompeu o juiz deixando
claro que não aceitaria refutações. E ordenou: </span>– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Prossiga!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Rupertus</span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> continuou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Quanto à senhora <i>Liberdade
de Consciência</i>, trata-se da filha de Romanos 14 -15 com 1 Coríntios 8-10.
Seus pais a conceberam e a criaram para ser uma grande aliada da <i>Ekklesia</i> de Jesus. Diferente de Israel,
a <i>Ekklesia</i> é um povo multicultural
onde a variedade de referentes e valores é assombrosa. Ela é simplesmente essencial
ao grande povo de Deus. Sem ela não temos paz. Quero lembrar a todos que ela
não trabalha só. Ela é membro da equipe <i>Unidade
Bíblica</i>. Além dela temos sua irmã <i>Problema
de Consciência, </i>a <i>Palavra</i> e o
líder do grupo, o <i>Amor</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Enquanto discursava <i>Rupertus </i>percebeu que o juiz olhava para
o nada em sinal de desprezo. Porém, continuou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
–<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> O trabalho deles é essencial para unidade do povo de
Deus. A coisa funciona da seguinte maneira: Em primeiro lugar, é importante
entender que <i>Problema de Consciência </i>tem
jurisdição individual. Depois, é importante lembrar que ela só conhece uma palavra,
“não”. Quando as pessoas entram em contato com o cristianismo, ela geralmente se
sobressai. É normal. É ai que entra em cena a <i>Palavra</i>. Ela leva os cristãos fracos e infantis à <i>Liberdade de Consciência</i> e sua
subsequente paz<i>.</i> Nesse processo as
pessoas passam de um estado de fraqueza ou falta de firmeza para uma condição
de força e convicção. O leite forte da <i>Palavra</i>
dá força para a caminhada. Diferente de <i>Problema
de Consciência</i>, <i>Liberdade de
Consciência </i>tem um discurso maior. Toda sua fala é ancorada na <i>Palavra</i>. Além disso, ela tem o poder de
dizer “sim”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
–<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> E o <i>Amor</i>?
Perguntou o juiz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
–<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Ah, o <i>Amor</i>!
Poderia passar a vida inteira falando dele. Afinal, ele é eterno. Mas pensando
especialmente na peregrinação, partindo da fraqueza até chegar à convicção, o <i>Amor </i>impede a chegada de uma doença
grave que assola todos que escutam <i>Palavra</i>
constantemente – a soberba. Esse vírus assola muitos no caminho rumo à firmeza.
Muitos chegam à firmeza completamente infectados. Com doses de humilde, <i>Amor </i>garante imunidade dos ataques de
soberba e, por conseguinte, garante a unidade. Sem <i>Amor</i>, os irmãos fracos seriam desprezados pelos fortes e os fortes
julgados pelos fracos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
–<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Conheço o <i>Amor</i>,
gente boa, bom amigo! – disse <i>José Severo</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
–<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Se o senhor está se referindo ao seu parceiro, – interrompeu
<i>Rupertus</i>, – Quero informá-lo que não são
as mesmas pessoas. Refiro-me ao <i>Amor</i>,
não ao <i>Amor Próprio</i>. Acho que são
seus óculos. O senhor e todos que compartilham de suas convicções estão sempre
confundindo pessoas. Há pouco tempo, um dos seus amigos confundiu o senhor <i>Prudência </i>com o senhor <i>Covardia</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Voltou-se
para <i>Liberdade de Consciência:<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
–<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Minha cliente tem sido acusada injustamente. Todo
seu trabalho é realizado em equipe. Julgá-la sozinha é uma grande injustiça. O
problema é que nem todos os que têm a convicção que ela oferece se alimentam do
leite dado pela <i>Palavra</i> – que é sua
parceira. Esses, por sua vez, têm suas convicções vindas de <i>Problema de Consciência.</i> Ora, <i>Problema de Consciência </i>nunca teve o propósito
de gerar convicção – isso é injusto. Só <i>Palavra,
</i>com seu leite poderoso, é que têm essa força. Só o leite de <i>Palavra </i>pode levar as pessoas à carne. Ora,
convicção gerada por <i>Problema de
Consciência, </i>sem <i>Palavra</i> e sem <i>Amor</i> é…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
–<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> O senhor me considera um fraco ou um forte nobre
oponente? – <i>José Severo</i> interrompeu
novamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Acho que o senhor e o todo <i>Partido</i> <i>dos</i> <i>Coadores de Mosquito </i>estão em outra
categoria. Penso que se consideram fortes, mas também não são fracos. Voltando
para o Juiz disse: </span>– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Meritíssimo, para esclarecer essa
questão chamo o grande teólogo de Genebra, o pastor João Calvino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> O
juiz bocejou e assentiu ao mesmo tempo. A figura frágil, lânguida e encurvada que
entrou no recinto despertou olhares descrentes. “Esse homem magro e destituído
de toda beleza traria alguma colaboração para toda essa discussão?”, pensavam.
Sua imagem não revelava quem realmente era – um homem com memória privilegiada, conhecimento vasto da cultura, um profundo conhecedor da <i>Palavra, </i>escritor e pastor. Muitos o
viram como doente – no que estavam certos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
–<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Reverendo João Calvino, até aonde sei, o senhor
entende que nessa questão envolvendo a senhora <i>Liberdade de Consciência</i>, não existem somente fracos e fortes. Se
há um terceiro elemento como o senhor propõe (e creio); quem seria?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Com
uma das mãos Calvino abraçou e acariciou seu longo cavanhaque. Tirou seu capuz
e disse com voz forte:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Antes de qualquer coisa, alguns esclarecimentos
precisam ser feitos. Primeiro, trata-se de um assunto de grande importância. Sem
o entendimento correto dessa temática não haverá repouso ou segurança para
nossa consciência e não terão fim nossas superstições. Segundo, antes de ser
filha de Romanos 14-15 com 1 Coríntios 8-10, senhora <i>Liberdade de Consciência</i> é filha da <i>Cruz</i>. É com essa senhora que temos paz com Deus e com os homens. Terceiro,
não podemos esquecer que estamos lidando com questões indiferentes – adiáforas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Vinho não é uma questão indiferente! – gritou <i>José Severo</i>. Enquanto apontava e meneava
o polegar em direção à boca, em tom de deboche disse: </span>– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Até onde sei o senhor é um consumidor de vinho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Em nenhum lugar a Escritura proíbe ao homem rir ou
fartar-se ou adquirir novas propriedades ou deleitar-se com instrumentos
musicais ou beber vinho. Agora queria continuar minha exposição. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Visivelmente irritado voltou-se
para o povo: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Existem dois tipos de escândalos: os causados e os
supostos. Sem essa distinção não poderemos ter vida tranquila com a senhora <i>Liberdade de Consciência.</i> Coisas
necessárias, por exemplo, devem ser realizadas sem medo de causar escândalo.
Agora, se alguém, por leviandade, intemperança ou temeridade indiscreta, em
tempo ou lugar inoportuno faz alguma coisa que escandalize um fraco, sim,
podemos dizer que esse escândalo foi causado. Por outro lado, existem pessoas
que por malícia e rigor deplorável estão sempre caçando o que morder e
censurar. Esses não são vítimas de escândalo. Eles supõem o escândalo, mas na
realidade não foram causados. São fariseus, não fracos. Essa última frase foi
proferida enquanto olhava para <i>José
Severo</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Fale-nos um pouco sobre a senhora <i>Liberdade de Consciência </i></span>– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%;">pediu </span><i style="font-family: Gentium; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Rupertus.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Alguns não sabem lidar com ela. Isso é um fato. Uns
acham que devem exibi-la o tempo todo. Nossa amizade com ela é necessária, mas
deve ser administrada com o cuidado suficiente para não desprezar os fracos.
Muitos, depois que a conhecem, causam tumultos em seu nome. Contudo, quando ouvimos
seu líder, <i>Amor,</i> aprendemos a
descosturar sem romper com violência.<i> </i>Ora,
ela nos liberta não somente para fazer, mas também para abster-se. A lógica é
simples: coisas indiferentes devem ser consideradas indiferentemente. Voltemos
para o terceiro elemento – o fariseu. Quanto a ele, <i>Amor</i> é claro: Devemos atentar para a ignorância dos nossos irmãos e
não para o rigor farisaico dos <i>Coadores
de Mosquito</i>.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Então, até aonde entendi, nobre pastor, as acusações feitas
à minha cliente são fruto de convicções não geradas pelo leite e a carne da <i>Palavra</i> e sem a presença de <i>Amor</i>. Até aonde sei, os dois já foram
condenados por esse mesmo tribunal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Devemos evitar <i>Liberdade
de Consciência </i>porque ela choca as pessoas, escandaliza as pessoas. Isso é desprezar
o <i>Amor – José Severo </i>interrompeu
rudemente.<i><o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Calvino,
que tinha propensão natural para irritabilidade, retrucou firmemente:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Na verdade, manter pessoas, sem convicção gerada por <i>Palavra</i>, só mostra o quanto desprezam o <i>Amor. </i>O senhor age como forte querendo
preservar o fraco, mas sua convicção não vem da <i>Palavra</i>. Fraco, porém, o senhor e toda sua corja não são. Nessa questão
envolvendo essa nobre senhora, obedecemos ao <i>Amor</i> de duas maneiras. Ou você, como forte, cuida do fraco o
acolhendo e dando o leite da <i>Palavra </i>ou
você, como fraco, não julga o outro enquanto não tiver a força que o leite de
dá. Olhe para você! Olhe para sua alma! Não vê que não pode alimentar ninguém? Seu
alimento não pode dá força aos outros; você não consegue nem alimentar a si
próprio. O leite que o senhor bebe é de <i>Problema
de Consciência</i>. Ele tem sua função por um tempo, porém quando dado aos
outros ou quando passa sua validade, é aguado. Aliás, não somente é aguado, é
tóxico. Em suma, o senhor é o que chamo de fariseu. Respondendo a pergunta de <i>Rupertus</i>; nessa matéria existem três tipos
de pessoas: os fracos, os fortes e os fariseus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Mas… – <i>José
Severo </i> quis interromper, porém sem
sucesso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Ainda não terminei. Olhando no fundo dos olhos de <i>José Severo </i>foi enfático: </span>– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Alguns, como o senhor, fingem seguir o exemplo de Paulo abstendo-se da
amizade com a senhora <i>Liberdade de
Consciência</i>, não porém no interesse de seu líder <i>Amor</i>, mas, visando sossego e tranquilidade, gostariam de matar essa
nobre senhora. Contudo, a verdade é que a senhora <i>Liberdade de Consciência</i> é mais lícita e necessária, digo,
necessária, para a edificação dos nossos semelhantes do que restringi-la para o
bem deles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Gritou um homem no meio do povo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Amém! Minha consciência está cativa à <i>Palavra</i>! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Rupertus </span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">olhou para seu assistente para
tentar entender o que estava acontecendo ou quem tinha proferido aquelas
palavras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Foi Lutero – sussurrou o assistente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Já desconfiava. Retomando o tom aberto de sua fala, <i>Rupertus</i> disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Obrigado senhor Calvino, o senhor ajudou muito. Excelência,
queria chamar o senhor <i>Escândalo</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O pequeno e quase invisível homem
entrou rápido e logo estava diante de <i>Rupertus,
</i>que o interrogou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O senhor é constantemente acusado pelo <i>Partido</i> dos <i>Coadores de Mosquito</i> de atacar seus membros com a ajuda dessa
senhora. Isso é verdade senhor <i>Escândalo</i>?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não. O problema com esse grupo é que estão sempre
confundindo as pessoas. Eles confundem <i>Subjetividade
</i>com <i>Subjetivismo</i>; <i>Legalismo </i>com <i>Espiritualidade</i>. Sou mais uma vítima dessa confusão tão comum entre
eles. Eles constantemente me confundem com meu irmão, o <i>Desagrado. </i>Sempre que as pessoas são vítimas dele; levo a culpa<i>.</i> O problema com essa troca de
identidade é que minha fama de derrubar pessoas da fé está se perdendo. Se é para
ser culpado de alguma coisa, que seja da queda de um cristão sem convicção, não
de um desconforto fruto do egoísmo e do rigor farisaico. Quando Jesus e Paulo
falaram de mim, minha fama correu o mundo. Fiquei conhecido como aquele que destrói
a fé das pessoas fracas, que espanca consciências frágeis e atrapalha a
divulgação do Evangelho. Hoje, quando as coisas não estão do <i>jeitinho</i> que as pessoas esperam, elas
dizem que foram atacadas por mim. Tudo isso começou com esses caras que o
pastor João Calvino corretamente denominou de fariseus. Para dar peso às suas
acusações, me culparam. Quando me culpam aparentemente estão seguindo as
palavras do apóstolo Paulo que corretamente alertou do perigo que sou para a <i>Ekklesia </i>de Cristo. Assim, quando eles
julgam alguém que foi alimentado pela <i>Palavra</i>
e está convicto, dizem que foram atacados por mim. Não sou amador. Fui feito
para derrubar. É isso que faço. Podem me condenar por atrapalhar o Evangelho,
mas não quero ser responsabilizado pelo julgamento desses caras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Que tipo de pessoa o senhor derruba ou atrapalha?
Perguntou <i>Rupertus</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Fracos e descrentes. Fariseus não são derrubados por
mim, eles tropeçam em mim – o que é bem diferente. Lembrem-se de Jesus. Ele
viveu em companhia de uma corja de pecadores e ofereceu seu amor às mulheres de
má fama, contudo ele nunca me permitiu atacar ninguém em todo seu ministério. As
pessoas é que tropeçavam em mim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Tenho uma curiosidade. O senhor já fez algum pastor
tropeçar?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Sim! Mas isso é raro. Pelo menos deveria ser. Não
podemos esquecer que pastores não podem ser fracos. Raramente os ataco. Eles,
sim, é que me atacam. Em sua grande maioria são fariseus. É simples de entender.
Muitos pastores não são amigos de <i>Palavra.
</i>Como são figuras que devem passar firmeza, devem buscá-la em algum lugar. Muitos
têm buscado na dupla <i>Tradição dos Homens </i>e
<i>Firmeza sem Fundamento</i>. Agora, imaginem
só que mistura explosiva: firmeza sem <i>Palavra.
</i>O pior é que no <i>Partido dos</i> <i>Coadores de Mosquito </i>essa condição não
somente é real, ela já cristalizou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Não tenho mais nada a dizer excelentíssimo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Palhaçada! Grande palhaçada! – <i>José Severo </i>levantou–se enquanto gritava e batia palmas lentamente –,
Acabamos de ver a apresentação dos palhaços <i>Rupertus</i>,
seu escudeiro João Calvino e o anão de jardim <i>Escândalo</i> também conhecido como pedregulho. Voltando a um tom afável
disse: </span>–<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Pelo amor de mim mesmo, vamos ouvir
alguém sério. Excelentíssimo! Queremos ouvir <i>Tradição dos Homens</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Era
um homem grande a ameaçador. Provocava sentimentos díspares. Alguns sentiam
segurança, outros o odiavam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Nobre <i>Tradição
dos Homens</i>, em primeiro lugar, quero declarar publicamente todo meu apreço
e adoração. Para nós do <i>Partido Coadores
de Mosquitos</i> sua palavra sempre tem maior valor. Quando temos divergências,
ouvimos a tua voz e tudo se resolve. Ora, quem há de proferir qualquer palavra
contra ti? Somos o que somos por sua existência. Curvou-se em sinal de
adoração. </span>– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">O senhor conhece aquela senhora de cinza?
O que senhor tem a nos dizer sobre ela?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Dirigindo seu olhar firme e
austero a todos respondeu com uma voz forte enchendo todo o recinto:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Liberdade de
Consciência</span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> foi minha amiga por pouco tempo. Simpatizei
com ela, mas não suportei por muito tempo. Ela só queria trabalhar em equipe. Dizia
que era da sua natureza. Que absurdo! – gritou. Respirou fundo e continuou em
tom ameno: – Foi então que descobri que ela tinha uma vizinha chamada <i>Firmeza Sem Fundamento</i>. Foi amor à
primeira vista. A empatia foi extremamente produtiva. Tivemos um filho, o <i>Legalismo.</i> Para nosso orgulho, sua
importância é tal que, mesmo sem ter morrido, já é nome de cidade. Eu e <i>Firmeza Sem Fundamento</i> escrevemos muitos
livros juntos: <i>Só Nós Estamos Certos</i> foi
o primeiro. Depois veio o <i>Estudar é um Perigo</i>.
Mas fiquei conhecido mesmo com <i>Buscai Em
Primeiro Lugar a Uniformidade. </i>O mais vendido foi </span><i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Minha Facção é Assim e Vai
Ser Sempre Assim – um tratado sobre firmeza</span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">. Todos são
clássicos do <i>Partido Coadores de
Mosquitos</i>. Estamos agora escrevendo um novo, cujo título é <i>O Que Nos Separa Vale Mais Do Que O Que Nos
Une</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não se esqueça de <i>A Liberdade de Consciência é Uma Ameaça – </i>disse <i>José Severo</i>.<i><o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Claro! Como poderia esquecer?! – expressando um leve
sorriso de canto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não tenho mais nada a dizer! - disse <i>José Severo </i>enquanto apertava a mão de <i>Tradição dos Homens.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
– <span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">A palavra está com o advogado de defesa – declarou o
juiz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Não vou fazer pergunta alguma. Apresentarei
simplesmente uma leitura de sua história pessoal. Caso discorde, estou aberto
às suas colocações. Certamente elas serão importantes para esse julgamento. A
realidade é a seguinte: Seu primeiro problema foi que, em determinado momento,
não suportou o silêncio de sua antiga amiga, a <i>Palavra.</i> Você queria que ela dissesse “não” enquanto ela ensinava
que, em si, as coisas que você queria proibir categoricamente não eram pecado. Percebeu
que o que ela oferecia era muito maior do que você imaginava. Ficou chateado
quando <i>Palavra </i>te chamou para o canto
e foi direta:<i> “</i></span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">pois tudo que Deus
criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável”.</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Você não conseguiu digerir essas palavras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Tradição dos Homens</span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> olhava para <i>Firmeza Sem Fundamento</i>. A despeito da
ausência de palavras, havia comunicação clara entre eles. O advogado de defesa
estava expondo as reais razões que os uniram. Isso não era nada confortável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Rupertus</span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> continuou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Outro problema foi que a incredulidade dos
religiosos o acometeu. <i>Liberdade de
Consciência</i> o perturbou porque você não creu quando <i>Palavra </i>lhe disse: “</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu
próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, <i>porque o Senhor é poderoso para o suster</i>”.</span><i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> </span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Não é você que mantém as pessoas na fé. E este fato o perturba. Não estar no controle o perturba. Você sofre da inquietação dos incrédulos. Foi nesse
momento que <i>Firmeza sem Fundamento</i>
entrou na sua vida. Ela te dava as restrições que a <i>Palavra</i> não estava disposta a dar e ao mesmo tempo oferecia um
campo de segurança mais forte (na sua perspectiva, claro) que a promessa da <i>Palavra</i>. Então, seu discurso sobre as questões adiáforas, que antes era
apenas uma coletânea de princípios, conselhos e opiniões, depois do casamento
com <i>Firmeza sem Fundamento</i>, cristalizou-se;
tornando-se um sistema canônico aonde a única palavra que <i>Palavra </i>poderia pronunciar era “amém”. A paz que você prega, é
cara, pois é à custa da <i>Palavra.</i> Hoje
vocês querem a morte dessa senhora porque já mataram <i>Palavra</i> e o <i>Amor</i>. Estou
certo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> O
zum… zum… zum correu solto na sala. <i>Rupertus
</i>continuava olhando fixamente para <i>Tradição
dos Homens</i>. Este se limitou a responder com a boca semicerrada:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Sua convicção me assusta. <i>Firmeza sem Fundamento </i>nunca…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Obrigado nobre <i>Tradição
dos Homens</i> – interrompeu <i>José Severo</i>,
– Vossa excelência, queria chamar ao julgamento o Senhor Jack Lewis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Rupertus</span></i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> ficou surpreso. “Como poderia
chamar Jack?”, pensou. A incoerência dos <i>Coadores
de Mosquito</i> não tinha limites. Porém, <i>Rupertus
</i>lembrou<i> </i>que<i> </i>eles costumavam ler, citar e até sacralizar homens que nunca
poderiam pregar em seus púlpitos e participar de sua comunhão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Jack
era um homem calvo, pele branca e vestia paletó. <i>José Severo</i> não acreditou no que via: sua testemunha trazia um
cachimbo. <i>A</i>ssustado se dirigiu a seu
assistente:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Você não me disse que ele fumava!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Acho que não conhecemos bem quem temos lido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Caro senhor Lewis. O senhor poderia apagar seu
cachimbo? Pediu <i>José Severo </i>em tom nitidamente reprovador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Jack! Me chame de Jack, por favor! Quanto ao
cachimbo, sim, poderia apagar, mas por amor ao senhor, vou mantê-lo abrasado! E
não diga que está sendo atacado por <i>Escândalo</i>,
pois consigo vê-lo na primeira fila. Sua irritação tem outra explicação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Ok! Senhor Jack Lewis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Só Jack!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Ok! Senhor Jack, o senhor é considerado uma mente
cristã privilegiada. O que o senhor diz de tudo isso?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"> Jack
deu uma baforada em seu cachimbo e disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Vou ser direto. E por favor, não quero ser
questionado em seguida. Essas serão minhas únicas palavras sobre o assunto: Uma
das marcas de um certo tipo de mau caráter é que ele não consegue se privar de
algo sem querer que todo mundo se prive também. Esse não é o caminho cristão.
Um indivíduo cristão pode achar por bem abster-se de uma série de coisas por
razões específicas – do casamento, da carne, da cerveja ou do cinema; no
momento, porém, em que começa a dizer que essas coisas são ruins em si mesmas,
ou em que começa a fazer cara feia para as pessoas que usam essas coisas, ele
se desviou do caminho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Obrigado senhor C. S. Lewis. <i>José Severo </i>não acreditava no que tinha feito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Jack! Só Jack!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">– Já ouvi muito. Interrompeu o juiz. Levantou-se e
com ele todos os presentes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Seguiu-se a sentença:</span><br />
<i style="text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i>
<br />
<div style="text-indent: 0px;">
<span style="text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%;">1. <i>Liberdade de Consciência</i></span></span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"> será morta
como sua amiga <i>Palavra</i> e seu líder <i>Amor. </i>Todas as consciências estarão
presas à <i>Tradição de Homens</i>. Ela será
a base para a declaração de fé do grande <i>Partido
dos</i> <i>Coadores de Mosquitos</i>. Serão
somente seus gostos e suas regras.</span></div>
<div style="text-indent: 0px;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"><br /></span></div>
<div style="text-indent: 0px;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">2. Todos os pastores serão unidos não pelas verdades objetivas
fundamentais como o Credo Apostólico e as bandeiras da Reforma. Todos deverão seguir
o senhor </span><i style="font-family: Gentium; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Tradição dos homens</i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">. A base
da nossa união serão os pormenores – coisas secundárias.</span></div>
<div style="text-indent: 0px;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"><br /></span></div>
<div style="text-indent: 0px;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">3. Romanos 14-15 e 1Coríntios 8-10 serão excluídas das Escrituras. O
senhor </span><i style="font-family: Gentium; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Escândalo</i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"> que antes era
culpado de levar o fraco ao pecado e atrapalhar o reflexo da luz do Evangelho
ao incrédulo, agora será o culpado por nossos julgamentos sem o </span><i style="font-family: Gentium; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Amor </i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">e sem </span><i style="font-family: Gentium; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Palavra.</i></div>
<div style="text-indent: 0px;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"><br /></span></div>
<div style="text-indent: 0px;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"><i>4. </i>Será proibida a distribuição de leite que leve as pessoas à carne. Deverá
ser distribuído o leite aguado de </span><i style="font-family: Gentium; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Problema
de Consciência</i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">. As pessoas deverão ser eternas crianças.</span></div>
<div style="text-indent: 0px;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"><br /></span></div>
<div style="text-indent: 0px;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">5. Seremos firmes como os fortes de Romanos 14 e carentes da </span><i style="font-family: Gentium; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Palavra</i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"> como os fracos.</span></div>
<div style="text-indent: 0px;">
<span class="apple-converted-space" style="text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div style="text-indent: 0px;">
<span class="apple-converted-space" style="text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">6. Por fim, a</span></span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 13pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"> famosa frase de <i>Rupertus</i> Meldenius: “<i>In
necessariis unitas, in dubiis libertas, in omnibus caritas”</i><span class="apple-converted-space"> </span>(No essencial, unidade, nas coisas
duvidosas, liberdade, em todas as coisas, caridade)<span class="apple-converted-space"> será banida de todos os livros. Em seu lugar
colocaremos <i>Nos pormenores, uniformidade</i>.</span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">E foi assim que o <i>Partido dos Coadores de Mosquito</i>
decretou a morte da <i>Liberdade de Consciência</i>.
Ela foi sepultada junto a <i>Palavra </i>e <i>Amor</i> no limite das cidades <i>Legalismo </i>e <i>Religiosidade, </i>pois ambas as cidades queriam seu corpo como prêmio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">Há quem diga que um dia todos eles
voltarão dos mortos. Que voltem!<o:p></o:p></span></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com17tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-29028988392211973552012-09-17T18:06:00.000-07:002018-01-02T14:46:50.870-08:00Mãos vazias – Spurgeon e a ordenação.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Há mais de dois anos, aqui mesmo
no <b><i>Arquivo
R</i></b><i>,</i> escrevi um artigo sobre
ordenação (<span style="color: red;"><a href="http://romulomonteiro.blogspot.com.br/2010/05/ordenacao-e-congregacionalismo.html" target="_blank">link aqui</a></span>). Essa semana, estimulado pela leitura da autobiografia de Charles H. Spurgeon
(<i>C. H. Spurgeon's Autobiography, Compiled
from his diary, letters, and records, by his wife and his private secretary:
Volume 1, 1898</i>), o tema voltou a ocupar minha atenção.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Meus argumentos e minhas convicções
continuam as mesmas. Aliás, as palavras do príncipe dos pregadores só as reforçaram.
Antes de considerar o julgamento de Spurgeon, é importante ressaltar que sua
crítica à ordenação não era direcionada ou condicionada <i>somente</i> a uma prática específica <i>dos seus dias</i>, mas a qualquer cerimônia aonde ministros de outras
igrejas aprovam ou abonam determinado candidato ao ministério. Em outras
palavras, Spurgeon foi contra a ordenação e, seguramente, seria contra hoje <i>também</i>. Ele se autodesignou “oponente”
desse costume e foi categórico: “Tenho uma objeção resolvida a qualquer
ordenação ou reconhecimento público” (p. 356).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Seguem algumas observações do grande pregador inglês que reforçam o
artigo citado:<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<<span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">1.<span style="font-family: "times new roman";"> </span></span><b><span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Trata-se de uma prática perigosa</span></b><span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">. Em suas críticas à prática da ordenação Spurgeon diz: “grandes males
tem começos pequenos”. Sua percepção das bases e implicações da prática o levou
a vê-la não somente como uma divergência suportável e/ou inofensiva; antes, como
algo ameaçador. Em uma carta de maio de 1854, ele revela que, <i>dezenas de vezes</i>, expressou, <i>muito calorosamente</i>, do púlpito, seu <i>aborrecimento</i> com tal prática (p. 356). São
várias as razões para tanta indignação. Uma delas: os males da prática da ordenação
tinham se tornado algo “essencial”. (p. 355-6). Nas palavras do próprio
Spurgeon, a prática tinha se tornado uma “lei de ferro” no seu país. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<<span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">2. </span><b><span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ameaça a autonomia e autoridade da
igreja local e extrapola os limites da autoridade pastoral</span></b><span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">. Penso serem essas as razões fundamentais para Spurgeon ver a ordenação como algo perigoso. A ordenação
é baseada em um entendimento equivocado da autonomia e responsabilidade da igreja local, bem como da natureza das relações de autoridade entre os ministros. Segundo Spurgeon: “Toda igreja tem o direito
de escolher seus ministros” (p. 357). Ele denomina a independência da igreja de
“princípio glorioso”. Ele é muito claro ao afirmar que “a igreja é competente,
sob a orientação do Espírito Santo, a fazer <i>seu
próprio trabalho</i>” (p. 356). Para Spurgeon, a ordenação tira da igreja o trabalho
que lhe devido. O que é decidido na igreja local não precisa ser <i>complementado</i>, afirma o pregador. Não importa
se o mundo todo se opõe a decisão da igreja. Para Spurgeon, a ordenação ou o reconhecimento
público nem <i>invalida</i>, nem <i>reforça</i>. Sobre a relação entre os
ministros, Spurgeon entende que são e devem ser aliados, entretanto, nenhum tem
autoridade no território do outro. Spurgeon entendia a prática da <i>delegação de poderes</i> de “ministros para
ministros” como renovação da sucessão apostólica (p. 357). Não que Spurgeon
rejeitasse a autoridade dos seus colegas. Ele entendia que o reconhecimento da
escolha da igreja por outras igrejas e seus ministros era um “ato fraterno” – mas,
somente isso, nada mais. Ele também reconheceu que há superioridade de um ministro para o
outro, porém, em piedade, nunca <i>ex
officio.</i> Quanto à autoridade <i>ex
officio</i> de um ministro sobre o outro<i>,
</i>claramente revelada e reforçada em cerimônias de ordenação, Spurgeon era direto:
“nenhum homem é meu superior” (p. 357). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<<span lang="EN-US" style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3. </span><b><span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Cria uma nova classe de ministros
e/ou pessoas</span></b><span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">. Spurgeon percebeu essa questão
observando os remetentes das cartas. Ele notou que os nomes dos seus alunos seguiam
o tratamento “reverendo” enquanto o seu não. Diante</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> <span lang="EN-US">disso, Spurgeon afirmou: “</span></span><i><span lang="EN-US" style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Here are <b>reverend
students</b> of an <b>unreverend preacher</b></span></i><span lang="EN-US" style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> (p. 355).</span><span lang="EN-US" style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Spurgeon questionou as implicações dessa <i>distinção de tratamento</i>. Uma delas era a de que somente ministros
ordenados poderiam administrar a Ceia do Senhor e o batismo. Ele denominou tal
prática de “papado descarado” (</span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">cf. </span><i><span style="background: white; color: #333333; font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sword and Trowel</span></i><span style="background: white; color: #333333; font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Volume 4, 1874, p.
111-17 </span>[<a href="http://eldership.org/resources/spurgeon_ordination.html" target="_blank">Link aqui</a>]<span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">). Também questionou
o título de reverendo. O ponto de Spurgeon é: O que tinha acontecido com esses
homens que o faziam agora dignos de tamanho título? Ou, para os pastores
batistas, o que aconteceu de tão importante para você receber o título de “pastor
ordenado”? Ele exemplifica: um homem que por muitos anos foi pregador é normalmente
conhecido por Senhor Brown, mas depois da ordenação ele evolui para Reverendo
senhor Brown. A pergunta persiste: <i>que
mudança importante ele sofreu?</i> Ele cita outro exemplo: um rapaz novo que acabou
de ser colocado no púlpito é chamado de Reverendo Smith. Contudo, seu avô, que
andou cinquenta anos com o Senhor e agora está no céu não tem direito a tal
reverência. O que aconteceu com esse homem que o faziam agora digno do título de
reverendo e seu avô não? O que lhe foi dado nesta cerimônia? Usando as palavras
do grande pregador: “Para que uma imposição de mãos vazias?”. Ora, se nenhum dom
é conferido, para que tal imposição? Não é atoa que Spurgeon recusou veementemente
o título de reverendo. Título esse considerado por ele como um “prefixo
sacerdotal” (Ibid.). <o:p></o:p></span><span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Spurgeon
se perguntou: de que mente surgiu tal invenção? Sua resposta é cheia de ironia e
criatividade: Nós suspeitamos que ele viveu na rua romana da Feira da Vaidade (cf
</span><i style="font-family: Gentium; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O Peregrino</i><span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> de Bunyan).</span><br />
<div class="MsoListParagraph">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span><br /></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<<span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">4.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><b><span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A prática pode ser inconveniente</span></b><span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">. Spurgeon em uma carta revela sua chateação com os conselhos tolos das
cerimônias de ordenação. Não que os bons conselhos eram ausentes, mas para Spurgeon, mesmo
quando os conselhos eram sábios, eram inapropriados na arena <i>pública</i>. Ele afirmou estar disposto a
ouvir conselhos <i>em particular</i>, por
qualquer pessoa, sobre qualquer assunto. Mas não estava disposto a ouvir <i>em público </i>como deveria gastar seu
dinheiro, que devia ser um bom marido e todas as observações absurdas sobre
assuntos familiares e domésticos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Findo com a citação de uma de suas pregações cujo título era <i>A Verdadeira Ordenação do Ministro</i>:<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "gentium"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nenhuma faculdade, nenhum bispo, nenhuma ordenação humana pode fazer de
alguém um ministro; mas aquele que sofre, como Bunyan, Whitefield, Berridge, ou
Rowland Hill, as lutas de um anseio apaixonado para ganhar almas, pode escutar no ar
a voz de Deus dizendo “Filho do homem, fiz de te um atalaia” (p. 359).<o:p></o:p></span></div>
<br />Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-33400386779238166012012-08-31T09:17:00.000-07:002018-01-02T14:49:33.555-08:00Vencendo vem Jesus (edição revisada)<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">1</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">
<b>INTRODUÇÃO</b></span><br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A Volta de Cristo é o grande evento esperado pelo povo de Deus. No seu
último contato com os discípulos, esses ouviram dos anjos: “Varões galileus,
por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto
ao céu virá do modo como o vistes subir”. (At. 1:11). Desde então, os
seguidores de Cristo o esperam.</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Há, entretanto, muitos eventos esperados e/ou relacionados à volta prometida.
A Bíblia fala de uma Grande Tribulação, um reino milenar, ressurreições e
julgamentos. É exatamente aqui que se dá início às divergências entre os
cristãos. Os desacordos são quanto ao tempo dos eventos (presente, passado e
futuro), o encadeamento cronológico e a sua relação com a Vinda do Senhor
Jesus.</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">
Este trabalho focalizará a relação da Tribulação com a Volta de Cristo. Como o Arrebatamento
é uma discussão entre pré-milenistas (históricos ou dispensacionalistas), o
trabalho não visa a desenvolver questões como o Milênio, seu caráter proléptico
e/ou terreno; antes, todos são temas pressupostos (<i>versus</i> amilenistas, pós-milenistas e preteristas). Apresentaremos as
três visões mais conhecidas: </span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Pré-tribulacionismo
(doravante, PR.T), Mid-tribulacionismo (doravante, MD.T) e o
Pós-tribulacionismo (doravante, PO.T). Todas serão expostas e submetidas a uma análise
crítica.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="background-color: transparent; line-height: 150%;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">2</span></b><span style="background-color: transparent; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">
<b>PERSPECTIVAS.</b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto; mso-list: l5 level2 lfo4; text-indent: -18pt;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto; mso-list: l5 level2 lfo4; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">2.1<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pré</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">-<b>Tribulacionismo</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Como
a própria alcunha revela, essa visão assegura que a Vinda de Cristo se dará <i>antes</i> da Tribulação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Seguem
seus pressupostos gerais: 1) A Tribulação: 1.1) é um período <i>exato</i> de sete anos referente à Septuagésima
Semana de Daniel 9.27; 1.2) Um tempo sem igual em toda a história da humanidade
e 1.3) futuro; 2) A vinda de Cristo é iminente. Por “iminente” entenda-se que
ela deve acontecer <i>a qualquer momento.</i>
3) Distinção entre Israel e a Igreja<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
terminologia “pré-tribulacionismo” é limitada, pois todos os representantes
dessa visão entendem que a Vinda de Cristo não somente se dará <i>antes</i> da Tribulação, mas <i>antes</i> e <i>depois</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
Vinda de Cristo em duas fases é a explicação dos seus defensores para a <i>incompatibilidade</i> entre: 1) sinais que
antecedem a Vinda, 2) a exatidão dos sete anos (fazendo da vinda de Cristo algo
possível de se calcular) e 3) a iminência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Um
dos seus representantes apresenta a questão em forma de pergunta:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A linguagem bíblica ensina que o
Senhor pode retornar para sua igreja a <i>qualquer
momento</i>, ou ensina que o retorno do Senhor para sua igreja será precedido
pelo cumprimento de certos eventos previstos tais como a revelação do homem da
iniquidade, a grande tribulação e assim por diante?<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
PR.T entende que a falha em não reconhecer a <i>distinção</i> de uma vinda iminente e outra precedida por sinais é
acusar o Espírito Santo de contradição<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>. A perspectiva
pretribulacional entende fornecer a <i>única</i>
explicação que soluciona a <i>tensão</i>
entre esses dois fatos incompatíveis (sinais e iminência). John McArthur Jr.
assegura que: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">[…] esse é o único cenário [a
Grande Tribulação entre <i>duas</i> vindas]
que <i>concilia</i> a iminência da vinda de
Cristo <i>para </i>os seus santos com os sinais
ainda não cumpridos que sinaliza (sic) seu retorno glorioso final <i>com </i>os santos<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Tal
conclusão leva os pré-tribulacionistas a declararem firmemente: “[…] nenhum
sinal é dado à igreja”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>. A Igreja, por
conseguinte, não é exortada a observar sinais; antes, a olhar somente para o
Senhor que virá <i>a qualquer momento</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Assim,
a vinda de Cristo deverá acontecer em duas fases – antes e depois da
Tribulação. Na primeira fase Cristo virá <i>para</i>
sua Igreja nos <i>ares</i> e na segunda virá
<i>com</i> sua igreja para a <i>terra.</i> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
pressuposto da iminência é construído sobre passagens que asseguram que a vinda
está <i>próxima</i> bem como sobre as
exortações à vigilância. A lógica é simples: Devo vigiar porque Jesus pode
voltar <i>a qualquer momento</i> visto estará
próximo – à porta. As passagens mais citadas são: Lucas 12.39-40; 17.26-27<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>; Filipenses 4.5; Tiago
5.8-9. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
Vinda em duas fases não surge somente como uma explicação à aparente
contradição entre sinais, sete anos literais e iminência. As <i>omissões</i> e <i>inconsistências </i>entre passagens que descrevem a Vinda de Cristo e o
Arrebatamento também são fundamentais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Nas
passagens que lidam com o Arrebatamento as omissões são: 1) sinais e 2) referências
à Tribulação. As inconsistências entre as descrições dos dois eventos são: 1) O
tempo da ressurreição em 1 Tessalonicenses 4 e o referido por Apocalipse 19-20.
No primeiro registro temos a ressurreição durante a descida de Cristo até as
nuvens. No segundo relato temos a descida de Cristo à terra, a morte dos seus
inimigos, a Besta e o falso profeta são lançados no lago de fogo, Satanás é
preso e somente <i>depois</i> temos a
ressurreição dos santos. 2) O destino dos arrebatados em João 14.3 é o <i>céu</i> e as passagens da segunda vinda
retratam nossa permanência na <i>terra</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Assim,
devido a <i>omissões</i> e <i>inconsistências</i>, Mateus 24 e Apocalipse
19 descrevem a Segunda Vinda; enquanto João 14.3; 1Coríntios 15.51, 52 e 1
Tessalonicenses 4.13-18 são as passagens que descrevem o Arrebatamento<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
PR.T encontra em Apocalipse 3.10 a promessa clara e direta de que a Igreja não
passará pela Tribulação. Essa é a bendita esperança do cristão – libertação da
Grande Tribulação. Não se pode ser consolado incutindo na Igreja a expectativa
de uma participação no período em que Deus derramará toda sua ira sobre a terra.
“A razão de ser da passagem em 1 Tessalonicenses [4.18] depende da vinda do
Senhor ser iminente e pré-tribulacional”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
PR.T assegura que a natureza da proteção em Apocalipse 3.10 é indicada pela
preposição </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">.
Caso João tivesse a intenção de expressar uma proteção <i>na </i>Tribulação, ele teria usado as preposições </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">dia,</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> ou </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evn</span><a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">. O “guardar”, portanto, deve envolver <i>necessariamente</i> uma retirada <i>física</i>. Figuras como Noé, Ló e Raabe são
usadas como exemplos de livramento. Em todos os casos, eles foram <i>retirados antes</i> de Deus derramar sua
ira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
ministério do Detentor em 2 Tessalonicenses também reforça as crenças do PR.T.:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">“[…] a indicação aqui é que,
enquanto o Espírito Santo estiver habitando na igreja, que é Seu templo, esse
trabalho de detenção continuará e o homem do pecado não poderá ser revelado.
Apenas quando a igreja, o templo, for retirada, o ministério de detenção
cessará e a iniquidade produzirá o iníquo”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Diferente
das outras duas visões, o PR.T <i>iguala</i>
Dia do Senhor com <i>condenação</i> e, mais
especificamente, com a Grande Tribulação, que por sua vez é o mesmo que a Ira
de Deus. Leon Wood é claro: “O ‘dia do Senhor’ [2 Tessalonicenses 5.2] aqui
significa a Tribulação”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Walvoord
entende que a expressão “Dia do Senhor” “refere-se a qualquer período especial
em que Deus intervém sobrenaturalmente, a fim de trazer juízo contra o mundo”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a>. O PR.T entende que o
Arrebatamento marcará o <i>terminus a quo</i>
do Dia do Senhor enquanto que o <i>terminus
ad quem </i>será a eternidade<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a>. Todo esse longo período
é considerado como “o Dia do Senhor”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
relação entre o PR.T e o Dispensacionalismo é tal que faz-se necessária uma
palavra. Em primeiro lugar, pode-se chegar a conclusões pré-tribulacionistas
sem os pressupostos dispensacionalistas. Por outro lado, algumas conclusões
pré-tribulacionistas são resguardadas por pressupostos dispensacionalistas. A
distinção entre Israel e a Igreja, por exemplo, ampara e favorece a ausência da
Igreja na Tribulação. A mais nova vertente dentro do Dispensacionalismo, o
Dispensacionalismo Progressivo, não considera a vinda em duas fases como
indispensável ao Dispensacionalismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto; mso-list: l5 level2 lfo4; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">2.2<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mid-tribulacionismo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Como
o próprio nome sugere, essa visão assegura que a Igreja passará por metade da Septuagésima
Semana de Daniel. Compartilha com o PO.T a crença de que o público de Mateus 24
(e paralelos) é composto dos santos no sentido usual da Igreja de Cristo, bem
como a distinção entre Ira de Deus e Tribulação. Com o PR.T partilha a ideia de
uma vinda em duas fases, bem como a exatidão cronológica e o caráter proléptico
dos sete anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Erickson
apresenta os dois argumentos usados pelo MD.T para reforçar que o alvo de
Mateus 24 (e paralelos) é a Igreja e não os judeus somente:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">1. Os Evangelhos segundo Mateus e
Marcos foram escritos algum tempo depois de as epístolas terem sido escritas e
circuladas. O vocabulário de Paulo e o significado que dava às palavras seriam,
portanto, familiares aos crentes daqueles dias. É razoável esperar que, se o
Senhor tivesse desejado dizer por “escolhidos” algo diferente daquilo que Paulo
queria dizer com a palavra em passagens como Romanos 8.33, então Mateus e
Marcos teriam dado alguma indicação do fato, para evitar confusão […].<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">2. [Jesus] Tinha o hábito de
acoplar referências aos apóstolos e à igreja inteira, como na grande comissão
(Mt 28.18-20), na oração sacerdotal (Jo 17, especialmente o versículo 20) […] quando
Jesus anunciou, em Mateus 24.15ss, a destruição vindoura de Jerusalém, falou
primeiramente na segunda pessoa (“quando, pois, <i>virdes”</i>) e depois, na terceira pessoa. Referiu-se aos judeus como
“eles” e não como “vós”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Tanto
o MD.T quanto o PO.T entendem que a Ira do Senhor é <i>distinta</i> da Tribulação, mas ainda a ela relacionada. Na Tribulação
temos a ira de Satanás, do Homem da iniquidade e do Anticristo contra o povo de
Deus, enquanto que a Ira de Deus é o aspecto <i>condenatório</i> do Dia do Senhor cujo <i>terminus a quo</i> se dará no <i>meio</i>
da Tribulação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">As
razões para se entender que o Arrebatamento deve acontecer no <i>meio</i> da Tribulação são as seguintes: 1) A
quebra do pacto pelo Anticristo se dará no meio da Septuagésima Semana (Dn.
9.27) iniciando o derramar da Ira de Deus da qual seu povo não tem parte; 2) O
Arrebatamento acontece no tocar da última trombeta (Ap. 11.15). Ela marca o
início da Ira de Deus, do galardão para os mortos justos (Ap. 11.18) e se dará
no meio da Tribulação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Erickson
nos esclarece que a terminologia “mesotribulacionista” ou “mid-tribulacionistas”
não tem origem em seus defensores. Eles costumam se auto intitular pré-tribulacionistas
ou pós-tribulacionistas<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto; mso-list: l5 level2 lfo4; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">2.3<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pós-Tribulacionismo</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
aspecto principal dessa visão é que a Igreja não será retirada do mundo antes
da Tribulação. Diferente das visões apresentadas acima, seus adeptos não estão
certos quanto ao <i>tempo</i> da Tribulação.
Alguns entendem que os sete anos da Septuagésima Semana, apesar de, <i>a princípio</i> serem literais, serão “abreviados”
(Mt. 24.22); outros creem que a Tribulação é uma marca de toda a história da
Igreja, não limitada, portanto, aos sete anos de Daniel. Essa última conclusão
pressupõe que a Septuagésima Semana de Daniel já foi cumprida. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Como
o MD.T, o PO.T defende uma distinção entre a Ira de Deus e a Tribulação. Tribulação
é a ira de Satanás, do Anticristo e dos ímpios contra os santos, enquanto que a
Ira de Deus é o aspecto condenatório do Dia do Senhor. Quanto ao tempo em que
se dará esse Dia, Gundry assegura que “[…] não cobre toda a septuagésima semana,
provavelmente nem mesmo sua última parte, mas concentra-se no fim”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn16" name="_ftnref16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Três
textos são usados para se entender a relação entre a Tribulação e o Dia do
Senhor. São eles: 1 Tessalonicenses 5.2; 2 Tessalonicenses 2.2 e Atos 2.20.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em
2 Tessalonicenses Paulo <i>distingue</i> o
Dia do Senhor de eventos relacionados à Grande Tribulação. Ele assegura ser
necessário que “</span><i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">primeiro</span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">
venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição”
(2Ts. 2:3). Não se afirma que os principais eventos do Dia do Senhor ainda
não haviam acontecido</span><a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn17" name="_ftnref17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">,
mas que eram <i>necessárias</i> algumas
coisas acontecerem <i>antes</i> (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">prw/ton</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> no
v.3) do Dia do Senhor.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Atos 2.20 afasta o Dia do
Senhor para o <i>término</i> da Tribulação
ao afirmar que <i>antes</i> (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">pri,n</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">) do
Dia do Senhor o “sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue”. Sabemos que
a vinda de Cristo é <i>antecipada</i>
exatamente por esses sinais, que por sua vez, <i>seguem</i> a Tribulação. Mateus 24.29 diz: “Logo em seguida (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">meta,</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">) à
tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as
estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em Atos, o Dia do Senhor <i>segue</i> os ‘mesmos sinais que antecedem <i>imediatamente</i> a Vinda do Senhor em
Mateus 24.30. Em 2 Tessalonicenses 2, o Dia do Senhor é uma referência ao nosso
encontro com Ele e à Sua vinda (2.1). Assim, o <i>terminus a quo</i> do Dia do Senhor é a própria Vinda de Cristo
postribulacional para lamento dos ímpios e salvação e ajuntamento dos santos. A
sequência cronológica, portanto, é a seguinte: Tribulação, sinais celestiais e
o Dia do Senhor. Assim, conclui-se que a Tribulação não é o mesmo que o Dia do
Senhor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
PO.T entende não haver qualquer interlúdio entre o Arrebatamento e a Segunda
Vinda. Diferente das outras visões, em que a Vinda de Cristo acontece em duas
etapas permitindo morte entre elas e exigindo três ressurreições, o PO.T preza
por duas ressurreições como descritas em Apocalipse 20.4-6. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Um
texto em especial é usado tanto pelo PO.T quanto pelo PR.T: Apocalipse 3.10. Todos
concordam que o texto promete proteção de Deus para seu povo no tocante à Tribulação.
O desacordo fica por conta da natureza dessa proteção. A preposição </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> é parte fundamental em
toda a discussão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
argumentação PO.T é a de que a semântica “posição fora” (defendida pelo PR.T) não
se sustenta. Entendem que o texto deve ser apreendido não somente por um viés
gramatical, mas contextual, envolvendo a declaração à luz de todo o livro. <span style="background-color: white;">Argumentam que em todo livro de Apocalipse
os “santos”, diferente dos que “habitam sobre a terra”, são guardados da
sedução (tentação) e do engano (</span></span><span style="background-color: white; font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">plana,w</span><span style="background-color: white; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">) de adorar a besta (13.8, 12, 14; 17.8) e não são
atormentados pelas duas testemunhas (11.10). Deus, pois, guarda os seus da
sedução e não da<span class="apple-converted-space"> </span><i>exposição</i><span class="apple-converted-space"> </span>à sedução.<span class="apple-converted-space"> </span>A promessa de Apocalipse 3.10, pois,
não envolve retirada física do sofrimento. Não se é guardado<span class="apple-converted-space"> </span><i>da</i><span class="apple-converted-space"> </span>tentação estando<span class="apple-converted-space"> </span><i>fora</i><span class="apple-converted-space"> </span>dela, mas <i>nela</i>.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
conceito de iminência não segue os termos do PR.T, com se Cristo viesse <i>a qualquer momento</i>, mas entende-se que
tal evento está <i>pendente</i>. Sobre a
relação entre os sinais e a iminência da Volta de Cristo, o PO.T vê a alegada tensão
como aparente e que ela está diretamente ligada ao entendimento do <i>propósito</i> e <i>natureza</i> dos sinais e da vigilância exigida dos santos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
PO.T reconhece que, caso a Volta de Cristo se dê <i>a qualquer momento</i> [definição pretribulacional de iminência],
teremos sim, uma tensão que poderá nos levar a contradição,<i> </i>fazendo da Vinda em duas fases uma solução, senão exigida, pelo
menos provável. Por outro lado, revela que a tensão não é fruto de um confronto
entre textos de contextos distintos como se tivéssemos, de um lado, textos que
trazem sinais e, de outro, textos que enfatizam a ignorância da Vinda do Senhor.
O Sermão Escatológico de Cristo apresenta tanto a <i>iminência</i> quanto os <i>sinais</i>
unidos <i>em um mesmo contexto</i>. Contexto
este em que o próprio Senhor Jesus diz “ninguém conhece o dia nem a hora”. “Todos os intérpretes, quer creiam que o
discurso é dirigido à Igreja ou a Israel, enfrentam a dificuldade de explicar
como um evento apresentado por <i>sinais
específicos</i> pode ainda ser um dos quais se diz: ‘ninguém sabe o dia e a
hora’”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn18" name="_ftnref18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></a>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
relação entre Jesus e Paulo também é um elemento importante para o PO.T. Diferente
da afirmação PR.T de que o Arrebatamento é uma <i>novidade</i> dentro do progresso da revelação e que no Sermão
Escatológico de Cristo temos somente a segunda fase da Segunda Vinda, o PO.T
assegura que as similaridades entre Paulo e o Senhor Jesus sugerem que não há <i>novidade</i> no registro paulino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Primeiro,
a declaração de Paulo “</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">ainda vos declaramos, <i>por palavra do Senhor</i>” (v.14)</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">
nos faz pensar que ele é <i>dependente</i>
do ensino de Cristo em suas argumentações. Segundo, temos os elementos comuns
entre os dois<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn19" name="_ftnref19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></a>:
som da trombeta (1Ts. 4.16 comp. Mt. 24.31), presença dos anjos (1Ts. 4.16;
2Ts. 1.7 comp. Mt. 24.31), a vinda do Senhor Jesus Cristo do <i>céu</i> (1Ts. 4.16; 2Ts. 1.7 comp. Mt.
24.30), as nuvens (1Ts. 4.17 comp. Mt. 24.30), encontro (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">avpa,nthsij</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">) com o Senhor (1Ts
4.17; Mt. 25.6), a ignorância dos “tempos e horas” (1Ts. 5.1) e “daquela hora”
(24.36) com a locução preposicional </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">peri, de,</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, a vinda como um ladrão (1Ts. 5.2 comp. Mt. 24.43),
a repentina destruição (1Ts. 5.3 comp. com os dias de Noé (Mt. 24.39), a expressão
princípio das dores (Mt. 24.8) e as dores de uma mulher grávida (1Ts. 5.3), a
ordem de vigiar (1Ts. 5.6, 7 comp. Mt. 24.42), o perigo de ser encontrado
dormindo (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">kaqeu,dw</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">
– 1Ts. 5.6 comp. Mc. 13.36), ajuntamento dos santos (1Ts. 4.13-18 comp. Mt. 24.31).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto; mso-list: l5 level1 lfo4; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">ANÁLISE CRÍTICA<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto; mso-list: l5 level2 lfo4; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.1<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pré-tribulacionismo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l5 level3 lfo4; text-indent: -36pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.1.1<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pontos</span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">
<i>Positivos</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Com
seu conceito de iminência, o PR.T conseguiu resgatar o <i>ethos </i>da igreja do primeiro século. Além disso, a escatologia é
sempre viva nos círculos pré-tribulacionistas. Isso, por sua vez, impulsiona uma
busca constante pelos referentes na simbologia apocalíptica, bem com gera uma
insatisfação por respostas gerais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l5 level3 lfo4; text-indent: -36pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.1.2<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pontos Negativos.</span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Os
pontos negativos que seguem sobrepujam em volume os das outras duas visões. São
três as razões para tal discrepância: 1) O PR.T tem muito mais material sobre a
temática do que as outras visões. Isso se dá porque os círculos eclesiásticos
que adotam essa perspectiva entendem que o PR.T é o mesmo que ortodoxia. Isso
acaba gerando mais material expositivo e apologético. 2) O PR.T busca resposta
para todos os detalhes expondo-se muito mais às especulações e críticas. 3) Depois
do advento do PR.T<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn20" name="_ftnref20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[20]</span></span><!--[endif]--></span></a>, parte da exposição PO.T
se dá por meio da refutação do PR.T.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l5 level4 lfo4; text-indent: -36pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.1.2.1<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Fundamentação
Obscura.</span></u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
identidade do “detentor” de 2 Tessalonicenses 2 é extremamente obscura. Sabemos
que algo ou alguém impede o exercício da iniquidade. Porém, sua identidade não
pode servir de fundamento para nenhuma conclusão sobre as últimas coisas. A
linguagem usada por Paulo é clara somente para aos leitores primários; para
nós, contudo, é enigmática e concisa o suficiente para somente especularmos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ainda
pensando em implicações, é precipitado afirmar que a Igreja não é encontrada <i>na terra</i> em Apocalipse. Se o nome
“igreja” não aparece no registro da Tribulação, o mesmo pode ser dito sobre o
céu. A afirmação categórica de que os 24 anciãos representam a Igreja está
longe de ser irrefutável e decisiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Sobre
Apocalipse 3.10, passagens equivalentes revelam que uma retirada <i>física</i> ou <i>espacial</i> não se sustenta. Em João 12.27 temos </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">sw,zw</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> + </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evk w[ra</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">. Aqui a semelhança não
somente fica por conta da relação verbo e preposição, mas o objeto da
preposição é exatamente o mesmo – </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">w[ra</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">. O PR.T entende que a promessa é a preservação <i>fora de um período de tempo</i>”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn21" name="_ftnref21" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></a><i>.</i>Contudo, a ênfase cai sobre a <i>experiência</i>
<i>no tempo</i>, não o <i>período</i> como tal. No pedido “Pai, salve-me dessa hora”, Jesus não
poderia estar orando pela libertação de um período de tempo”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn22" name="_ftnref22" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[22]</span></span><!--[endif]--></span></a>; antes, dos eventos <i>dentro</i> do período de tempo. Além disso, o
sentido de </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">thre,w </span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">deveria
ser mudado de “proteção” para “moção”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Por
último, temos João 17.15. Feinberg declara sua significância ao reconhecer que
em ambos os textos (Jo. 17.15 e Ap. 3.10) temos palavras da boca de Jesus e
vindas da pena de João<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn23" name="_ftnref23" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[23]</span></span><!--[endif]--></span></a>. Para ele a situação em
17.15b (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">thre,w</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">
+ </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">) é diferente da
encontrada em 17.5.a (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">ai;rew</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> + </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">).
Na última, os discípulos estão <i>no mundo</i>
enquanto que na primeira eles não estão <i>no
maligno</i>. Daí o fato de que não há a necessidade de <i>moção</i>, mas ainda mantém a necessidade de mantê-los <i>fora</i> do objeto da preposição (o Maligno).
Tal <i>separação</i> é corroborada pela
visão joanina de separação entre o cristão e o reino de Satanás e por passagens
como Colossenses 1.13. Moo responde com uma pergunta: “Em que sentido é
significativo falar em estar numa posição fora com respeito a um ser pessoal?”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn24" name="_ftnref24" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[24]</span></span><!--[endif]--></span></a>. Ele ainda ressalta que
“Feinberg está aplicando uma frase <i>espacial</i>
a um contexto que não pode ser entendido <i>espacialmente</i>”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn25" name="_ftnref25" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[25]</span></span><!--[endif]--></span></a>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
longa citação de Moo esclarece bem a questão envolvendo a preposição:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin: 0cm 0cm 0pt 18pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">[…] ao checar as mais de
novecentas ocorrências de </span><span style="font-family: "bwgrkl";">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> no Novo Testamento, não
encontraria nenhuma que provavelmente tem esse significado [posição fora]. De
acordo com essa conclusão está o fato de que nenhum dos maiores léxicos do Novo
Testamento apresenta “posição fora” como definição de </span><span style="font-family: "bwgrkl";">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">.
O que alguns dos exemplos citados por Townsend e Feinberg mostram é que </span><span style="font-family: "bwgrkl";">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">
pode significar separação de algo com quem nunca teve um envolvimento anterior.
[…] em cada uma dessas<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn26" name="_ftnref26" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[26]</span></span><!--[endif]--></span></a>
o objeto de </span><span style="font-family: "bwgrkl";">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> denota a coisa ou pessoa <i>da </i>qual alguém é protegido, não a esfera
<i>fora </i>da qual se é protegido<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn27" name="_ftnref27" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[27]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
elemento contextual não favorece o PR.T. Apocalipse 3 revela que essa
“tentação” focalizará “os que habitam sobre a terra” (v.11). Há uma distinção
entre o grupo dos guardados e o dos não guardados. Os que habitam sobre a terra
não serão guardados. A ira de Deus é <i>seletiva</i>
no livro de Apocalipse. Ela é direcionada <i>somente</i>
para “os que habitam sobre a terra”. Além disso, é interessante observar que a
expressão “os que habitam sobre a terra” está ligada à <i>sedução</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l5 level4 lfo4; text-indent: -36pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.1.2.2<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Conceito Equivocado
de Iminência.</span></u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Afirmar
que o Dia do Senhor vem como um ladrão não é o mesmo que assegurar que ele vem
sem aviso prévio<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn28" name="_ftnref28" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[28]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Alguns entendendo que o Dia do Senhor vem quando as pessoas estiverem em “paz e
segurança” (1Ts. 5.3), supõem que sua Vinda coincide com o <i>início</i> a Tribulação – sem aviso prévio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Há
duas razões para rejeição de tal conclusão: 1) A própria natureza do Dia do
Senhor. Esse dia é marcado por <i>sinais</i>
que o antecedem (cf. At. 2.20; 2 Ts. 2). 2) Gundry<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn29" name="_ftnref29" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[29]</span></span><!--[endif]--></span></a> nos alerta que Paulo não
está descrevendo como <i>realmente</i> serão
os dias, mas revela o <i>querer</i> e a <i>expectativa</i> das pessoas. Elas “<i>andarão dizendo</i>” como nos dias de
Jeremias: “Paz...paz” (Jr. 6.14; 8.11).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
texto, na verdade, fala <i>indiretamente</i>
de sinais. O ponto é que o ser humano não vai dar atenção, pelo contrário, pronunciará
a paz <i>a despeito dos sinais</i>. O Senhor
virá como um ladrão devido à cegueira dos que vivem nas trevas. Nas palavras de
Paulo: “</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão
vos apanhe de <i>surpresa</i>”.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Consideremos
as palavras gregas usadas para <i>espera</i>/<i>expectativa</i> e <i>proximidade</i> de Cristo. Nenhuma delas exige iminência nos termos do PR.T.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0cm 53.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo5; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">1.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">prosde,comai</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, “esperar” (Lc. 12.36; Tt. 2.13). A mesma palavra é
usada para descrever as ressurreições dos justos e injustos em Atos 24.15 com
um intervalo de um milênio entre elas (Ap. 20).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0cm 53.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo5; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">2.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">avpekde,comai</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, “aguardar”, “esperar ansiosamente” (1Co. 1.7). “A
palavra não pode implicar iminência em Romanos 8.19, porque lá Paulo escreve
que a criação física espera ardentemente a revelação dos filhos de Deus”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn30" name="_ftnref30" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[30]</span></span><!--[endif]--></span></a>. Pedro usa o mesmo
vocábulo para se referir à longanimidade de Deus no contexto do dilúvio (1Pe.
3.20). Claramente o dilúvio não foi iminente. A arca deveria ser construída
antes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0cm 53.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo5; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">3.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evkde,comai</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, “aguardar”, “esperar”. Em Tiago 5.7 a analogia do
agricultor, usada pelo irmão do Senhor, que espera com paciência (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">makroqume,w</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">) descarta a
ideia de uma vinda a <i>qualquer momento</i>.
Nas palavras de Gundry, “Dificilmente podemos encontrar um uso tão anti-iminente”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn31" name="_ftnref31" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[31]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0cm 53.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo5; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">4.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">prosdoka,w</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, “esperar”(Mt. 24.50; Lc. 12.46). É a mesma palavra
usada por Pedro em sua segunda carta para espera dos novos céus e nova terra
(3.12).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0cm 53.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo5; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">5.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">nh,fw</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">,
“ser sóbrio”, “livre de excesso”, “domínio próprio”(1Ts. 5.6, 8; 1Pe. 1.13;
4.7). Não é o mesmo que vigiar, mas ter um <i>caráter</i>
e uma <i>mente</i> sóbria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0cm 53.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo5; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">6.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evggu,j</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, “próximo”, seus cognatos e a expressão “está à
porta”. Em Filipenses 4.5 a expressão “o Senhor está próximo” pode se referir à
proximidade de Deus enquanto Seu cuidado providencial. Caso tenhamos uma
referência à Segunda Vinda, a ausência dos sinais se dá simplesmente porque não
é o propósito de Paulo apresentar detalhes escatológicos. Em Mateus 24.33 e
Marcos 13.29 a proximidade se dá <i>depois</i>
dos sinais referidos pelo Senhor. </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evggu,j</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> é usada para descrever a proximidade das festas
judaicas (Jo. 2.13; 6.4; 7.2; 11.55) e sua forma verbal se relaciona ao fim de
todas as coisas (1Pe. 4.7). A proximidade da vinda de Cristo, pois, não implica
em <i>iminência</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">São
duas as palavras usadas para admoestações à vigilância: </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">gregore,w</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> e </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">avgrupne,w</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> (Mc. 13.33; Lc.
21.36). A última significa “sem sono”, “acordado”, “vigilante” e é usada para
vigilância espiritual de forma geral (Ef. 6.18). O mandamento em Lucas 21 é “acordar”
em contraste com o “dormir”. Em Marcos o mandamento está em paralelo com a
oração e em Lucas a oração está subordinada (particípio) ao orar. Os que dormem
espiritualmente (não vigiam), portanto, não escaparão do julgamento associado à
vinda do Senhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">grhgore,w</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> significa “estar acordado”. Como com </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">avgrupne,w</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, ela é usada para o
estado de alerta da vida espiritual (At. 20.31). Em 1 Coríntios 16.31 o “vigiar”
está em paralelo com “permanecer firme na fé”. Em Colossenses 4.2 é na oração e
em ação de graça que vigio. Em 1 Pedro 5.8,9 está em paralelo com “permanecer
firme”. É usada por Cristo, no Getsêmani, ligada à oração e ao permanecer <i>literalmente</i> acordado (Mt. 26.38, 40,
41). Em Apocalipse 3.2, 3 não temos uma referência à Volta do Senhor, mas sua
visitação com julgamento. Novamente o alerta é contra a letargia espiritual. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Relacionada
à volta do Senhor temos nove ocorrências. Dessas, uma é uma exortação paulina
(1Ts. 5.3-5), e o restante se encontra nos ensinos do Senhor. Quanto a 1
Tessalonicenses 5, a questão não é o Arrebatamento, mas o Dia do Senhor. O
contexto deixa claro que a Vinda não é <i>percebida,</i>
não por ausência de sinais, mas por cegueira espiritual. Estar vigilante é
estar espiritualmente acordado em contraste com o mundo em trevas e sono. Além
disso, segundo 2 Tessalonicenses 2, alguns <i>sinais</i>
precedem o Dia do Senhor. Isso faz com que vigilância não implique
necessariamente numa Vinda <i>iminente</i>.
Se há iminência aqui (1Ts. 5.3-5) é para os que vivem nas trevas – os que não
esperam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Sobre
Apocalipse 16.15 Ladd nos ensina que “o que quer que isso signifique, não pode
envolver um retorno de Cristo inesperado, secreto e a qualquer momento”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn32" name="_ftnref32" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[32]</span></span><!--[endif]--></span></a> visto que o contexto é o
derramar da ira de Deus no <i>final</i> da
Tribulação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Nos
ensinos do Senhor a palavra é usada duas vezes em Lucas 12. 37, 39 (paralelo
Mt. 24.43ss) e cinco vezes no Sermão das Oliveiras. Aqui a palavra é associada
com a <i>incerteza</i> do tempo da Vinda do
Senhor. Ladd alerta para o fato de que vistas fora do contexto, essas passagens
podem dar a impressão de uma vinda sem sinais que indicam sua proximidade.
Porém, qualquer pré-tribulacionista reconhece que a Volta do Senhor no Sermão Escatológico
é postribulacional (Mt. 24. 27-28). Os versos 29-31 ampliam a descrição do v.27
e o restante são passagens que trazem aplicações espirituais. Agora, se Cristo
nos chama a vigiar uma vinda secreta, devemos concluir que Ele nos exortou a
vigiar um evento do qual ele mesmo sequer faz referência. Mesmo que os
pré-tribulacionistas aleguem que essas palavras são direcionadas aos judeus, o
problema continua. Ladd explica:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Se os pré-tribulacionistas podem
aplicar a qualquer pessoa o mandamento de vigiar no meio da Tribulação, cujo
fim pode ser aproximadamente conhecido, então eles não podem questionar a aplicação
dessas mesmas exortações à Igreja <i>na base
</i>de que é impossível ao crente vigiar um evento cujo tempo pode ser
aproximadamente conhecido<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn33" name="_ftnref33" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[33]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">“É
por causa da <i>incerteza</i> do tempo, não da
sua <i>iminência</i>, que nós devemos
vigiar”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn34" name="_ftnref34" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[34]</span></span><!--[endif]--></span></a>. O ponto não é que Cristo
pode vir <i>a qualquer momento</i>, mas que
eu não sei <i>exatamente</i> quando se dará,
mesmo conhecendo os sinais que o antecedem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Lucas
12.22ss nos alerta para o fato de que “vigiar” envolve conduta, comportamento e
serviço. “Vigiar” envolve ser encontrado “fazendo” (v.43). A demora do Senhor
revela o caráter do servo. “Somos exortados, em vista da incerteza do tempo do
fim, a vigiar. “Vigiar” não significa “olhar para” um evento, significa alerta
espiritual e moral”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn35" name="_ftnref35" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[35]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">As
parábolas que decorrem do ensino de sua volta nos advertem para uma <i>demora</i> (e.g., virgens prudentes e
imprudentes [Mt. 25.5]; talentos [Mt. 25.19] e dos servos [Mt. 24.45-51]).
Soma-se a isso o fato de que alguns eventos preditos pelo Senhor deveriam
acontecer: (1) João revela que Pedro deveria envelhecer (Jo. 21.18); (2) Os
discípulos deveriam ser testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judéia e
Samaria e os confins da terra (At. 1.8). (3) A pregação do Evangelho em todo
mundo (Mt. 24.14)<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn36" name="_ftnref36" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[36]</span></span><!--[endif]--></span></a>. (4) A destruição de
Jerusalém (Lc. 21.20-24).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em
resposta a isso, alguns<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn37" name="_ftnref37" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[37]</span></span><!--[endif]--></span></a> têm assegurado que <i>agora</i> que todas essas predições foram
cumpridas e que todo impedimento para a iminência ficou no primeiro século,
podemos dizer, pois, <i>hoje,</i> que a
volta de Cristo é iminente. Tal consideração não é suficiente, “pois o objetivo
é determinar o que as declarações acerca da proximidade da parusia teriam
significado <i>para os que primeiro a
ouviram</i>”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn38" name="_ftnref38" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[38]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
perspectiva pretribulacional deve tomar os sinais e orientações sobre a
identidade do Iníquo simplesmente como “dados acadêmicos” já que os leitores
não poderiam, de forma alguma, testemunhar a apostasia e o homem da iniquidade
por serem eventos marcantes da Grande Tribulação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l5 level4 lfo4; text-indent: -36pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.1.2.3<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Distinção Rígida
entre Israel e a Igreja.<o:p></o:p></span></u></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
distinção rígida entre Israel e Igreja não somente nos deixa sem muitas
respostas como traz muitas complicações. Primeiro, na relação
promessa-cumprimento. A promessa do derramar do Espírito foi dada originalmente
a Israel; no entanto, cumprida na Igreja. O mesmo se pode dizer sobre a Nova Aliança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Segundo,
quanto à iminência. Segundo o PR.T, a iminência da Volta de Cristo é
direcionada à Igreja. Porém, muitas referências à iminência se encontram no
sermão profético do Senhor Jesus que, para os pré-tribulacionistas, é
direcionada exclusivamente aos judeus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Terceiro,
a função de Apocalipse. Por que Apocalipse é um testemunho para a igreja
(22.16) se ela não está envolvida nisso? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l5 level4 lfo4; text-indent: -36pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.1.2.4<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Omiss</span></u><u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">ões.</span></u><u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></u></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Acusar
um texto de <i>omissão</i> pressupõe que
sempre que um determinado tópico surgir, todos os elementos envolvidos <i>devem</i> estar presentes. E é sabido que
todo pré-tribulacionista não negaria que nem toda referencia à Vinda de Cristo
revela toda a complexidade do evento. Sobre 1 Tessalonicenses 4-5, Ladd
argumenta nesses termos: “O único aspecto da parusia que Paulo tem em mente é a
sua relação com os crentes. Nessa passagem ele não tem nada a dizer sobre sua
relação com o mundo”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn39" name="_ftnref39" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[39]</span></span><!--[endif]--></span></a>. Se não temos nada acerca
do que <i>antecede</i> a vinda de Cristo
(sinais e tribulação) também “nada é dito acerca do que acontece <i>depois</i> do encontro”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn40" name="_ftnref40" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[40]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ainda
pensando nas omissões, há várias passagens no Novo Testamento em que temos uma
referência à ressurreição (Rm. 6.5; 8.11; 2Tm. 2.18; At. 17.18; 24.15; Hb. 6.2;
11.35) porém, sem uma <i>indicação de tempo</i>.
Outras relacionam a ressurreição com a Vinda do Senhor (1Co. 15.23; 1Ts. 4.16),
mas sem qualquer palavra sobre sua relação com a Grande Tribulação – seja antecipando-a
ou seguindo-a. Assim, a acusação da ausência de sinais ou Tribulação em 1
Tessalonicenses 4-5 poderia ser explicada pela <i>causa</i> da escrita: explicar a posição dos mortos em Cristo no Advento
do Senhor.<i><o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Quanto
à ausência da tribulação em 1Tessalonicenses 4, Paulo não precisava falar, pois
os Tessalonicenses estavam <i>em tribulação</i>
(1.7; 3.7). “A persistente tendência dos pré-tribulacionistas a confinar a
tribulação somente ao período climático de sete anos no fim da história
distorce seriamente a perspectiva do Novo Testamento”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn41" name="_ftnref41" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[41]</span></span><!--[endif]--></span></a>. No sermão escatológico
de Cristo a tribulação é a marca de <i>toda
a história da Igreja</i>. A distinção entre tribulação e Grande Tribulação está
no alcance mundial e na figura do Anticristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l5 level4 lfo4; text-indent: -36pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.1.2.5<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">As Inconsistências</span></u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">. <u><o:p></o:p></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
primeira inconsistência só faz sentido se os eventos descritos em Apocalipse
19-20 indicarem uma clara <i>progressão</i> <i>temporal</i> – o que não é o caso. A prisão
de Satanás (v.1) e a ressurreição (v.4) são introduzidas por um genérico </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">kai,</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">. Ambos os eventos são
marcas do <i>início</i> de uma era de mil
anos. Portanto, João não está preocupado em uma <i>sequência</i>. É mais razoável pensar que os eventos de Apocalipse
19.11-21 são <i>paralelos</i> a 20.1-6.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Além
disso, 1 Tessalonicenses 4 nos revela que a Vinda de Cristo é marcada pela
ressurreição dos santos. Segundo Ladd<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn42" name="_ftnref42" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[42]</span></span><!--[endif]--></span></a>, Apocalipse 20.1-4 é a <i>única</i> passagem em que encontramos uma
clara indicação do <i>tempo</i> da
ressurreição. E ela se dá no <i>final</i> da
Tribulação, na Vinda de Cristo em glória. Essa é a primeira de duas
ressurreições. O PR.T deve assumir, portanto, <i>três</i> ressurreições: 1) no Arrebatamento pretribulacional, 2) Na Segunda
Vinda postribulacional e 3) No final do milênio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
segunda acusação é acerca do destino dos arrebatados e o destino dos que
participam da Segunda Vinda. Os primeiros para o céu e os demais ficam na
terra. A palavra “encontro” (v.17) aparece três vezes no Novo Testamento:
Mateus 25.2 e Atos 28.15 e em ambos os casos trata-se de um encontro que segue
um <i>retorno</i>. No entanto, o texto usado
para dizer que o <i>destino permanente</i>
dos arrebatados é o céu com Cristo é João 14.3. Enquanto 1 Tessalonicenses 4
revela a subida, João revela a permanência no céu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em
primeiro lugar, a palavra “céu” nem sequer aparece no texto de João. A ênfase do
texto está em ficar para sempre com o Senhor. Caso a ênfase esteja no “céu” e
não na “presença de Cristo”, como explicar a permanência no céu somente por
sete anos? Neste caso, a expressão “para sempre” perderia todo seu peso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto; mso-list: l5 level2 lfo4; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.2<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mid-tribulacionimo</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l5 level3 lfo4; text-indent: -36pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.2.1<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pontos Positivos.</span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em
primeiro lugar, a <i>distinção</i> entre
Tribulação e Dia do Senhor é bem fundamentada textualmente. Segundo, o
reconhecimento da Igreja como participante da Tribulação encontra menos
dificuldades com o texto bíblico, especificamente o Sermão Escatológico de
Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l5 level3 lfo4; text-indent: -36pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.2.2<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pontos Negativos.</span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em
primeiro lugar, uma vinda em duas fases não é clara nas Escrituras. 2
Tessalonicenses 2 alista dois eventos que antecedem a Vinda de Cristo: a
apostasia e o homem da iniquidade. É de grande importância que tais eventos são
marcantes na <i>última</i> metade da Tribulação.
O MD.T tem dificuldades aqui visto que, segundo sua visão, a Igreja é poupada
no <i>meio</i> da tribulação. </span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Se
os eventos alistados por Paulo aos Tessalonicenses, bem como tudo revelado pelo
apóstolo João no livro de Apocalipse, não poderiam ser <i>observados</i>, seriam informações somente de “interesse acadêmico”</span><a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn43" name="_ftnref43" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[43]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, o
que não é o caso.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto; mso-list: l5 level2 lfo4; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.3<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pós-Tribulacionismo</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 18pt; mso-add-space: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l5 level3 lfo4; text-indent: -36pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.3.1<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pontos</span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">
<i>Positivos.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Erickson
sintetiza bem a virtude do PO.T: “As interpretações pós-tribulacionistas das
passagens chaves parecem se encaixar bem no sentido natural dessas passagens”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn44" name="_ftnref44" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[44]</span></span><!--[endif]--></span></a>. Ou seja, o PO.T tem como
virtude, a exegese. Seguem alguns exemplos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l5 level4 lfo4; text-indent: -36pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.3.1.1<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sinais e
Iminência</span></u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
questão aqui é: os sinais não tornariam a vinda de Cristo <i>previsível</i> contrastando assim com as palavras do próprio Senhor que
assegurou ignorância de Sua vinda? Sinais não são antagônicos e incompatíveis
com ignorância?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 12.0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Um ponto importante aqui é o tempo da Tribulação, a
chamada Septuagésima Semana de Daniel. A questão de importância maior aqui o <i>terminus ad quem</i> revelado em Daniel
9.24. Para alguns, isso aconteceu no primeiro século.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Para
aqueles que entendem que a Tribulação é a Septuagésima Semana ainda não
cumprida e que, portanto, devem ter <i>exatos</i>
sete anos; o próprio Senhor Jesus revela a resposta assegurando que os dias da Tribulação
serão “abreviados” (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">kolobo,w </span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">– Mt. 24.22; Mc. 13.20). Dessa forma, esse período
não pode ser calculado. Gundry sintetiza bem a relação entre os sinais, a
incerteza da vinda e a abreviação da Tribulação:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A abreviação da tribulação
habilita-nos a resolver a previsibilidade <i>geral</i>
e a imprevisibilidade <i>específica</i> sem
aniquilar as exortações à vigilância do seu contexto postribulacional e sem minimizar
a função dos eventos sinalizadores recorrendo à visão histórica com seus
caprichos. Devemos vigiar tanto porque não podemos saber <i>exatamente</i> quanto porque devemos estar alertas aos sinais que nos habilitam
conhecer <i>aproximadamente</i>.<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn45" name="_ftnref45" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[45]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
que fica claro no sermão é que sinais não diminuem nossa ignorância quanto à Volta
de Cristo. Isso revela que os sinais não <i>objetivam</i>
o conhecimento <i>específico</i> e <i>exato</i> do evento. “Sinais não enfraquecem
a expectativa, eles estimulam”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn46" name="_ftnref46" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[46]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l5 level4 lfo4; text-indent: -36pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.3.1.2<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Tribulação, Ira
de Deus e Dia do Senhor.</span></u><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Quando
pensamos em termos de Novo Testamento, das quarenta de cinco ocorrências da
palavra </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">qli/yij</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">,
somente cinco podem se referir à Tribulação: Marcos 13.19, 24; Mateus 24.21, 29
e Apocalipse 7.14, sendo que Romanos 2.9 e 2Tessalonicenses 1.6 são
possibilidades. Nessas últimas, quem sofre a tribulação são os ímpios e o autor
é Deus, mas nas primeiras são os santos que sofrem por meio de Satanás, o
Anticristo e os ímpios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Comentando
1 Tessalonicenses 1.10, Fee declara:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">É interessante que a palavra
‘ira’ é usada exclusivamente no Novo Testamento para se referir ao <i>julgamento final de Deus sobre os ímpios</i>,
e, portanto, nunca é usado para se referir a crentes, cuja porção presente é
tribulação/sofrimento. Assim o foco aqui não está glória final dos crentes
tessalonicenses, mas na <i>destruição final
dos seus oponentes</i> […]<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn47" name="_ftnref47" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[47]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Mas
não é assim na Tribulação descrita no livro de Apocalipse. João revela que a
partir do romper dos selos e o tocar das trombetas Deus não visa à <i>condenação</i>, mas o <i>arrependimento</i> daqueles que são alvos de seus <i>castigos</i>. Não se pode, pois, entender que a Tribulação seja um
período de condenação e/ ou ira <i>somente</i>.
Há clara manifestação da misericórdia de Deus. Além disso, “nem todos os
eventos são iniciativas diretas de Deus”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn48" name="_ftnref48" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[48]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Os
<i>julgamentos</i> e a <i>ira</i> de Deus em Apocalipse são <i>seletivos</i>.
Todos concordam que os santos da Tribulação (seja Israel ou a Igreja) serão <i>protegidos</i> da ira do Senhor. Ou seja,
estarão <i>na</i> tribulação, mas não
sofrerão a Ira de Deus. Segundo Gundry:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">“[…] uma análise […] mostra que </span><span style="font-family: "bwgrkl";">qumo,j</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">
atinge somente os ímpios (14.8 – A Babilônia; 14.10 – adoradores da besta; 14.19
– os exércitos no Armagedom; 15.1, 7; 16.1, 19 – os que habitam sobre a terra;
18.3 – os que se prostituíram com a Babilônia; 19.15 – os exércitos no
Armagedom) […] A </span><span style="font-family: "bwgrkl";">ovrgh,</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> divina cai somente sobre os
ímpios (Ap. 6.16, 17; 14.10; 16.19; 19.15)<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn49" name="_ftnref49" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[49]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em
Apocalipse 18.4 temos: “</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela,
povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para <i>não participardes dos seus flagelos</i>”.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Não
há dúvidas de que a Ira Vindoura é derramada na Tribulação, mas <i>igualar</i> uma com a outra é um passo que
Apocalipse não nos permite dar. A seletividade na aplicação da Ira do Senhor no
período da Tribulação, portanto, nos impede de igualar <i>Ira</i> e <i>Tribulação</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Por
último, a Tribulação <i>antecede</i> ao Dia
do Senhor. Como vimos, o Dia do Senhor é um dia tanto de salvação quanto de
condenação. Tanto a Vinda do Senhor quanto o derramar da Sua ira se darão no
final da Tribulação. Assim, a vinda do Senhor é o aspecto salvador do Dia do
Senhor assim como a Ira, seu aspecto condenatório. Quanto ao Dia do Senhor e
sua relação com a Ira e a Tribulação, a argumentação sobre o <i>terminus a quo</i> do Dia do Senhor tem mais
amparo direto dos textos (cf. 2.3: 3-5§).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l5 level3 lfo4; text-indent: -36pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">3.3.2<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pontos Negativos.</span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Primeiro,
essa escola não demonstra uma preocupação pelos detalhes bem como deixa muitas
perguntas sem resposta. Por exemplo, os que defendem a Tribulação como sendo a Septuagésima
Semana de Daniel, precisam desenvolver melhor o tempo da última semana e sua
relação com a expressão usada por Cristo sobre esses dias – “abreviados” (Mt.
24.22). Haveria Deus mudado? Primeiramente ele estabeleceu sete anos e depois “abreviou”.
Não seria uma contradição em Deus?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Por
outro lado, para aqueles que entendem que o período da Igreja é todo marcado
por tribulação, há a necessidade de explicar melhor a Septuagésima Semana de
Daniel.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Segundo,
o PO.T também luta com o Milênio (terreno e não necessariamente literal em seu
número de anos). Reconhece-se que haverá habitantes com corpos não
transformados no Milênio. Há algumas questões que são respondidas com
dificuldade: De onde vem esse grupo? Se eles irão ressuscitar no final, isso implica
em condenação, já que eles farão parte da segunda ressurreição?<o:p></o:p></span></div>
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br clear="all" style="page-break-before: always;" />
</span></b>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">4 CONCLUSÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Todas
as visões recém-referidas têm em comum o fato de fazer distinção entre a
Segunda Vinda e o Arrebatamento<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn50" name="_ftnref50" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[50]</span></span><!--[endif]--></span></a>. O desacordo fica por
conta da extensão do intervalo ou o propósito de cada evento. O PR.T defende
sete anos de intervalo, enquanto o MD.T assegura três anos e meio. O PO.T, por
sua vez, entende que os eventos são unitários e/ou <i>imediatamente</i> sequenciais por não haver <i>interlúdio</i> entre eles. Neste caso, a diferença fica por conta do <i>propósito</i> e <i>efeitos</i> distintos de cada evento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Todas
as visões apresentadas acima igualmente assumem o fato de que haverá <i>santos </i>e <i>eleitos </i>na Tribulação. A discordância fica entre PR.T´s de um lado,
e PO.T e MD.T, de outro. Os primeiros entendem que esse período envolve três
classes de pessoas: A nação de Israel, o mundo gentio pagão e os santos ou
eleitos que viverão nesse período<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn51" name="_ftnref51" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[51]</span></span><!--[endif]--></span></a>. A Igreja, por sua vez,
estará completamente ausente. As palavras de Cristo em Mateus 24, portanto, são
dirigidas aos discípulos como representantes do povo judeu e não como a Igreja
de Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Sobre
a expressão “Dia do Senhor” é claro e incontestável a todos que se trata de
“uma intervenção <i>decisiva</i> de Deus
para <i>julgamento</i> e <i>salvação</i>”<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftn52" name="_ftnref52" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[52]</span></span><!--[endif]--></span></a>. A discordância fica no <i>terminus a quo</i>. O PR.T iguala os sete
anos de Tribulação à Ira de Deus e, por conseguinte, ao Dia do Senhor. O MD.T
iguala aos três anos e meio finais da Tribulação e o PO.T entende que essa é
parte final da Tribulação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Findamos
com as antológicas palavras de Rupertus Meldenius: “<i>In necessariis unitas, in dubiis libertas, in omnibus caritas”</i> (No
essencial, unidade, nas coisas duvidosas, liberdade, em todas as coisas, caridade). </span><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Maranata!<o:p></o:p></span></div>
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br clear="all" style="page-break-before: always;" />
</span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">5. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
ARCHER, Gleason L. <i>Three Views on the
Rapture</i>: pre-, mid- or post-tribulation. Grand Rapids: Zondervan, 1996.</span><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">BERKHOF, <i>Systematic Theology</i>. Grand Rapids:
Eerdmans, 1982.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">BRUCE, F. F. <i>Paulo, O Apóstolo da Graça</i>. São Paulo:
Shedd, 2003.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">CARSON, D. A. <i>Mathews </i>em <i>The Expositor´s Bible Commentary.</i> </span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Grand
Rapids: Zondervan, 1984.<i> </i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">CERFAUX,
L. <i>O Cristão na Teologia de Paulo.</i> São
Paulo: Paulus & Teológica, 2003.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">______,
<i>Cristo na Teologia de Paulo</i>. São
Paulo: Paulus & Teológica, 2003.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt;">EDGAR, Thomas R. Robert
H. Gundry and Revelation 3:10. </span><i><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt;">Grace Theological Journal</span></i><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt;">, 3.1, 1982.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">ERICKSON,
M|illard J. <i>Christian Theology</i>. </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Grand Rapids: Baker, 1998. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">______, <i>Escatologia: </i>a
polêmica em torno do milênio. São Paulo: Vida Nova, 2010.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">FERREIRA,
Franklin. MYATT, Alan. <i>Teologia
Sistemática</i>. São Paulo: Vida Nova, 2007.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">GRUDEM, Wayne. <i>Teologia
Sistemática</i>. São Paulo: Vida Nova, 2002<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">GUNDRY, Robert H. <i>The Church and the Tribulation</i>: <i>a biblical examination of
posttribulationism.</i> Grand Rapids: Zondervan, 1973.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">HOEKEMA, Anthony. <i>The Bible and the Future</i>. Grand Rapids:
Eerdmans, 1994.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> LADD, George Eldon. </span><i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Apocalipse:
Introdução e Comentário.</span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> São Paulo:
Cultura Cristã, 2008.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">_______. <i>O Evangelho do
Reino</i>. São Paulo: Vida Nova, 2008.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">______ <i>The Blessed Hope: a biblical study of the second advent and the rapture</i>.
</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Grand Rapids: Eerdmans, 1956.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">MACARTHUR,
John. <i>A Segunda Vinda</i>. Rio de
Janeiro: CPAD, 2008.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">PENTECOST, Dwight J. <i>Manual
de Escatologia</i>: <i>uma análise detalhada
dos eventos futuros</i>. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">São Paulo: Vida, 1998. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">RADMACHER, Earl D. <i>The Imminent Return of the Lord.</i> Em
WILLIS, Wesley R. MASTER, John R. <i>Issues
in Dispensationalism</i>. Chigago: Moody Press, 1994.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> RAND, James F. A Survey of the Eschatology of
the Olivet Discourse Part I. <i>Bibliotheca
Sacra</i> 113.450, 1956.</span><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">RIDDERBOS,
Herman. <i>A Teologia do Apóstolo Paulo</i>.
São Paulo: Cultura Cristã, 2004.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">_______,
<i>A Vinda do Reino</i>. São Paulo: Cultura
Cristã, 2010.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> SHEDD, Russell P. <i>Escatologia do Novo Testamento</i>. São Paulo: Vida Nova, 2006.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> SPROUL, R. C. <i>Os últimos Dias Segundo Jesus</i>. São Paulo: Cultura Cristã, 2002. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">WALVOORD,
John. </span><i><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">The Church in Prophecy. </span></i><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Grand Rapids:
Zondervan, 1973.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">______A Survey of
the Eschatology of the Olivet Discourse Part II. Bibliotheca Sacra 113.451,
1956.</span><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">______. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Posttribulationism
Today — Part IX: The Rapture and the Day of the Lord in 1 Thessalonians 5
Bibliotheca Sacra 134.533, 1977.</span><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt;">______, Posttribulationism Today — Part X: Is The Tribulation
Before the Rapture in 2 Thessalonians? </span><i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt;">Bibliotheca Sacra</span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt;">, 134.534, 1977.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">WOOD, Leon. <i>A Bíblia e os
Eventos Futuros</i>. São Paulo: Candeia, 1993.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt;">THIESSEN, Henry Clarence.
</span><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt;">Will
the Church Pass Through the Tribulation? Part 1. <i>Bibliotheca Sacra</i>. 92.365, 1935.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt;">______,
Will the Church Pass Through the Tribulation? Part 2. <i>Bibliotheca Sacra </i>92.366, 1935.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt;">______, Will the Church Pass Through the
Tribulation? </span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12pt;">Part 3. <i>Bibliotheca Sacra</i> 92.367, 1935.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Uma insignificante parcela dos
pré-tribulacionistas não lança mão desse pressuposto.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
RADMACHER, Earl D. <i>The Imminent Return of
the Lord</i>. Em WILLIS, Wesley R. MASTER, John R. <i>Issues in Dispensationalism. </i>Chicago: Moody Press, 1994, p. 249
[itálico nosso].<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
Ibid., p. 254.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
MACARTHUR, John. </span><i><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">A Segunda Vinda de Cristo</span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">. Rio de Janeiro: CPAD, 2008,<i> </i>p. 87.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> PENTECOST, <i>Manual de Escatologia.</i> São Paulo: Vida, 1999, p. 227.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> WOOD, Leon J. <i>A Bíblia e os Eventos Futuros. </i></span><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">São
Paulo: Candeia, 1993, p. 57.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
WALVOORD, John F. <i>The Blessed Hope and
the Tribulation: A Biblical and Historical Study of Postribulacionism. </i></span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Grand Rapids: Zondervan, 1976, p.
50.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> ERICKSON, <i>Escatologia: a polêmica em torno do milênio. </i>São Paulo: Vida Nova,
2010, p. 174.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
FEINBERG, Paul. <i>The Case for Posttribulation
Rapture Position,</i> em ARCHER, Gleason (ed.) <i>Three Views on the Rapture. </i>Grand
Rapids: Zondervan, 1984, p. 63.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
PENTECOST, J. Dwight. </span><i><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Manual de Escatologia. </span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">São Paulo: Vida, 1999, p. 228.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> WOOD, Leon. <i>A Bíblia e os Eventos Futuros</i>. p. 97.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn12">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> WALVOORD, John. F. <i>Todas as Profecias da Bíblia. </i>São Paulo:
Vida, p. 423.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn13">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Outros pré-tribulacionistas entendem
que o Dia do Senhor começa com o Arrebatamento/início da tribulação são:
PENTECOST e RYRIE, Charles. </span><i><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">The
Bible and Tomorrow’s News</span></i><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">. Wheaton: Victor, 1969, p. 143.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn14">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
ERICKSON, Millard J. <i>Escatologia. </i></span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">São Paulo: Vida Nova, 2010, p.
202-3.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn15">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> ERICKSON, Millard J. <i>Escatologia. </i>São Paulo: Vida Nova, 2010,
p. 208.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn16">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref16" name="_ftn16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
GUNDRY, Robert H. <i>The Church and the
Tribulation</i>: <i>a biblical examination
of posttribulationism.</i> </span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Grand
Rapids: Zondervan<i>,</i> 1973,<i> </i>p. 27-8.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn17">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref17" name="_ftn17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> WALVOORD, John. <i>Todas as Profecias da Bíblia. </i>São Paulo:
Vida, p. 427.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn18">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref18" name="_ftn18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
MOO, Douglas J. <i>The Case for
Posttribulation Rapture Position. </i>em ARCHER, Gleason (ed.) <i>Three Views
on the Rapture. </i>Grand Rapids: Zondervan, 1984, p 209. (itálico nosso).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn19">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref19" name="_ftn19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Para uma análise dos elementos
comuns confira: WATERMAN, G. Henry Waterman. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">The
Sources of Paul´s Teaching on the 2<sup>nd</sup> Coming of Christ in 1 and 2
Thessalonians. <i>Journal of the Evangelical
Theological Society</i>. 1975, v. 18.2.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn20">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref20" name="_ftn20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[20]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
LADD, <i>The Blessed Hope: a biblical study
of the second advent and the rapture</i>. Grand Rapids: Eerdmans, 1956.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn21">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref21" name="_ftn21" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
FEINBERG, Paul. <i>The Case for
Posttribulation Rapture Position,</i> em ARCHER, Gleason. op. cit., p. 69.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn22">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref22" name="_ftn22" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[22]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
GUNDRY, Robert H. <i>The Church and the
Tribulation.</i> p. 59.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn23">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref23" name="_ftn23" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[23]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
FEINBERG, Paul D. op. cit., p. 67.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn24">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref24" name="_ftn24" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[24]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
MOO, Douglas J. <i>Response for
Pretribulation</i>, em ARCHER, Gleason. op. cit. p. 94.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn25">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref25" name="_ftn25" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[25]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Ibid., p. 94, 95 (itálico
nosso).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn26">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref26" name="_ftn26" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[26]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Passagens paralelas citadas
acima.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn27">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref27" name="_ftn27" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[27]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
MOO, Douglas J. op. cit., p. 95.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn28">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref28" name="_ftn28" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[28]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Contra WALVOORD, John. <i>Todas as Profecias da Bíblia. </i>p. 423.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn29">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref29" name="_ftn29" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[29]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
GUNDRY, Robert H. <i>The Church and the
Tribulation</i>. p. 92.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn30">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref30" name="_ftn30" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[30]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;"> <span lang="EN-US">Ibid.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn31">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref31" name="_ftn31" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[31]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;"> <span lang="EN-US">GUNDRY, Robert H. <i>The Church
and the Tribulation</i>. p. 92.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn32">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref32" name="_ftn32" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[32]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
LADD, George Eldon. <i>The Blessed Hope</i>.
Grand Rapids: Eerdmans, 1956. Kindle edition.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn33">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref33" name="_ftn33" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[33]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;"> <span lang="EN-US">Ibid.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn34">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref34" name="_ftn34" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[34]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;"> <span lang="EN-US">LADD, George Eldon. <i>The
Blessed Hope</i>. </span></span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">Grand
Rapids: Eerdmans, 1956.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn35">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref35" name="_ftn35" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[35]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Ibid.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn36">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref36" name="_ftn36" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[36]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10pt;">
Pré-tribulacionistas entendem que a pregação do Evangelho está dentro do
contexto da Tribulação. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn37">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref37" name="_ftn37" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[37]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
RADMACHER, Earl. <i>The Imminent Return of the Lord</i>. Em WILLIS, Wesley R. MASTER, John
R. <i>Issues in Dispensationalism.</i> p.
257. WALVOORD, John. F. <i>The Rapture
Question. </i>Findlay: Dunham, 1957, p. 150-1.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn38">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref38" name="_ftn38" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[38]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
MOO, Douglas J. <i>The Case for
Posttribulation Rapture Position.</i> p. 210 [itálico nosso].<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn39">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref39" name="_ftn39" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[39]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
LADD, George Eldon. <i>The Blessed Hope</i>.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn40">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref40" name="_ftn40" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[40]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
Ibid.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn41">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref41" name="_ftn41" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[41]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
MOO, Douglas J. <i>The Case for
Posttribulation Rapture Position</i>. p. 99.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn42">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref42" name="_ftn42" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[42]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
LADD, George Eldon. <i>The Blessed Hope</i>.</span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn43">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref43" name="_ftn43" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[43]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;"> <span lang="EN-US">LADD, George Eldon. <i>The
Blessed Hope</i>. Grand Rapids: Eerdmans, 1956.<i><o:p></o:p></i></span></span></div>
</div>
<div id="ftn44">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref44" name="_ftn44" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[44]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
ERICKSON, Millard J. <i>Escatologia. </i>p.
197.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn45">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref45" name="_ftn45" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[45]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
GUNDRY, <i>The Church and the Tribulation</i>.
p. 42 (itálico nosso).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn46">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref46" name="_ftn46" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[46]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
Ibid., p. 43<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn47">
<h1 style="background: white; margin: 0cm; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref47" name="_ftn47" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-size: 24.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;">[47]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 10pt; font-weight: normal; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 24.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"> FEE, Gordon. </span><i><span lang="EN-US" style="font-size: 10pt; font-weight: normal;">The First and Second Letters to the Thessalonians</span></i><span lang="EN-US" style="font-size: 10pt; font-weight: normal; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 24.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;">. Grand Rapids: Eerdmans,
2009, (NICNT), p. 50. [itálico nosso]</span><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 20.5pt; font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></h1>
</div>
<div id="ftn48">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref48" name="_ftn48" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[48]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
MOO, Douglas J. <i>Response for
Pretribulation</i>. p. 88.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn49">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref49" name="_ftn49" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[49]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
GUNDRY, Robert H. <i>The Church and the
Tribulation.</i> p. 48.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn50">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref50" name="_ftn50" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[50]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Pós-tribulacionistas não
costumam empregar o termo “arrebatamento”.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn51">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref51" name="_ftn51" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[51]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> ERICKSON, Millard J. <i>Escatologia. </i>São Paulo: Vida Nova, 2010,
p. 156.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn52">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%83%C2%B4mulo/Downloads/EstudoDirigido_TextoFinal_R%C3%83%C2%B4mulo%20-%20corrigido%20e%20com%20marca%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%B5es.doc#_ftnref52" name="_ftn52" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[52]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: EN-US;">
MOO, Douglas J. <i>The Case for
Posttribulation Rapture Position.</i> p. 183. </span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">(itálico nosso).<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-65934564474420925482012-04-26T07:35:00.003-07:002018-01-02T14:50:38.915-08:00Batman - Cavaleiro das Trevas: uma análise teo-referente<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-g8U6d5szjZs/T5lanEyIdPI/AAAAAAAAAfU/5lnaWtepEms/s1600/capa_abril12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-g8U6d5szjZs/T5lanEyIdPI/AAAAAAAAAfU/5lnaWtepEms/s200/capa_abril12.jpg" width="147" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">O artigo "Batman - Cavaleiro das Trevas: Uma
análise teo-referente" do<span class="apple-converted-space"> </span></span><i style="text-align: -webkit-auto;">Arquivo R</i><span class="apple-converted-space"><span style="text-align: -webkit-auto;"> </span>foi publicado na Revista
"Teologia Brasileira" publicada pela editora Vida Nova e organizada
por </span><span style="background: white; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Franklin Ferreira
(SP) Jonas Madureira (SP), Djair Dias (SP) e Heber Carlos de
Campos Júnior(SP)</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">.<span style="text-align: -webkit-auto;"> </span></span><span style="text-indent: 35.4pt;">Confiram: </span><a href="http://www.teologiabrasileira.com.br/" style="text-indent: 35.4pt;">http://www.teologiabrasileira.com.br/</a></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-76968287606613754402012-03-07T19:44:00.001-08:002018-01-02T14:48:12.673-08:00Vencendo vem Jesus<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: -14.2pt;">1<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><b style="text-indent: -14.2pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">INTRODUÇÃO</span></b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: -14.2pt;">.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A volta de Cristo é o grande evento esperado pelo povo de Deus. No
seu último contato com os discípulos, as palavras dos anjos foram: “</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">e
lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse
Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir”. (At. 1:11).
Desde então, os seguidores de Cristo o esperam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Há,
entretanto, muitos eventos esperados e/ou relacionados à volta do Seu Senhor. A
Bíblia fala de uma grande tribulação sobre o mundo todo, um reino milenar,
ressurreições e julgamentos. É exatamente aqui que se dá início as divergências
entre os cristãos. Os desacordos são quanto ao tempo dos eventos (presente,
passado e futuro), o encadeamento cronológico e a sua relação com a vinda do
Senhor Jesus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Esse ensaio focalizará a relação da Tribulação
com a volta de Cristo. Como o arrebatamento é uma discussão entre pré-milenistas
(históricos ou dispensacionalistas), o trabalho não visa desenvolver questões
como milênio futuro e/ou terreno e o caráter futuro da tribulação; antes, todos
são temas pressupostos (contra amilenistas, pós-milenistas e preteristas).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Reconhecemos que em assuntos escatológicos, mas do que em qualquer
outro, a regra hermenêutica de que textos claros devem ter a prioridade em
relação aos obscuros, faz-se indispensável. São muitos os textos e detalhes
quando o assunto é escatologia. Nosso grande desafio, pois, é reconhecer textos
<i>claros</i> e temas <i>determinantes</i>. Essa postura nos ajudará na delimitação e
organização de nosso trabalho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Deste modo, a primeira parte do trabalho terá uma natureza mais
negativa, pois nos dedicaremos à identificação de falácias hermenêuticas. Seguiremos
com uma análise de temas relevantes e, por último, focalizaremos as acusações dos
pré-tribulacionistas de que os textos sobre a segunda vinda e o arrebatamento
possuem <i>inconsistência</i> e <i>omissões</i> que exigem uma <i>distinção</i>.</span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br clear="all" style="mso-special-character: line-break; page-break-before: always;" />
</span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">2<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">FALÁCIAS</span></b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Essa é a parte mais negativa do ensaio. Queremos reconhecer três
falácias que vigiaremos a evitar em nossa própria prática interpretativa e que,
nessa parte, apontaremos em outras obras. Primeira: o uso <i>exaustivo</i> de referências obscuras e imprecisas como fundamentação. Nessa
falácia a ideia é que a soma de bases fracas (texto obscuros) estabelece (quase
que por fadiga) uma fundamentação forte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Penso que a argumentação pretribulacional é construída exatamente nesses
moldes. Walvoord<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span></span></a>,
por exemplo, afirma que João 14.3; 1Coríntios 15.51, 52 e 1 Tessalonicenses
4.13-18 são as passagens <i>principais</i>
sobre o <i>arrebatamento</i>.<i> </i>Porém, entendemos que João 14 não
oferece nenhuma indicação clara de um <i>rapto</i>,
muito menos do <i>tempo</i>. O texto não nos
informa que vamos para o céu, mas que estaremos para sempre com o Senhor. Lidaremos
com o texto abaixo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Um outro texto obscuro é Apocalipse 3.10. Trata-se de um dos textos
mais importantes para os pré-tribulacionistas; é tanto que pós-tribulacionistas
como Gundry<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span></span></a>
quanto pré-tribulacionistas de peso como Paul D. Feinberg investem muito espaço
em suas teses bem como nas respostas aos pontos de vista contrários<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[3]</span></span></span></a>. Para os
pré-tribulacionistas o “guardar” deve envolver <i>necessariamente</i> uma retirada <i>física</i>.
O desacordo, pois, está na <i>natureza</i>
da proteção prometida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Feinberg assegura que a natureza da proteção é indicada pela
preposição </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">. Caso
João tivesse a intenção de expressar uma proteção <i>na </i>tribulação, ele teria usado </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">dia,</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> ou </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evn</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">. Ele
ainda usa alguns textos para defender uma nuança espacial que chamaremos de
“fora de”. Todos eles são refutados com propriedade por Moo. É importante observar que a análise de Moo não é da preposição </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 16px; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">“</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">nua</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 16px;">”</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">, mas da sua relação com o verbo </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 16px; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">thre,w</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"> bem como com outros verbos de semântica semelhante. Analisar uma preposição sem levar em conta sua relação com o verbo a ela conectado pressupõe que ela (preposição) tem <i>valor ontológico intacto</i> - o que não é verdade. O significado da preposição <i>varia</i> de acordo com o verbo a ela ligado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Comecemos por Atos 15.29: “guardar destas coisas” (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">diathre,w</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> + </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">). Ora, “Os gentios nunca
estarão numa ‘posição fora de’ com respeito a coisas como imoralidade sexual –
tais vícios constituem uma ameaça e tentação perpétua contra aqueles que são
exortados a ‘guardar dessas coisas’”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[4]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em Hebreus 5.7 e Tiago 5.20 temos “livramento <i>da</i> morte” (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">sw,zw</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> + </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">). Seguindo Moo: “[…] ainda
que o impedimento da morte seja intencionado, a ‘posição fora’, no sentido de
separação física ou espacial é uma descrição inapropriada do sentido”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[5]</span></span></span></a>. Em suma, ser salvo da
morte não é o mesmo que ser colocado numa “posição fora de” dela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em João 12.27 temos </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">sw,zw</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> + </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evk w[ra</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">. Aqui a
semelhança não somente fica por conta da relação verbo e preposição, mas o
objeto da preposição é exatamente o mesmo – </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">w[ra</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">. Feinberg<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[6]</span></span></span></a> entende que temos aqui
novamente a ideia de “posição fora”. E escrevendo especificamente sobre
Apocalipse 3.10, afirma que “a promessa é a preservação <i>fora de um período de tempo</i>”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[7]</span></span></span></a><i>.</i>Contudo, a ênfase cai sobre a <i>experiência</i>
<i>no tempo</i>, não o <i>período</i> como tal. No pedido “Pai, salve-Me dessa hora”, Jesus não
poderia está orando pela libertação de um período de tempo”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[8]</span></span></span></a>. Antes, dos eventos <i>dentro</i> do período de tempo. Além disso,
Feinberg deveria mudar o sentido de </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">thre,w</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, de “proteção” para “retirados”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Por último, temos João 17.15. Acertadamente Feinberg declara sua
significância ao reconhecer que em ambos os textos (Jo. 17.15 e Ap. 3.10) temos
palavras da boca de Jesus e vindas da pena de João<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[9]</span></span></span></a>. Para ele a situação em
17.15b (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">thre,w</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> + </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">) é diferente da encontrada
em 17.5.a (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">ai;rew</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> + </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">). Na última os discípulos
estão <i>no mundo</i> enquanto que na primeira
eles não estão <i>no maligno</i>. Daí o fato
de que não há a necessidade de <i>moção</i>,
mas ainda mantém a necessidade de mantê-los <i>fora</i>
do objeto da preposição (Maligno). Tal <i>separação</i>
é corroborada pela visão joanina de separação entre o cristão e o reino de
Satanás e por passagens com Colossenses 1.13.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Moo responde com uma pergunta: “Em que sentido é significativo falar
em estar numa posição fora com respeito a um ser pessoal?”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[10]</span></span></span></a>. Ele ainda ressalta que
“Feinberg está aplicando uma frase <i>espacial</i>
a um contexto que não pode ser entendido <i>espacialmente</i>”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[11]</span></span></span></a>. Claramente não estamos <i>espacialmente</i> <i>fora</i> da pessoa de Satanás, mas protegido <i>na </i>esfera de sua atuação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A longa citação de Moo esclarece bem a questão envolvendo a
preposição:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">[…] ao
checar as mais de novecentas ocorrências de </span><span style="font-family: "bwgrkl";">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> no Novo
Testamento, não encontraria nenhuma que provavelmente tem esse significado
[posição fora]. De acordo com essa conclusão está o fato de que nenhum dos
maiores léxicos do Novo Testamento apresenta “posição fora” como definição de </span><span style="font-family: "bwgrkl";">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">. O que
alguns dos exemplos citados por Townsend e Feinberg mostram é que </span><span style="font-family: "bwgrkl";">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> pode
significar separação de algo com quem nunca teve um envolvimento anterior. […]
em cada uma dessas<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[12]</span></span></span></a>
o objeto de </span><span style="font-family: "bwgrkl";">evk</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> denota a coisa ou pessoa <i>da </i>qual alguém é protegido, não a esfera <i>fora </i>da qual se é protegido<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[13]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O v.11 revela que essa “tentação” focalizará “os que habitam sobre
a terra”. O texto revela uma distinção entre o grupo dos guardados e o dos não
guardados. Os que habitam sobre a terra não serão guardados. Não é necessária
uma análise muito profunda para se perceber que a ira de Deus é <i>seletiva</i> no livro de Apocalipse. Ela é
direcionada <i>somente</i> para “os que
habitam sobre a terra”. Além disso, é interessante observar que a expressão “os
que habitam sobre a terra” está ligada à <i>sedução</i>.
</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Durante todo livro de Apocalipse os santos, diferente dos
que habitam sobre a terra, são guardados da sedução (tentação) e do engano (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">plana,w</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">) de
adorar a besta (13.8, 12, 14), não são atormentados pelas duas testemunhas
(11.10), e não admiram a besta (17.8). Deus, pois, guarda os seus da sedução e
não da <i>exposição</i> à sedução. </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A promessa de Apocalipse 3.10, pois, não é de fuga de sofrimento. Não
se é guardado <i>da</i> tentação estando <i>fora</i> dela. Portanto, Apocalipse 3.10
está longe de ser um texto determinante. Tanto pós com pré-tribulacionistas o
usam. Penso que os primeiros com mais propriedade como apresentado acima.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em segundo lugar, reconhecemos que em muitos textos que lidam com a
volta de Cristo podemos extrair verdades, porém não <i>detalhes</i>. São poucas as passagens que lidam diretamente com a
questão: relacionamento entre tribulação e a vinda de Cristo. O ministério do
Detentor em 2 Tessalonicenses é um exemplo. Ele é usado por Pentecost como <i>base</i> para uma vinda pretribulacional. Em
suas palavras: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">“[…] a
indicação aqui é que, enquanto o Espírito Santo estiver habitando na igreja,
que é Seu templo, esse trabalho de detenção continuará e o homem do pecado não
poderá ser revelado. Apenas quando a igreja, o templo, for retirada, o
ministério de detenção cessará e a iniquidade produzirá o iníquo”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[14]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">No entanto, se existe algo indiscutível sobre o “detentor” de 2
Tessalonicenses 2 é que sua identidade é extremamente obscura. Sabemos que algo
impede o exercício da iniquidade. Porém, sua identidade não pode ser fundamento
para nenhuma conclusão sobre as últimas coisas. A linguagem usada por Paulo é
clara somente para aos leitores primários, para nós, contudo, é enigmática e
concisa o suficiente para somente especularmos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O mesmo pode ser dito de Apocalipse. Quando assunto é a revelação
dada a João na ilha de Patmos e toda sua riqueza simbólica, o grande desafio do
interprete é reconhecer seus limites e não cair numa arbitrariedade na busca
pelos referenciais simbólicos. Aliás, penso ser fracassada a ideia de que a
literatura apocalíptica é um meio de “informar-se” sobre o caráter <i>concreto</i> e <i>fatual</i> dos acontecimentos futuros (e.g., A exata identidade do
anticristo)<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[15]</span></span></span></a>.
É verdade que muito do simbolismo de apocalipse é interpretado na própria obra
(e.g., Dragão) e que o próprio João nos fornece indicações de como interpretar
sua obra. Contudo, não podemos extrair nossas conclusões <i>basilares</i> a partir da identidade obscura dos 24 anciãos, dos 144
mil, das 2 testemunhas e da mulher perseguida no capítulo 12. Pode parecer uma
postura extremamente negativa, contudo, trata-se de um reconhecimento de que há
passagens difíceis de entender e que, por razões óbvias, não podem ter o <i>status</i> de fundamento epistêmico de
nenhum sistema escatológico. O que é indiscutível em Apocalipse é que todos os
registros da volta de Cristo apresentam uma volta postribulacional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Por último, evitaremos implicações não necessárias e, muito menos, as
implicações das implicações. A interpretação de Pentecost de que o “detentor” é
o Espírito Santo (geralmente advogada por pré-tribulacionistas) não <i>exige</i> que o ato de restringir a iniquidade
se dá <i>através</i> da Igreja. Tal
julgamento seria a implicação da implicação. A primeira implicação é de que
trata-se do Espírito Santo e decorrente dessa a implicação que a retirada do
detentor é o mesmo que a retirada da igreja. Nada mais impreciso!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Um outro exemplo são as passagens de alerta à vigilância. Como
veremos logo abaixo, não podemos <i>implicar</i>
das passagens de vigilância que Cristo pode vir <i>a qualquer momento</i>. Trata-se de uma implicação não necessária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ainda pensando em implicações, temos os argumentos do silêncio. É
arbitrário afirmar que a igreja não é encontrada <i>na terra</i> em apocalipse. Se o nome “igreja” não aparece no registro
da tribulação, argumentam, isso implica que ela não estará na tribulação. Ora,
o mesmo pode ser dito sobre o céu. Não encontramos a declaração de que a igreja
está no céu. A afirmação categórica de que os 24 anciãos representam a igreja
está longe de ser irrefutável e decisiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">3<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">TEMAS RELEVANTES</span></b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.75pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.75pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level2 lfo2; text-indent: -18.75pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">3.1<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Sinais <i>versus</i> Iminência</span></b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A relação entre esses dois temas é uma das questões determinantes
para pré e pós-tribulacionistas. A tensão é bem referida por Radmacher:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A
linguagem bíblica ensina que o Senhor pode retornar para sua igreja a <i>qualquer momento</i>, ou ensina que o
retorno do Senhor para sua igreja será precedido pelo cumprimento de certos eventos
previstos tais como a revelação do homem da iniquidade, a grande tribulação e
assim por diante?<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn16" name="_ftnref16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[16]</span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Para Radmacher, por exemplo, a falha em não reconhecer a <i>distinção</i> de uma vinda iminente e outra
precedida por sinais é acusar o Espírito Santo de contradição<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn17" name="_ftnref17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[17]</span></span></span></a>. A perspectiva pretribulacional
entende fornecer a <i>única</i> explicação que
soluciona a <i>tensão</i> entre esses dois fatos.
John McArthur Jr. assegura que: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">“esse é
o único cenário [a Grande Tribulação entre <i>duas</i>
vindas] que <i>concilia</i> a iminência da
vinda de Cristo <i>para </i>os seus santos
com os sinais ainda não cumpridos que sinaliza seu retorno glorioso final <i>com </i>os santos”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn18" name="_ftnref18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[18]</span></span></span></a>.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Tal conclusão leva pré-tribulacionistas a declararem firmemente:
“[…] nenhum sinal é dado à igreja”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn19" name="_ftnref19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[19]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Do outro lado estão os pós-tribulacionistas que entendem a tensão como
aparente e que ela está diretamente ligada ao entendimento das passagens que
lidam com a <i>iminência</i> da volta de
Cristo bem como o <i>propósito</i> e <i>natureza</i> dos sinais e da vigilância
exigida dos santos. Caso os textos ensinem que a volta de Cristo se dará <i>a qualquer momento</i> [definição
pretribulacional de iminência], teremos sim, uma tensão que poderá nos levar a <i>contradição</i> referida por Radmacher e
muito usada por ateus para questionarem a integridade e veracidade das
Escrituras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A tensão, contudo, não é fruto de um confronto entre textos de
contextos distintos que trazem sinais e outros que enfatizam a ignorância da
vinda do Senhor. O sermão escatológico de Cristo apresenta tanto a <i>iminência</i> quanto <i>sinais</i>. Todos estão <i>unidos</i>
em um mesmo contexto. Contexto este em que o próprio Senhor Jesus diz “ninguém
conhece o dia nem a hora”. “Todos os
interpretes, quer creiam que o discurso é dirigido a igreja ou a Israel,
enfrentam a dificuldade de explicar como um evento apresentado por <i>sinais específicos</i> pode ainda ser um dos
quais se diz: ‘ninguém sabe o dia e a hora’”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn20" name="_ftnref20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[20]</span></span></span></a>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A presença dos dois elementos em um só contexto faz do sermão
profético senão um paradigma interpretativo, uma fonte inestimável sobre a
relação entre <i>iminência</i> (ou
ignorância) e <i>sinais</i>. O próprio
texto, portanto, nos fornecerá a resolução da tensão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A questão aqui é: os sinais não tornariam a vinda de Cristo <i>previsível</i> contrastando assim as
palavras do próprio Senhor que assegurou ignorância de Sua vinda? Sinais não
são antagônicos e incompatíveis com ignorância? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 12.0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Um ponto importante aqui é o
tempo da tribulação, a chamada septuagésima semana de Daniel. A questão de
importância maior aqui o <i>terminus ad quem</i>
da septuagésima semana revelada em Daniel 9.24. Para alguns isso aconteceu no
primeiro século. Contra essa perspectiva, geralmente faz-se uso das expressões
de tempo em Apocalipse como no capítulo 12.6 – 1260 dias. O problema é que já
fazem quase dois mil anos que a mulher deu a luz a Jesus e que o mesmo subiu ao
céu, e, por conseguinte, que se deu início a perseguição a mulher (seja ela
quem for). Segundo Carson: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">[…] para
judeus e cristãos igualmente, três anos e meio de tornaram símbolos de um período
de sofrimento intenso (de qualquer duração), antes que Deus se manifeste em
poder salvador. […] 1.260 dias haviam-se tornado símbolo de qualquer período de
sofrimento severo. João usa a expressão para se referir a todo período de
sofrimento entre o primeiro e o segundo advento de Jesus<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn21" name="_ftnref21" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[21]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Para aqueles que entendem que a Tribulação é a septuagésima semana
ainda não cumprida e que, portanto, devem ter <i>exatos</i> sete anos; o próprio Senhor Jesus revela a resposta
assegurando que os dias da tribulação serão “abreviados” (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">kolobo,w </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">– Mt. 24.22; Mc. 13.20).
Dessa forma, o período da tribulação ainda assim não pode ser calculado. Gundry sintetiza
bem a relação entre os sinais, a incerteza da vinda e a abreviação da
Tribulação:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">A
abreviação da tribulação habilita-nos a resolver a previsibilidade <i>geral</i> e a imprevisibilidade <i>específica</i> sem aniquilar as exortações à
vigilância do seu contexto pós-tribulacional e sem minimizar a função dos
eventos sinalizadores recorrendo à visão histórica com seus caprichos. Devemos vigiar
tanto porque não podemos saber <i>exatamente</i>
quanto por que devemos estar alerta aos sinais que nos habilita conhecer
aproximadamente.<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn22" name="_ftnref22" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[22]</span></span></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O que fica claro no sermão é que sinais não diminuem nossa
ignorância quanto à volta de Cristo. Isso revela que os sinais não <i>objetivam</i> o conhecimento <i>específico</i> e <i>exato</i> da volta de Cristo. “Sinais não enfraquecem a expectativa,
eles estimulam”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn23" name="_ftnref23" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[23]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Outro elemento que divide pré e pós-tribulacionistas é o papel das
passagens que nos exortam à <i>vigilância</i>.
Estudiosos pré-tribulacionistas entendem que as exortações à vigilância
implicam um retorno iminente. O raciocínio é o seguinte: não são os sinais que
devemos olhar, antes, olhar para o Senhor. As passagens mais citadas pelos pré-tribulacionistas
são: Lucas 12.39-40; 17.26-27<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn24" name="_ftnref24" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[24]</span></span></span></a>; Filipenses 4.5; Tiago
5.8-9. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Consideremos as palavras gregas usadas para <i>espera</i>/<i>expectativa</i> e <i>proximidade</i> de Cristo. Todas elas não exigem
iminência (qualquer momento):<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 53.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">1.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">prosde,comai</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, “esperar” (Lc. 12.36; Tt.
2.13). A mesma palavra é usada para descrever a as ressurreições dos justos e
injustos em Atos 24.15 com um intervalo de um milênio entre elas (Ap. 20).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 53.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 53.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">2.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">avpekde,comai</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, “aguardar”, “esperar
ansiosamente” (1Co. 1.7). “A palavra não pode implicar iminência em Romanos
8.19, por que lá Paulo escreve que a criação física espera ardentemente a
revelação dos filhos de Deus”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn25" name="_ftnref25" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[25]</span></span></span></a>. Pedro usa o mesmo
vocábulo para se referir à longanimidade de Deus no contexto do dilúvio (1Pe.
3.20). Claramente o dilúvio não foi iminente. A arca deveria ser construída
antes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 53.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 53.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">3.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evkde,comai</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, “aguardar”, “esperar”. Em Tiago
5.7 a analogia do agricultor usada pelo irmão do Senhor que espera com
paciência (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">makroqume,w</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">)
descarta a ideia de uma vinda a <i>qualquer
momento</i>. Nas palavras de Gundry, “Dificilmente podemos encontrar um uso tão
anti-iminente”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn26" name="_ftnref26" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[26]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 53.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 53.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">4.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">prosdoka,w</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, “esperar”(Mt. 24.50; Lc.
12.46). É a mesma palavra usada por Pedro em sua segunda carta para espera dos novos
céus e nova terra (3.12).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 53.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">5.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">nh,fw</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, “ser sóbrio”, “livre de
excesso”, “domínio próprio”(1Ts. 5.6, 8; 1Pe. 1.13; 4.7). Não é o mesmo que
vigiar, mas ter um <i>caráter</i> e uma <i>mente</i> sóbria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 53.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">6.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evggu,j</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, “próximo”, seus cognatos e
a expressão “está à porta”. Em Filipenses 4.5 a expressão “o Senhor está
próximo” pode se referir à proximidade de Deus enquanto Seu cuidado
providencial. Caso tenhamos uma referência à segunda vinda, a ausência dos
sinais se dá simplesmente por que não é o propósito de Paulo apresentar
detalhes escatológicos. Em Mateus 24.33 e Marcos 13.29 a proximidade se dá <i>depois</i> dos sinais referidos pelo Senhor.
</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">evggu,j</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> é usada
para descrever a proximidade das festas judaicas (Jo. 2.13; 6.4; 7.2; 11.55) e
sua forma verbal se relaciona ao fim de todas as coisas (1Pe. 4.7). A
proximidade da vinda de Cristo, pois, não implica em <i>iminência</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 53.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 53.4pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">7.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Duas palavras são usadas para admoestações à vigilância: </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">gregore,w</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> e </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">avgrupne,w</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> (Mc. 13.33; Lc. 21.36). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A última significa “sem sono”, “acordado”, “vigilante” e é usada
para vigilância espiritual de forma geral (Ef. 6.18). O mandamento em Lucas 21 é
acordar em contraste com o dormir. Em Marcos o mandamento está em paralelo com
a oração e em Lucas a oração é uma forma/maneira (particípio) de vigiar. Os que
dormem espiritualmente (não vigiam), portanto, não escaparão do julgamento
associada à vinda do Senhor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">grhgore,w</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> significa “estar acordado”. Como
com </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">avgrupne,w</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, ela é
usada para o estado de alerta da vida espiritual (At. 20.31). Em 1 Coríntios
16.31 o vigiar está em paralelo com “permanecer firme na fé”. Em Colossenses
4.2 ela se dá na oração e em ação de graça. Em 1 Pedro 5.8,9 está em paralelo
com permanecer firme. É usada por Cristo no Getsêmani ligada à oração e ao
permanecer <i>literalmente</i> acordado (Mt.
26.38, 40, 41). Em Apocalipse 3.2, 3 não temos uma referência à volta do
Senhor, mas Sua visitação com julgamento. E novamente o alerta é contra a
letargia espiritual. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Relacionada à volta do Senhor temos nove ocorrências. Dessas, uma é
uma exortação paulina (1Ts. 5.3-5), e o restante se encontra nos ensinos do
Senhor. Quanto a 1 Tessalonicenses 5, a questão não é o arrebatamento, mas o
Dia do Senhor. O contexto deixa claro que a vinda não é <i>percebida</i> não por ausência de observação dos sinais, mas por
cegueira espiritual. Está vigilante é está espiritualmente acordado em
contraste com o mundo em trevas e sono. Além disso, segundo 2 Tessalonicenses
2, alguns <i>sinais</i> precedem o Dia do
Senhor. Isso faz com que vigilância não implique necessariamente numa vinda <i>iminente</i>. Se há iminência aqui é para os
que vivem nas trevas – os que não esperam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Sobre Apocalipse 16.15 Ladd nos ensina que “o que quer que isso
signifique, não pode envolver um retorno de Cristo inesperado, secreto e a
qualquer momento”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn27" name="_ftnref27" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[27]</span></span></span></a> visto que o contexto é o
derramar da ira de Deus no <i>final</i> da
Tribulação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Nos ensinos do Senhor a palavra é usada duas vezes em Lucas 12. 37,
39 (paralelo Mt. 24.43ss) e cinco vezes no sermão das oliveiras. Aqui a palavra
é associada com a <i>incerteza</i> do tempo
da vinda do Senhor. Ladd alerta para o fato de que vistos fora do contexto,
essas passagens podem dar a impressão de uma vinda sem sinais que indicam sua
proximidade. Porém, qualquer pré-tribulacionista reconhece que a volta do
Senhor no sermão escatológico é pós-tribulacional (Mt. 24. 27-28). Os versos
29-31 ampliam a descrição do v.27 e o restante são passagens que trazem
aplicações espirituais. Agora, se Cristo nos chama a vigiar uma vinda secreta,
devemos concluir que Ele nos exortou a vigiar um evento do qual Ele nem sequer
faz referência. Mesmo que os pré-tribulacionistas aleguem que essas palavras
são direcionadas aos judeus, o problema continua. Ladd explica:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Se os pré-tribulacionistas
podem aplicar os mandamentos de vigiar a alguém no meio da Tribulação cujo fim
pode ser aproximadamente conhecido, então eles não podem objetar a aplicação
dessas mesmas aplicações a Igreja <i>na base
</i>de que é impossível o crente vigiar um evento cujo tempo pode ser
aproximadamente conhecido<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn28" name="_ftnref28" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[28]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">“É por causa da <i>incerteza</i>
do tempo, não sua <i>iminência</i>, que nós
devemos vigiar”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn29" name="_ftnref29" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[29]</span></span></span></a>.
O ponto não é que Cristo pode vir <i>a
qualquer momento</i>, mas que eu não sei <i>exatamente</i>
quando mesmo conhecendo os sinais que o antecede.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Lucas 12.22ss nos alerta para o fato de que vigiar envolve conduta,
comportamento e serviço. É ser fiel no serviço. Vigiar envolve ser encontrado
“fazendo” (v.43). Vigiar é uma marca do cristão. Não se trata de uma categoria
de cristão (Lc. 12.46). A demora do Senhor revela o caráter do servo. Findamos
com as palavras de Ladd: “Em lugar nenhum nos dito que devemos vigiar a vinda
de Cristo. Antes, somos exortados, em vista da incerteza do tempo do fim, a
vigiar. “Vigiar” não significa “olhar para” um evento, significa alerta
espiritual e moral”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn30" name="_ftnref30" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[30]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 1.0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Ladd nos alerta
para o fato de que as palavras que referem-se ao ato físico de fixar atenção em
algum objeto são </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">thre,w</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> e </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">parathre,w</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> (cf. Mt. 27.36, 54; Mc. 3.2;
6.7; At. 9.24). Tais palavras, contudo, nunca são usadas para a segunda vinda
de Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Além de tudo que já dito acima, as parábolas que decorrem do ensino
de sua volta nos advertem para uma <i>demora</i>
(e.g., virgens prudentes e imprudentes [Mt. 25.5]; talentos [Mt. 25.19] e dos
servos [Mt. 24.45-51]). Soma-se a isso o fato de que alguns eventos deveriam preditos
pelo Senhor deveriam acontecer: (1) João revela que Pedro deveria envelhecer
(Jo. 21.18); (2) Os discípulos deveriam ser testemunhas tanto em Jerusalém como
em toda Judéia e Samaria e os confins da terra (At. 1.8). (3) A pregação do
Evangelho em todo mundo (Mt. 24.14)<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn31" name="_ftnref31" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[31]</span></span></span></a>. (4) A destruição de
Jerusalém (Lc. 21.20-24).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em resposta a isso alguns<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn32" name="_ftnref32" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[32]</span></span></span></a> têm assegurado que <i>agora</i> que todas essas predições foram
cumpridas e que todo impedimento para a iminência ficou no primeiro século,
podemos dizer, pois, <i>hoje,</i> que a
volta de Cristo é iminente. Tal consideração não é suficiente, “pois o objetivo
é determinar o que as declarações acerca da proximidade da parusia teriam
significado <i>para os que primeiro a
ouviram</i>”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn33" name="_ftnref33" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[33]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">É interessante que em 2 Tessalonicenses Paulo corrige e previne a
igreja mais escatológica do Novo Testamento com respeito à volta do Senhor
combatendo uma volta <i>misteriosa</i> assim
como Cristo fez em seu sermão. No caso do Senhor, ele é categórico: “</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 150%;">assim
como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a
vinda do Filho do Homem”. (Mt. 24:27)</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 150%;">. No
caso de Paulo, ele adverte que a vinda do Senhor é precedida por dois sinais
(apostasia e o homem da iniquidade). Com isso em mente eles não seriam
enganados (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 13pt; line-height: 150%;">evxapata,w</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 150%;"> – v.3).</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">É interessante observar o que a crença em uma vinda secreta sem
qualquer sinal antecipatório pode fazer com o povo de Deus – insegurança e
descontrole. Colocando de uma outra forma, o que apazigua os corações dos
Tessalonicenses é exatamente a apresentações da <i>ausência histórica</i> de sinais observáveis. A perspectiva pretribulacional
deve tomar os sinais e as orientações sobre a identidade do Iniquo simplesmente
como “dados acadêmicos” já que os leitores não poderiam, de forma alguma,
testemunhar a apostasia e o homem da iniquidade por serem eventos marcantes da
Grande Tribulação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.75pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level2 lfo2; text-indent: -18.75pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">3.2<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O Dia do Senhor</span></b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Outro tema que divide pré de mid e pós-tribulacionistas é o Dia do
Senhor. Os primeiros <i>igualam</i> Dia do
Senhor com <i>condenação</i> e, mais
especificamente, com a Grande Tribulação, que por sua vez é o mesmo que a Ira
de Deus. Leon Wood é claro: “O ‘dia do Senhor’ [2 Tessalonicenses 5.2] aqui
significa a Tribulação”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn34" name="_ftnref34" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[34]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Os mid e pós-tribulacionistas, por outro lado, entendem que a Ira
do Senhor é <i>distinta</i> de Tribulação,
mas ainda a ela relacionada. Na Tribulação temos a ira de Satanás, do Homem da iniquidade
e do Anticristo contra o povo de Deus enquanto que a ira de Deus é o aspecto <i>condenatório</i> do Dia do Senhor que se
dará somente no <i>final</i> da Tribulação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">São várias as expressões para designar esse “dia”: “o dia”, “o
grande dia”, “aquele dia”, “último dia”, “o dia do julgamento”, “o dia da
visitação”, “o dia da ira”, “o dia quando Deus julga”, “o dia mau”, “o dia da
redenção”, “o dia de Deus”, “o dia do Todo-Poderoso”, “o dia do Senhor”, “o dia
de Cristo”, “o dia de nosso Senhor Jesus”, “O dia de Jesus Cristo”, “o dia de
nosso Senhor Jesus Cristo”, “o dia do Filho do homem”. Evidentemente que a simples
presença do nome “dia” não indica sua “escatolicidade”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A expressão principia-se no Antigo Testamento. Contudo, muitos dos textos
dos profetas que falam do Dia do Senhor não deixam claro se se trata de uma
referência à tribulação ou ao próprio fim. O que é claro e <i>incontestável</i> é que se trata de “uma intervenção <i>decisiva</i> de Deus para <i>julgamento</i> e <i>salvação</i>”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn35" name="_ftnref35" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[35]</span></span></span></a>. Há acordo também ao fato
de que o julgamento final está incluído na expressão. A questão é: “A
Tribulação também está envolvida ou é um evento <i>distinto</i>?” “A ira de Deus é o mesmo que Tribulação? Em caso
positivo para a segunda questão, a visão pretribulacional torna-se inevitável
visto que nenhum pós-tribulacionista negará que a igreja será poupada da ira de
Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">No NT temos além da expressão<i>
ipsis verbis</i>, uma variação da expressão com o nome do Senhor Jesus (cf.
1Co. 1.8; 5.5 [variante textual]; 2Co. 1.14; Fp. 1.6, 10; 2.16). Gundry nos
ajuda:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">As
variações sugerem que não temos uma única frase técnica em oposição ao dia do
Senhor, mas uma expansão do termo básico “dia do Senhor”. Os nomes mais
familiares, “Jesus” e “Cristo”, são acrescentados ou substituídos, para
acentuar o relacionamento dos cristãos ao Dia do Senhor<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn36" name="_ftnref36" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[36]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Todos os pré, pós e mid-tribulacionistas postulam um intervalo
entre o arrebatamento e a Segunda Vinda. E todos entendem que o Arrebatamento é
o método de Deus de escapar da Sua <i>ira</i>.
O diferencial é o <i>começo</i> da Ira
divina. Mid e pós acusam os pré-tribulacionistas de confundirem a ira de Deus
com a tribulação. A grande questão, portanto, é o <i>terminus a quo </i>da ira e sua relação com a tribulação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Walvoord entende que a expressão Dia do Senhor “refere-se a
qualquer período especial em que Deus intervém sobrenaturalmente, a fim de
trazer juízo contra o mundo”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn37" name="_ftnref37" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[37]</span></span></span></a>. Isso inclui o
Arrebatamento pretribulacional (<i>terminus
a quo</i>) até a eternidade<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn38" name="_ftnref38" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[38]</span></span></span></a>. Todo esse longo período
é considerado como o Dia do Senhor. Para Gundry: “O Dia do Senhor não cobre
toda a setuagésima semana, provavelmente nem mesmo sua última parte, mas
concentrasse no fim”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn39" name="_ftnref39" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[39]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Três textos são diretamente relacionados à relação entre a Tribulação
e o Dia do Senhor. São eles: 1 Tessalonicenses 5.2; 2 Tessalonicenses 2.2 e
Atos 2.20. Em 2 Tessalonicenses Paulo <i>distingue</i>
o Dia do Senhor de eventos relacionados à Grande Tribulação. Ele assegura ser
necessário que “</span><i><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">primeiro</span></i><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">
venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição”
(2Ts. 2:3). Observe que não se está afirmando que os principais eventos do
dia do Senhor ainda não haviam acontecido como entende Walvoord</span><a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn40" name="_ftnref40" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[40]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">,
mas que eram <i>necessárias</i> algumas
coisas acontecerem <i>antes</i> (cf. </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">prw/ton</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> no
v.3) do Dia do Senhor.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">É de grande importância que os eventos citados por Paulo são
marcantes na <i>última</i> metade da
tribulação. Deste modo, os mid-tribulacionistas erram, pois segundo sua visão a
Igreja é poupada no <i>meio</i> da tribulação.
</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Se os eventos alistados por Paulo aos Tessalonicenses,
bem como tudo revelado pelo apóstolo João no livro de Apocalipse não poderiam
ser <i>observados</i>, seriam informações
somente de “interesse acadêmico”</span><a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn41" name="_ftnref41" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[41]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, o
que não é o caso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Atos
2.20 afasta o Dia do Senhor para o <i>término</i>
da Tribulação ao afirmar que antes (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">pri,n</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">) do Dia do Senhor o “sol se
converterá em trevas, e a lua, em sangue”. Sabemos que a vinda de Cristo é <i>antecipada</i> exatamente por esses sinais
que por sua vez <i>seguem</i> a Tribulação. Mateus
24.29 diz: “Logo em seguida (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">meta,</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">) à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a
lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes
dos céus serão abalados”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A sequência
cronológica fica da seguinte forma: tribulação, sinais celestiais e o Dia do
Senhor. Assim, concluímos que Tribulação não é o mesmo que o Dia do Senhor. O <i>terminus a quo</i> do Dia do Senhor não pode
<i>coincidir</i> com o início da Tribulação como
alguns pré-tribulacionistas defendem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em
Atos, o Dia do Senhor <i>segue</i> os mesmos
sinais que antecedem <i>imediatamente</i> a
vinda do Senhor em Mateus 24.30. Em 2 Tessalonicenses o Dia do Senhor é uma
referência ao nosso encontro com Ele e a Sua vinda (v.1). Assim, o <i>terminus a quo</i> do Dia do Senhor é a própria
vinda de Cristo pós-tribulacional para lamento dos ímpios e salvação e
ajuntamento dos santos. Ficamos ainda com a relação entre a Tribulação e a Ira
de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Quando pensamos em NT, das quarenta de cinco ocorrências da palavra
</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">qli/yij</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">,
somente cinco podem se referir à tribulação final: Marcos 13.19, 24; Mateus
24.21, 29 e Apocalipse 7.14. Sendo que Romanos 2.9, 2 Tessalonicenses 1.6 são
possibilidades. Nessas últimas, quem sofre a tribulação são os ímpios e o autor
é Deus, mas nas primeiras são os santos que sofrem por meio de Satanás, o
Anticristo e os ímpios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Comentando 1 Tessalonicenses 1.10, Fee declara:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">É interessante
que a palavra ‘ira’ é usada exclusivamente no Novo Testamento para se referir
ao <i>julgamento final de Deus sobre os
ímpios</i>, e, portanto, nunca é usado para se referir a crentes, cuja porção
presente é tribulação/sofrimento. Assim o foco aqui não está glória final dos
crentes tessalonicenses, mas na <i>destruição
final dos seus oponentes</i> […]<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn42" name="_ftnref42" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[42]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Mas não é assim na Tribulação descrita no livro de Apocalipse. João
revela que a partir do romper dos selos e o tocar das trombetas Deus não visa a
<i>condenação</i>, mas o <i>arrependimento</i> daqueles que são alvos de
seus <i>castigos</i>. Não se pode, pois,
entender que a Tribulação é um período de condenação e/ ou ira <i>somente</i>. Há clara manifestação da
misericórdia de Deus. Além disso, “nem todos os eventos são iniciativas diretas
de Deus”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn43" name="_ftnref43" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[43]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O que nos chama atenção no livro de Apocalipse é que os <i>julgamentos</i> e a <i>ira</i> de Deus são <i>seletivos</i>.
Todos concordam que os santos da Tribulação (seja Israel ou a Igreja) serão <i>protegidos</i> da ira do Senhor. Ou seja,
estarão <i>na</i> tribulação, mas não
sofrerão a Ira de Deus. Segundo Gundry:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 4cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">“[…] uma
análise […] mostra que </span><span style="font-family: "bwgrkl";">qumo,j</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> atinge somente os ímpios (14.8 – A Babilônia;
14.10 – adoradores da besta; 14.19 – os exércitos no Armagedon; 15.1, 7; 16.1,
19 – os que habitam sobre a terra; 18.3 – os que se prostituíram com a
Babilônia; 19.15 – os exércitos no Armagedon) […] A </span><span style="font-family: "bwgrkl";">ovrgh,</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> divina
cai somente sobre os ímpios (Ap. 6.16, 17; 14.10; 16.19; 19.15)<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn44" name="_ftnref44" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[44]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em Apocalipse 18.4 temos: “</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ouvi outra voz do céu,
dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados
e para <i>não participardes dos seus
flagelos</i>”.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Não há dúvidas de que ira vindoura é derramada na tribulação. Mas
daí <i>igualar</i> uma com outra é um passo
rápido e precipitado. A seletividade na aplicação da ira do Senhor no período
da tribulação nos impede de igualar <i>ira</i>
e <i>tribulação</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Concluímos, pois, afirmando que a tribulação antecede ao Dia do
Senhor. Como vimos, o Dia do Senhor é um dia tanto de salvação quanto de
condenação. Tanto a vinda do Senhor quanto o derramar da Sua ira se dá no final
da tribulação. Assim, a vinda do Senhor é o aspecto salvador do Dia do Senhor
assim como a ira seu aspecto condenatório.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.75pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level2 lfo2; text-indent: -18.75pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">3.3<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Israel e a Igreja</span></b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Apocalipse 13.7 diz: “</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Foi-lhe dado, também, que
pelejasse contra os <i>santos</i> e os
vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação”.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Em 17:6 temos: “</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Então, vi a mulher embriagada com o sangue dos <i>santos</i> e com o sangue das <i>testemunhas de Jesus</i>; e, quando a vi,
admirei-me com grande espanto”. Em </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Mateus
24.22: </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">“Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém
seria salvo; mas, por causa dos <i>escolhidos</i>,
tais dias serão abreviados”.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Todos os textos citados acima não deixam dúvidas sobre a
participação de <i>eleitos</i> e <i>santos</i> no período conhecido como a Grande
Tribulação. A explicação dispensacionalista é que a presença do povo de Deus
pode significa o lidar de Deus com a
nação de Israel e os convertidos <i>na
tribulação</i>. </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Faz-se necessário, pois, uma
palavra sobre a relação entre Israel e a Igreja. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em primeiro lugar, descrever a relação entre Israel e Igreja como <i>substituição
</i>é inapropriado. Se a igreja <i>cumpriu </i>ou <i>substituiu </i>tudo que
Deus prometeu ao Israel nacional, porque Paulo em Romanos 9-11 congrega a
integridade de Deus a sua promessa com o Israel <i>étnico</i>? Porque Paulo
entraria no mérito <i>racial</i>, se tudo prometido a Israel foi cumprido <i>espiritualmente
</i>na Igreja? Para que um <i>futuro </i>para o Israel étnico se a igreja já
cumpriu tudo? O fato é que mesmo depois do advento da Igreja, Paulo alimentou o
mérito racial em suas argumentações guiado pelo pressuposto de que a promessa
foi dada a uma <i>nação</i>. Nas palavras de
Cranfield: A igreja não pode alimentar a ideia “má e contrária às Escrituras de
que Deus rejeitou o seu povo Israel e simplesmente o <i>substituiu </i>pela
Igreja cristã”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn45" name="_ftnref45" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[45]</span></span></span></a>.
</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Segundo, reconhecer uma <i>distinção </i>entre Israel e a Igreja,
não implica necessariamente na negação de uma relação de <i>continuidade</i>.
Usando a figura paulina da árvore, a distinção histórica inquestionável dos
ramos não <i>exige </i>distinção em <i>tudo</i>, pois é <i>única </i>tanto a <i>árvore
</i>quanto suas <i>raízes</i>.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> A promessa do derramar do
Espírito foi dada a Israel e cumprida na igreja. O mesmo podemos dizer sobre a Nova
Aliança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A distinção rígida entre Israel e a Igreja defendida pelo
dispensacionalismo clássico além de insustentável textualmente traz outras
dificuldades. Por que Apocalipse é um testemunho para as igrejas (22.16) se ela
não está envolvida nisso? Além disso, a iminência da volta de Cristo é dita ser
direcionada a igreja. Porém, muitas referências à iminência se encontram no
sermão profético do Senhor Jesus que para os pré-tribulacionistas é direcionada
aos judeus. O fato é que “Uma separação total e consistente da igreja e Israel
não necessariamente implica qualquer visão específica sobre o tempo do rapto”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn46" name="_ftnref46" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[46]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">4<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">OMISSÕES e INCONSISTÊNCIAS</span></b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Nessa fase de nosso estudo lidaremos com passagens claras sobre o
Arrebatamento e a Segunda Vinda e entender a relação entre elas lidando com as
acusações de há <i>omissões</i> relevantes e
<i>inconsistências</i> entre elas.<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn47" name="_ftnref47" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[47]</span></span></span></a>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.75pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level2 lfo2; text-indent: -18.75pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">4.1<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Omissões</span></b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">As <i>omissões</i> nas passagens
que lidam com o arrebatamento são: (1) Sinais; (2) Referências à Tribulação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Uma palavra sobre omissões. Entendemos que textos como 1
Tessalonicenses 4-5 não estão interessados em apresentar <i>tudo</i> sobre a segunda vinda do Senhor. Acusar um texto de <i>omissão</i> pressupõe que sempre que um
determinado tópico surgir todos os elementos envolvidos <i>devem</i> estar presentes. E é sabido que todo pré-tribulacionista não
negaria que nem toda referencia a vinda de Cristo revela toda a complexidade do
evento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Sobre 1 Tessalonicenses 4-5, Ladd argumenta nesses termos: “O único
aspecto da parusia que Paulo tem em mente é a sua relação com os crentes. Nessa
passagem ele não tem nada a dizer sobre sua relação com o mundo”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn48" name="_ftnref48" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[48]</span></span></span></a>. Uma outra forma de
responder a acusação de omissão é: Se não temos nada acerca do que <i>antecede</i> a vinda de Cristo (sinais e
tribulação) também “nada é dito acerca do que acontece <i>depois</i> do encontro”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn49" name="_ftnref49" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[49]</span></span></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ainda pensando nas omissões, há várias passagens no Novo Testamento
em que temos uma referência à ressurreição (Rm. 6.5; 8.11; 2Tm. 2.18; At.
17.18; 24.15; Hb. 6.2; 11.35) porém, sem uma <i>indicação de tempo</i>. Outras relacionam a ressurreição com a vinda do
Senhor (1Co. 15.23; 1Ts. 4.16), mas sem uma palavra sobre sua relação com a Grande
Tribulação – seja a antecipando ou seguindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Assim, a acusação da ausência de Sinais ou Tribulação em 1 Tessalonicenses
4-5 poderia ser explicada pela <i>causa</i>
da escrita: explicar a posição dos mortos no advento do Senhor. Entendemos que
isso é parte da resposta. No entanto, percebemos que o livro e o parágrafo nos
dão <i>indícios</i> desses dois itens
relacionados à descrição do arrebatamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Primeiramente devemos
entender que a relação entre o capítulo 4 e 5 é de <i>continuidade</i>. A presença de </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">de,</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> no início do capítulo 5 pode indicar <i>mudança</i>, mas não necessariamente “mudança/contraste temporal”. A
natureza da mudança é definida pelo contexto. Gleason Archer, por exemplo,
entende que o Dia do Senhor descrito no capítulo 5 é <i>separado</i> e <i>subsequente</i> ao
arrebatamento referido no capítulo anterior<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn50" name="_ftnref50" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[50]</span></span></span></a>. Arrebatamento e o Dia do
Senhor podem dificilmente fazer parte do <i>mesmo
evento</i>.<i> </i>Porém, não há a
necessidade de entender tratar-se de dois eventos <i>distintos</i>, mas <i>efeitos
diferentes</i> para o mesmo evento.<i><o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Além disso, há indícios de que o assunto é o mesmo. “[…] a maneira
com a frase “tempos e épocas” é introduzida, sem qualificação (“tempo e épocas”
de quê?) sugere que o tempo do <i>arrebatamento</i>
há pouco discutido é o tópico”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn51" name="_ftnref51" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[51]</span></span></span></a>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A afirmação de que o Dia do Senhor vem como um ladrão não é o mesmo
que dizer que ele vem sem aviso prévio<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn52" name="_ftnref52" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[52]</span></span></span></a>. Alguns entendendo que o
Dia do Senhor vem quando as pessoas estiverem em “paz e segurança”, supõem que
sua vinda coincide com o <i>início</i> a
Tribulação. Ou seja, uma vinda <i>antes</i>
da tribulação e destituída de sinais prévios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Temos duas razões para rejeitar tal conclusão. A primeira é a
própria natureza do Dia do Senhor. Como vimos acima, esse dia é marcado por
sinais que o antecedem (cf. At. 2.20; 2 Ts. 2). Segundo, e mais importante para
nosso raciocínio, Gundry<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn53" name="_ftnref53" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[53]</span></span></span></a> nos alerta que Paulo não
está descrevendo como <i>realmente</i> serão
os dias, mas revela o <i>querer</i> e a <i>expectativa</i> das pessoas. Elas “<i>andarão dizendo</i>” como nos dias de
Jeremias: “Paz...paz” (Jr. 6.14; 8.11).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O texto, na verdade, fala <i>indiretamente</i>
de sinais. O ponto é que o ser humano não vai dar atenção, pelo contrário, dirá
que está tudo em paz <i>a despeito dos
sinais</i>. Ao declarar que o Senhor virá como um ladrão fica claro que se dará
assim devido a cegueira dos que vivem nas trevas. Para os que vivem na luz não
será surpresa. Nas palavras de Paulo: “</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 150%;">não estais em trevas, para que
esse Dia como ladrão vos apanhe de <i>surpresa</i>”.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Quanto à tribulação, Paulo não precisava falar de tribulação, pois
os Tessalonicenses estavam <i>em tribulação</i>
(1.7; 3.7). “A persistente tendência dos pré-tribulacionistas a confinar a
tribulação somente ao período climático de sete anos no fim da história
distorce seriamente a perspectiva do Novo Testamento”<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn54" name="_ftnref54" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[54]</span></span></span></a>. No sermão escatológico
de Cristo a tribulação é a marca de <i>toda
a história da Igreja</i>. A distinção entre tribulação e Grande Tribulação está
no alcance mundial e na figura do Anticristo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Na prática, nunca se saberá quando estaremos no <i>início</i> dos sete anos, pois estes são
marcados por sinais gerais comuns em toda história da humanidade. Sinais esses <i>já</i> e/ou <i>ainda</i> não testemunhados por muitos anos. Ou seja, se alguém
perguntar se estamos na Tribulação, a resposta não poderá ser exata. É de
conhecimento de todos que sempre existirão tribulação e anticristos. Ou seja,
Paulo não precisava falar de Tribulação. Essa é uma marca do período da Igreja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Se há omissões, também há <i>similaridades</i>
entre Paulo e o Senhor Jesus. Primeiro temos a declaração de Paulo “</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">ainda
vos declaramos, por palavra do Senhor” (v.14)</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> que nos
faz pensar que ele é dependente do ensino de Cristo em suas argumentações. Além
disso, temos os elementos comuns<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn55" name="_ftnref55" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[55]</span></span></span></a>: som da trombeta (1Ts.
4.16 comp. Mt. 24.31), presença dos anjos (1Ts. 4.16; 2Ts. 1.7 comp. Mt. 24.31),
a vinda do Senhor Jesus Cristo do <i>céu</i>
(1Ts. 4.16; 2Ts. 1.7 comp. Mt. 24.30), as nuvens (1Ts. 4.17 comp. Mt. 24.30),
encontro (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">avpa,nthsij</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">) com o
Senhor (1Ts 4.17; Mt. 25.6), a ignorância dos “tempos e horas” (1Ts. 5.1) e
“daquela hora” (24.36) com a locução preposicional </span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">peri, de,</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">, a vinda como um ladrão
(1Ts. 5.2 comp. Mt. 24.43), a repentina destruição (1Ts. 5.3 comp. com os dias
de Noé (Mt. 24.39), a expressão princípio das dores (Mt. 24.8) e as dores de uma
mulher grávida (1Ts. 5.3), a ordem de vigiar (1Ts. 5.6, 7 comp. Mt. 24.42), o
perigo de ser encontrado dormindo (</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">kaqeu,dw</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> – 1Ts. 5.6 comp. Mc. 13.36), ajuntamento dos santos (1Ts. 4.13-18
comp. Mt. 24.31).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.75pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level2 lfo2; text-indent: -18.75pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">4.2<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Inconsistências.</span></b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Diferente das omissões, as inconsistências <i>exigem </i>que tenhamos dois eventos distintos. São elas: 1) O tempo da
ressurreição em 1 Tessalonicenses 4 e o referido por Apocalipse 19-20. 2) O
destino dos arrebatados em João 14.3 é o <i>céu</i>
e as passagens da segunda vinda retratam nossa permanência na <i>terra</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A primeira inconsistência só faz sentido se os eventos descritos em
Apocalipse 19-20 indicam uma clara <i>progressão</i>
<i>temporal</i> – o que não é o caso. A
prisão de Satanás (v.1) e a ressurreição (v.4) são introduzidos por um genérico
</span><span style="font-family: "bwgrkl"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">kai,</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">. Ambos os eventos são marcas
do <i>início</i> de uma era de mil anos. Portanto,
João não está preocupado em uma <i>sequência</i>.
É mais razoável pensar que os eventos de Apocalipse 19.11-21 são <i>paralelos</i> a 20.1-6.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Além disso, 1 Tessalonicenses 4 nos revela que vinda de Cristo é
marcada pela ressurreição dos santos. Segundo Ladd<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftn56" name="_ftnref56" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[56]</span></span></span></a>, Apocalipse 20-1-4 é <i>única</i> passagem em que encontramos uma
clara indicação do <i>tempo</i> da
ressurreição. E ela se dá no <i>final</i> da
tribulação na vinda de Cristo em glória. Essa a primeira de duas ressurreições.
Os pré-tribulacionistas demonstram mais incoerência, pois devem assumir <i>três</i> ressurreições: 1. Arrebatamento pretribulacional,
na segunda vinda postribulacional e no final do milênio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A segunda acusação é acerca do destino dos arrebatados e o destino
dos que participam da Segunda Vinda. Os primeiros para o céu e os demais ficam
na terra. A palavra “encontro” (v.17) aparece três vezes no Novo Testamento:
Mateus 25.2 e Atos 28.15 e ambos os casos trata-se de um encontro que segue um <i>retorno</i>. Certamente nenhum
pré-tribulacionista é constrangido a negar essa nuança. Ele deve acreditar na
subida e descida, porém com um intervalo de sete anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">No entanto, o texto usado para dizer que o <i>destino permanente</i> dos arrebatados é o céu com Cristo é João 14.3. Enquanto
1 Tessalonicenses 4 revela a subida, João revela a permanência no céu. Em
primeiro lugar a palavra <i>céu</i> nem
sequer aparece no texto de João. A ênfase está em ficar para sempre com o
Senhor. Caso a ênfase esteja no céu e não na presença de Cristo, como explicar
a permanência no céu somente por sete anos? A expressão “para sempre” perderia
todo seu peso.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br clear="all" style="mso-special-character: line-break; page-break-before: always;" />
</span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 14.2pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-indent: -14.2pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">5<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">CONCLUSÃO</span></b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Segundo o sermão escatológico do Senhor Jesus, Sua vinda é única
(não em dois estágios), visível a todos (não secreta), antecedida de sinais,
imprevisível, posterior a um período de tribulação. Nem Paulo, nem João ou
qualquer outro autor bíblico muda os elementos essenciais que o Senhor
Jesus Cristo nos ensinou sobre o fim.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Findamos com a clareza da declaração pós-tribulacional do nosso
Senhor Jesus Cristo: “</span><sup><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">29</span></sup><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> <i>Logo em seguida à tribulação daqueles dias</i>, o sol escurecerá, a lua
não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos
céus serão abalados. <sup>30</sup> Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do
Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o <i>Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória</i>.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Maranata!</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div>
<br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
WALVOORD, John F. <i>The Blessed Hope and
the Tribulation: A Biblical and Historical Study of Postribulacionism. </i>Grand
Rapids: Zondervan, 1976, p. 50.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
GUNDRY, Robert H. <i>The Church and the Tribulation</i>.
Grand Rapids: Zondervan, 1973, p. 54.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[3]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
FEINBERG, Paul D. <i>The Case for
Pretribulation Rapture Position</i> em ARCHER, Gleason (ed.) <i>Three Views on the Rapture.</i> Grand
Rapids: Zondervan, 1984, p.<i> </i>63-71.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[4]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;"> MOO,
Douglas J. <i>Response for Pretribulation</i>
em ARCHER, op. cit., p. 94.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[5]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;"> MOO,
Douglas J. <i>Response for Pretribulation.</i>
p. 94. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[6]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
FEINBERG, Paul D. <i>The Case for
Pretribulation Rapture Position.</i> p.66.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[7]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> Ibid., p. 69 (itálico do autor).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[8]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
GUNDRY, Robert H. <i>The Church and the
Tribulation.</i> p. 59<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[9]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
FEINBERG, Paul D. op. cit., p. 67.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[10]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;"> MOO,
Douglas J. op. cit., 94.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[11]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> Ibid., p. 94, 95 (itálico nosso).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn12">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[12]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> Passagens paralelas citadas acima.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn13">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[13]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> <span lang="EN-US">MOO, Douglas
J. <i>Response for Pretribulation</i>. p. 95.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn14">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[14]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
PENTECOST, J. Dwight. </span><i><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Manual de Escatologia. </span></i><span style="font-family: "times new roman" , serif;">São Paulo: Vida, 1999, p. 228.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn15">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[15]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10pt;">
RIDERBOS, Herman. <i>A Teologia do Apóstolo
Paulo</i>. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, p. 587.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn16">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref16" name="_ftn16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[16]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
RADMACHER, Earl D. <i>The Imminent Return of
the Lord</i>. Em WILLIS, Wesley R. MASTER, John R. <i>Issues in Dispensationalism. </i>Chicago: Moody Press, 1994, p. 249
[itálico nosso].<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn17">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref17" name="_ftn17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[17]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
Ibid., p. 254.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn18">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref18" name="_ftn18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[18]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
MACARTHUR, John. </span><i><span style="font-family: "times new roman" , serif;">A Segunda Vinda de Cristo</span></i><span style="font-family: "times new roman" , serif;">. Rio de Janeiro: CPAD, 2008,<i> </i>p. 87.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn19">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref19" name="_ftn19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[19]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> PENTECOST, <i>Manual
de Escatologia.</i> p. 227.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn20">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref20" name="_ftn20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[20]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;"> MOO,
Douglas J. <i>The Case for Posttribulation
Rapture Position. </i>p 209. </span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">(itálico
nosso).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn21">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref21" name="_ftn21" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[21]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> CARSON, D. A. <i>Escândalo. </i>São José dos Campos: FIEL, 2010, p. 93.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn22">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref22" name="_ftn22" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[22]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
GUNDRY, <i>The Church and the Tribulation</i>.
p. 42 (itálico nosso).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn23">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref23" name="_ftn23" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[23]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> Ibid., p. 43<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn24">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref24" name="_ftn24" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[24]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> WOOD, Leon J. <i>A Bíblia e os Eventos Futuros. </i>São Paulo: Candeia, 1993, p. 57.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn25">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref25" name="_ftn25" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[25]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> GUNDRY, Robert H. op. cit., p. 30.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn26">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref26" name="_ftn26" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[26]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> <span lang="EN-US">Ibid.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn27">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref27" name="_ftn27" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[27]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
LADD, George Eldon. <i>The Blessed Hope</i>.
Grand Rapids: Eerdmans, 1956.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn28">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref28" name="_ftn28" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[28]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> <span lang="EN-US">Ibid.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn29">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref29" name="_ftn29" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[29]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> <span lang="EN-US">Ibid.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn30">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref30" name="_ftn30" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[30]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> <span lang="EN-US">LADD,
George Eldon. <i>The Blessed Hope</i>. </span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Grand Rapids: Eerdmans, 1956.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn31">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref31" name="_ftn31" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">[31]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10pt;">
Pretribulacionista entendem que a pregação do Evangelho está dentro do contexto
da Tribulação. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn32">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref32" name="_ftn32" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[32]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
RADMACHER, Earl. <i>The Imminent Return of the Lord</i>. Em WILLIS, Wesley R. MASTER, John
R. <i>Issues in Dispensationalism.</i> p.
257. WALVOORD, John. F. <i>The Rapture Question.
</i>Findlay: Dunham, 1957, p. 150-1.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn33">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref33" name="_ftn33" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[33]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;"> MOO,
Douglas J. <i>The Case for Posttribulation
Rapture Position.</i> p. 210 [itálico nosso].<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn34">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref34" name="_ftn34" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[34]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> WOOD, Leon. <i>A Bíblia e os Eventos Futuros</i>. p. 97.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn35">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref35" name="_ftn35" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[35]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;"> MOO,
Douglas J. <i>The Case for Posttribulation
Rapture Position.</i> p. 183. (itálico nosso).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn36">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref36" name="_ftn36" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[36]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
GUNDRY, Robert H. <i>The Church and the Tribulation</i>.
p. 97.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn37">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref37" name="_ftn37" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[37]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> WALVOORD, John. F. <i>Todas as Profecias da Bíblia. </i>São Paulo: Vida, p. 423.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn38">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref38" name="_ftn38" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[38]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> Outros pré-tribulacionistas entendem que o Dia
do Senhor começa com o Arrebatamento/início da tribulação são: PENTECOST e
RYRIE, Charles. </span><i><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">The Bible and
Tomorrow’s News</span></i><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">. Weaton: Victor, 1969, p. 143.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn39">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref39" name="_ftn39" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[39]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
GUNDRY, Robert H. <i>op. cit., </i>p. 27-8.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn40">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref40" name="_ftn40" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[40]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
WALVOORD, John. <i>op</i>. <i>cit</i>., p. 427.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn41">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref41" name="_ftn41" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[41]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> <span lang="EN-US">LADD,
George Eldon. <i>The Blessed Hope</i>. Grand
Rapids: Eerdmans, 1956.<i><o:p></o:p></i></span></span></div>
</div>
<div id="ftn42">
<h1 style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref42" name="_ftn42" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-weight: normal;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;"><span style="font-size: x-small;">[42]</span></span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size: 10pt; font-weight: normal;"> FEE, Gordon. </span><i><span lang="EN-US" style="font-size: 10pt; font-weight: normal;">The First and Second Letters to the Thessalonians</span></i><span lang="EN-US" style="font-size: 10pt; font-weight: normal;">. Grand Rapids: Eerdmans,
2009, (NICNT), p. 50. [itálico nosso]</span><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 20.5pt; font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></h1>
</div>
<div id="ftn43">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref43" name="_ftn43" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[43]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;"> MOO,
Douglas J. <i>Response for Pretribulation</i>.
p. 88.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn44">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref44" name="_ftn44" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[44]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
GUNDRY, Robert H. <i>The Church and the
Tribulation.</i> p. 48.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn45">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref45" name="_ftn45" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[45]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> CRANFIELD, C. E. B. <i>A Carta aos Romanos</i>.
São Paulo: Edições Paulinas, 1992, p. 207.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn46">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref46" name="_ftn46" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[46]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;"> MOO,
Douglas J. <i>The Case for Posttribulation
Rapture Position</i>. p. 172.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn47">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref47" name="_ftn47" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[47]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
FEINBERG, Paul D. <i>The Case for Pretribulation
Rapture Position</i> p.80.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn48">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref48" name="_ftn48" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[48]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
LADD, George Eldon. <i>The Blessed Hope</i>.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn49">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref49" name="_ftn49" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[49]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
Ibid.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn50">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref50" name="_ftn50" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[50]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
ARCHER, Gleason. <i>The Case for
Mid-Seventieth-Week Rapture Position</i> p. 117.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn51">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref51" name="_ftn51" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[51]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;"> MOO,
Douglas J. <i>The Case for Posttribulation
Rapture Position</i>. p. 160.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn52">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref52" name="_ftn52" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[52]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> Contra WALVOORD, John. <i>Todas as Profecias da Bíblia. </i>p. 423.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn53">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref53" name="_ftn53" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[53]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
GUNDRY, Robert H. <i>The Church and the
Tribulation</i>. p. 92.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn54">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref54" name="_ftn54" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[54]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;"> MOO,
Douglas J. <i>The Case for Posttribulation
Rapture Position</i>. p. 99.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn55">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref55" name="_ftn55" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[55]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> Para uma análise dos elementos comuns confira:
WATERMAN, G. Henry Waterman. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">The Sources of Paul´s Teaching on the 2<sup>nd</sup>
Coming of Christ in 1 and 2 Thessalonians. <i>Journal
of the Evangelical Theological Society</i>. 1975, v. 18.2.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn56">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/R%C3%B4mulo/Documents/Estudos/Monografia_SegundaVinda.docx#_ftnref56" name="_ftn56" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[56]</span></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , serif;">
LADD, George Eldon. <i>The Blessed Hope</i>.</span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com33tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-37683072652587154212011-12-26T08:44:00.000-08:002018-01-02T14:51:32.031-08:00Liderança de outro mundo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 13pt; text-indent: 35.4pt;">O primeiro livro da trilogia </span><i style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 13pt; text-indent: 35.4pt;">As Crônicas de Aedyn</i><span style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 13pt; text-indent: 35.4pt;"> chegou ao Brasil. O autor, o já consagrado acadêmico irlandês Alister McGrath, se aventurou em um novo gênero literário – a fantasia. Sem abandonar seu amor à teologia, à história do pensamento teológico e à apologética; antes, tomando todo seu vasto conhecimento como fundamento, Alister construiu um outro mundo – </span><i style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 13pt; text-indent: 35.4pt;">Aedyn</i><span style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 13pt; text-indent: 35.4pt;">.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Segundo o próprio autor, o livro tem as crianças como público alvo. Porém, seu objetivo maior é tornar temas cristãos mais acessíveis. Segundo McGrath, o tema do primeiro livro da série é <i>confiança em Deus</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">As comparações com C. S. Lewis e o mundo Nárnia são inevitáveis. Em primeiro lugar, ambos são cristãos. Ou seja, eles têm a mesma cosmovisão. Segundo, não há como escrever no gênero fantasia, sendo cristão, sem ter a influência de Lewis. Tal influência revela-se nos estudos de Alister. Atualmente ele tem se dedicado ao estudo de C. S. Lewis e está preparando uma biografia sobre seu conterrâneo a ser lançada em 2013 – aniversário de 50 anos da morte de Lewis. Como nada em McGrath é superficial, certamente teremos uma grande obra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Quando comento (formal ou informalmente) uma obra dessa natureza fico sempre numa luta sobre o que devo ou não posso compartilhar. Temo comprometer o impacto da obra para aqueles que ainda não a leram. Prometo tentar não “falar” demais. Na verdade, meu desejo com esse <i>post</i> é instigar a leitura da obra comentada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Os personagens principais do livro são Júlia e Pedro, irmãos levados a um outro mundo – <i>Aedyn</i>. Lá, como na Terra Média de Tolkien e na Nárnia de C. S. Lewis, somos seduzidos pelo desconhecido e o inesperado dos “outros mundos”. Os ensinamentos não estão presos na história. Como nos livros de fantasia, <i>As</i> <i>Crônicas de Aedyn</i> trazem os famosos princípios <i>atemporais</i> corolários da famosa expressão “era uma vez” (Aliás, é assim que o livro começa). Portanto, os problemas bem como suas devidas soluções no mundo desconhecido são aplicáveis a “qualquer mundo”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">São várias as lições. Pode-se aprender sobre julgamento precipitado, tentação, soberania de Deus, esperança, cobiça, etc. Todos, evidentemente <i>linkados</i> com o tema maior: <i>confiança em Deus</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Das lições que marcaram minha leitura de <i>Aedyn</i> quero ressaltar somente aquelas que lidam com o exercício da liderança. Com isso não estou restringindo o artigo aos líderes oficialmente reconhecidos. Todos, homens e mulheres, são chamados por Deus a exercer algum nível de liderança. Portanto, pode continuar lendo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">O primeiro princípio: os verdadeiros líderes não buscam <i>poder</i>, mas <i>responsabilidades</i>. Esse princípio é ilustrado em três personagens que representam o despotismo e buscam o poder resultante da liderança tirânica e não o amor servil às pessoas. Aqui somos desafiados a questionar as intenções e os objetivos de nossa própria liderança. O objetivo vil e escancarado dos três personagens pode revelar nossos objetivos igualmente vis, porém ocultos <i>de</i> nós mesmos, <i>por</i> nós mesmo. Fica aqui o primeiro desafio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Um outro princípio sobre liderança diz respeito à sua relação com a <i>segurança</i>. Antes de exercer liderança, um dos personagens passa por um teste/tentação/provação. Uma das tentações era exatamente a busca por <i>segurança</i>. A isso o autor assegura: “[<i>fulana</i>] não fora chamada de outro mundo para permanecer em <i>segurança</i>, mas para <i>liderar</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Trata-se de um fato: ser líder é andar em campo minado e em constante perigo. Acho até que o vocábulo “exposição” em alguns contextos seria o sinônimo ideal para “liderança”. Todo líder está <i>exposto</i> às criticas injustas, traições, más compreensões, maledicências etc. Somos a infantaria da igreja – a linha de frente. Estamos à frente combatendo os que se colocam em oposição e vez por outra (para não dizer quase sempre) recebemos golpes daqueles que protegemos. Nunca conheci nenhum irmão com o nome de Judas ou de Brutus; mas nenhum pastor com mais de cinco anos de ministério negará que esses são nomes que se encaixam muito bem em muitos crentes professos. Em suma, a rima de “liderança” com “segurança” é só uma “pegadinha” da língua portuguesa e está bem longe da realidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Diante do que foi considerado acima, é esquisito ver líderes evitando a exposição clara e direta das verdades bíblicas enquanto acampam “em cima dos muros” da segurança. Oh, que tristeza! Esquecem que nossos púlpitos não são palanques, nem palcos onde entretemos e/ou falamos exatamente o que as pessoas querem ouvir. Nosso objetivo é levá-las à reflexão e isso implica que devemos alertá-las sobre quem elas realmente são – “Joãos Ninguéns”. Isso, tenho certeza, não é nada seguro. Evidentemente que não estou ignorando o fato de que nossa segurança está em Deus. O desafio aqui é exatamente esse: confiar em Deus <i>a despeito da insegurança de liderar Seu povo</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Uma das cenas que me marcou foi quando um dos personagens olha para o reflexo de um lago. Ao responder aos questionamentos de <i>Gaius</i>, seu mestre, o personagem responde: “eu não me vejo”. Fantástico! Que líder é esse que não se vê? Certamente um líder de outro mundo. Chegamos a terceiro e último princípio fundamental em um líder – a <i>humildade</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Devido a temática sou levado instantaneamente a Filipenses 2.5 quando Paulo nos diz que devemos ver nossos irmãos como <i>superiores</i> a si mesmos. Uma definição perfeita de humildade. Sempre me questionei quanto ao significado desse texto. Se Paulo nos exortasse a vermos nossos irmãos como <i>iguais</i>, ainda assim, mas ele nos diz que devemos vê-los como <i>superiores</i>. O exemplo que segue nos versos 6-11 é o próprio Cristo. Ele não se apegou ao fato de ser Deus; antes tornou-se homem revelando seu caráter servil. O texto não está afirmando que devemos entender que tudo que temos, temos recebido, por isso devemos não nos apegar a isso no nosso lidar com os demais. Isso é parte da verdade. O foco é, mesmo que tenhamos algo, como Cristo a Sua divindade (diferente de nós que não temos nada por nós mesmo por sermos criaturas), não devemos nos apegar a isso. Dessa forma veremos nos irmãos os dons divinos, por conseguinte, os consideraremos superiores. Deus deseja que vejamos os Seus dons nos nossos irmãos, mas não nos apeguemos ao que nos foi dado. Ou seja, que não vejamos a nós mesmos. Eis o nosso último desafio: Esvaziemo-nos; Anulemo-nos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Que sejamos líderes de “outro mundo”.</span><br />
<div style="text-align: left;">
</div>
<div style="text-align: right;">
</div>
</div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-2035579978127671852.post-8218525096872721402011-12-01T17:33:00.000-08:002018-01-02T14:52:53.385-08:00Recebam as pérolas<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Essa semana chegou às minhas mãos, como um presente de Deus, o livro <i>O PASTOR COMO MESTRE E O MESTRE COMO PASTOR</i> de Piper e Carson pela Editora Fiel. Em uma palavra: <i>impactante.</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 17px; line-height: 19px;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 17px; line-height: 19px;">Trata-se de um livro produzido em decorrência de uma conferência realizada em abril de 2009 em Chicago. Quanto à dimensão, trata-se uma obra pequena (somente dois capítulos). Quanto ao poder de cada palavra, trata-se de uma obra monumental.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 17px; line-height: 19px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Os leitores, os próprios autores e até mesmo os editores poderiam me acusar de excesso ao usar a palavra “monumental”, mas penso que a <i>temática</i> desenvolvida no livro explique todo o meu entusiasmo. A despeito de entender que a obra pode ser lida por um público muito mais amplo (isso é afirmado claramente por Carson na sua conclusão), acho que a minha realidade explica o “louvor acentuado”: Sou um pastor e ensino em um seminário. A identificação com as experiências que esses dois homens compartilham nessa obra torna-se, portanto, inevitável. Além disso, há ainda o fato de que os dois autores estão no meu TOP 20 junto com C. S. Lewis, Calvino, Agostinho.... Há um fato que não pode ser ignorado também: o livro tem “momentos proverbiais”. São verdadeiras pérolas. Um dos motivos desse pequeno <i>post</i> é compartilhá-las. Deliciem-se:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Pérolas de Piper:</span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<i style="font-size: 17px; line-height: 19px; text-indent: 0px;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Muitos pastores, especialmente aqueles que amam a gloriosa visão do ser de Deus, de sua beleza e de seu plano de salvação, têm uma inclinação para a erudição que ameaça intelectualizar demais a fé cristã; isso significa que eles tornam a fé cristã principalmente em um sistema a ser meditado, e não uma maneira de vida a ser sentida e vivida.</span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><i>O próprio Diabo tem muitos pensamentos corretos sobre Deus. Imagino que o Diabo é, em algumas doutrinas, mais ortodoxo do que nós – mais correto do que nós somos. Mas nenhuma dessas doutrinas produz na mente do Diabo amor a Deus, adoração a Deus e deleite em Deus.</i></span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">O uso da mente para chegar ao verdadeiro entendimento é necessário para que nossa satisfação em Deus seja uma honra para ele.</span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Se a sua mente, ao estudar a verdade, o leva a uma convicção que o colocará em problemas, creia na verdade! Fale a verdade! Há tantos pastores escondem suas convicções de seu povo por que temem conflitos.</span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Não permita que alguém lhe diga que o trabalho mental árduo não seja espiritual.</span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">…a própria existência da Bíblia como um livro indica que o pastor é chamado a ler cuidadosa, exata, completa e honestamente. Ou seja, ele é chamado a ser um mestre.</span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">O que “mestre” significa para mim é que o maior objeto do conhecimento é Deus, que ele se revelou a si mesmo com autoridade em um livro e que devo trabalhar, com toda a minha força, todo o meu coração, toda a minha alma e toda a minha mente, para conhecê-lo, gozá-lo e torná-lo conhecido para alegria de outros.</span></i></blockquote>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Pérolas de Carson:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">O amor a Deus nunca deve ser degenerado em confissões de paixão sem pensamento, em tagarelice sentimental.</span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Nada é tão enganoso como uma mente evangélica erudita que pensa estar especialmente próxima de Deus <b>por causa de </b>sua erudição, e não por causa de Jesus.</span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Em algum nível, erudição sem humildade e obediência é arrogância. Falar em conhecer e amar a Deus sem erudição é ignorância.</span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Se você não se envolver ativamente no ministério pastoral, em um sentido ou outro, você ficará distante das linhas de frente e, por isso, se tornará menos útil do que poderia ser.</span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Combata, com todo empenho do seu ser, a disjunção comum entre “estudo objetivo” da Escrituras e “leitura devocional” da Escritura.</span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">O alvo <b>nunca</b> é dominar a Palavra; é ser dominado por ela.</span></i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Não ouso esquecer nunca que os alunos não aprendem tudo que eu tento ensinar-lhes, mas eles aprendem primariamente aquilo que me entusiasma.</span></i></blockquote>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;">Tenho vários livros chamados “de cabeceira”. São aqueles que vez por outra nos vemos lendo-os. Posso citar alguns: <i>O Peregrino</i> de Bunyan, <i>Ortodoxia</i> de Chesterton, <i>Cristianismo Puro e Simples</i> de C. S. Lewis, <i>Teologia da Alegria</i> de Piper. Agora <i>O Pastor Como Mestre E O Mestre Como Pastor</i> se juntará a todo esse conselho de sábios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: 13pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 13pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Obrigado Pr. Magno César pelo belo presente!</span><span style="font-family: arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
Pr. Rômulo A. T. Monteirohttp://www.blogger.com/profile/02419144107671618933noreply@blogger.com17