O amor seja com hipocrisia

Na terça feira da última semana do Seu ministério terreno, o Senhor Jesus proferiu uma de Suas mais duras mensagens contra os líderes religiosos dos Seus dias. Por sete vezes ele se dirigiu ao Seu público como “hipócritas”. As sete repetições do vocativo certamente não revelam uma possível falta de criatividade do mestre de Nazaré; antes, expõe nitidamente Sua profunda indignação ante ao quadro religioso que se impunha a Ele na festa mais prestigiada dos judeus – a páscoa.

O recurso da repetição torna indesculpável tanto o interprete mais descuidado como o mais profundo conhecedor do grego do primeiro século. Todos os que leem Mateus 23 concluirão igualmente: “Não há dúvidas; Jesus odeia a hipocrisia”.

Estou certo de que a grande maioria das pessoas (incluindo os hipócritas, claro), numa primeira leitura reagiria positivamente à condenação à hipocrisia. Se Jesus se referiu aos líderes religiosos como hipócritas por sete vezes; hoje, muitos, em muito, tem superado Suas sete repetições. “Hipócrita” é uma daquelas palavras sofridas e surradas pelo uso. Nesse mesmo grupo encontramos outras igualmente sofridas como “amor”, “preconceito”, “opressão”...

Entretanto, entre o uso da Segunda pessoa da Trindade e o feito em nossos dias há um fosso abissal. Não me refiro somente ao tempo (dois mil anos), mas à semântica também. O significado mudou. Na boca de Cristo, a condenação era contra aqueles que tinham uma preocupação demasiada com as aparências. Porém, diferente do uso atual, a questão não era tanto que elas não revelaram tudo o que pensavam ou eram, mas porque simulavam exatamente o que não eram. Ou seja, em Jesus, o hipócrita mostra o que não é. Hoje, ser hipócrita é não mostrar o que é.

Atualmente a acusação de hipocrisia é usada contra toda forma de moral. “Hipócrita” tem tornado-se sinônimo de “falso moralista”. Por falso moralista entenda-se qualquer pessoa que, por ser humana e falha (ou seja, todos), não tem o direito criticar qualquer ato como errado ou repulsivo exatamente porque seus erros a impedem de tal crítica. Assim, a acusação moderna de hipocrisia (ou falso moralismo) passa a ser um “recurso virtuoso” para se defender de qualquer tipo de condenação moral. A resposta às críticas é sempre: “quem é você para me julgar seu hipócrita?”. Em outras palavras, na “nova hipocrisia” não se pode julgar nada. Só se pode julgar o julgamento.

Vou exemplificar: É comum os defensores das práticas homossexuais acusarem todos aqueles que se opõem de hipócritas. Há artigos que defendem que alguns que espancam gays são gays descarregando a raiva contra sua própria homossexualidade. Bem, eu diria que tais espancadores tão são indignos do convívio em sociedade quanto qualquer outra pessoa que usa da violência, com qualquer ser humano se não para a defesa ou heroísmo. Mas, na lógica de muitos, eles são hipócritas porque não estão revelando o que realmente são.

O documentário OUTRAGE, por exemplo, defende que muitos dos opositores aos direitos dos homossexuais são na verdade homossexuais. A própria terminologia “homofobia” pressupõe isso. A pergunta aqui é: Alguém com desejos homossexuais não pode condenar o homossexualismo? Alguém que tem o desejo homossexual o terá sempre? Alguém que tem desejos errados deve se orgulhar disso? O desejo sexual por crianças impede o autor do desejo de condenar a pedofilia? Alguém que tem o desejo de adulterar não pode condenar o adultério? Ora, por que penso em ou desejo uma coisa quer dizer necessariamente que gosto e devo fazer apologia a ela? Por que fiz algo de errado isso me impede de ver isso como erro? Que loucura!

Seguindo a lógica da “nova hipocrisia”, muitos adolescentes, de posse da “ficha corrida” de seus pais, deveriam apontar o dedo em riste acusando seus progenitores de hipocrisia também. “Quem é o senhor para me julgar?”, “Segundo consta, o senhor foi expulso da sala no sexto ano”, diz o adolescente. E ainda: isso faz do cara que roubou um chiclete quando tinha dez anos se calar (não criticar ou julgar) quando assiste a notícia do assalto ao Banco Central. Ele imagina a dona do estabelecimento adentrando a sala de sua residência e o chamando de hipócrita e falso moralista.

Imagine o julgamento de um estuprador. O juiz lê a sentença de condenação e logo em seguida o advogado de defesa o repreende: “Seu hipócrita! Você nunca desejou a mulher do próximo?! A diferença entre você e este homem é que ele colocou seus desejos em prática. Hipócrita! Hipócrita! Hipócrita!” O policial ao lado, por sua vez, interrompe o advogado: “Hipócrita! O que o juiz está fazendo é o mesmo que o senhor fez com sua esposa expulsando-a de casa porque ela o traiu. Ela só estava colocando seus desejos em prática, nobre advogado. Ela não estava sendo hipócrita como o senhor”.

Bem, vamos parar por aqui, caso contrário nossa sequencia de acusações se prolongaria até findarmos com um coral formado por toda humanidade gritando em uníssono: Hipócrita! Hipócrita! Hipócrita!

Dessa forma, o cristão sempre será considerado um hipócrita, pois muitas vezes condena o que antes já cometeu. O Salmo 51, por exemplo, nos ensina a sermos hipócritas. Para quem não lembra, temos a confissão de um adúltero e assassino. Depois de confessar o pecado a Deus, Davi assegura que ensinará aos transgressores os caminhos do Senhor. Entre o pecado e o ensino contra o mesmo pecado, temos o arrependimento – a mudança e o perdão garantido. Ou seja, aquele que condena já não é o mesmo que pecou. Interessante o que temos nesse grandioso salmo: o que peca ensina a não pecar. Curioso, pois é comum ouvir: “Quem é você para me dizer que isso não pode?”, “Sei o que você fez?”. Em seguida temos a virtuosa acusação: “Seu hipócrita”. Assim, segundo o conceito atual, Davi não é um homem segundo o coração de Deus, mas um grande hipócrita.

Chegamos a um ponto interessante de nossa análise. Observe que a impossibilidade de julgamento gerada pela “nova hipocrisia” está diretamente relacionada à ausência do perdão genuíno. Arrependimento e perdão são as pedras de tropeço do Evangelho de Cristo no discurso da “nova hipocrisia”. Segundo as Escrituras, o perdão e o arrependimento nos autorizam a julgar (não condenar) e/ou a reconhecer o erro do outro. Numa cultura que rejeita a cruz, não há autorização para acusações.

Tanto em Jesus quanto no uso atual, “hipocrisia” é uma questão de coração. Quando Jesus acusou os líderes de hipocrisia, Ele estava assegurando que eles eram externamente o oposto do que era internamente. O mesmo acontece quando alguém hoje nos chama de “hipócrita”. Ele está falando partindo do pressuposto que conhece nosso coração.

Bem, creio que podemos, sim, em algum nível, conhecer as intenções dos corações de outras pessoas. Posso dizer que conheço tão bem algumas das minhas ovelhas que sei suas reais intenções. O mesmo acontece com meus filhos, minha esposa e alguns alunos. Por outro lado, podemos ser ignorantes tanto das intenções dos outros quanto das nossas próprias. E é exatamente quando julgamos as intenções de forma errada que revelamos nosso próprio coração. É simples, nem tudo que você deseja e pensa representa exatamente o outro.

Vamos ilustrar com pessoas ciumentas. O ciúme pode ter muitas razões. A incredulidade e idolatria, por exemplo, explicam muitas manifestações de ciúme. O que o ciumento não percebe é que muitas vezes seu ciúme é uma condenação dos seus próprios pensamentos. O cônjuge que diz em tom de acusação: “Vi como você tratou fulano(a)” está dizendo que quando trata uma pessoa da mesma forma tem intenções pecaminosas. Contudo, o mesmo não necessariamente é certo sobre o cônjuge acusado. Quando um filho da “nova hipocrisia” aponta o dedo, muitas vezes é injusto e só está revelando seus próprios desejos.

O fato é que os modernos condenadores da hipocrisia são igualmente hipócritas. Estou certo de que eles não dizem tudo o que pensam. Nenhum deles suportaria as palavras despidas da “hipocrisia” tão odiada e julgada. Não suportariam a verdade de suas feiuras encobertas pela toxina botulínica, do fracasso familiar, do medo da morte, da infelicidade encoberta pelas compras e pelo entorpecimento do entretenimento. Estou certo de que os atuais condenadores da hipocrisia tapam a boca no velório de amigos e parentes. Mesmo sabendo que o morto era o pior dos maridos, ainda encontram palavras como “Nunca deixou faltar nada em casa”. Que hipocrisia!

Uma das grandes acusações feitas às igrejas é que elas estão cheias de hipócritas. Bem, em primeiro lugar, sim, é verdade que é possível, para ser mais exato, é muito provável termos muitos hipócritas nas igrejas. Creio que o ambiente religioso é bem propício para isso. Por outro lado, se a acusação está seguindo a “cartilha da moderna hipocrisia”, diria que todos devem ser hipócritas na igreja. Ora, não devo tratar meus filhos e esposa na igreja como os trato em casa. É lógico. Isso não é falsidade, é simplesmente reconhecimento de contextos distintos. Será que quando ensino meu filho de 10 anos a não falar tudo o que pensa de alguém estou lhe ensinando a hipocrisia? Não seria isso prudência?

Pensei nas palavras do apóstolo Paulo em 1 Coríntios 9.20-22: Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei. Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei. Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Enquanto o mundo diria: “Que grande hipócrita!” Nós dizemos: “Que grande amor pelo Evangelho”.

Uma das facetas da “nova hipocrisia” é que ela fomenta a cultura do cara-de-pau. A expressão “católico não praticante” é bom exemplo disso. Existe algo mais cara-de-pau? Nada mais não-hipócrita, não é mesmo!? Ora, isso não é o mesmo que um mecânico que não consegue trocar um pneu se denominar “mecânico”? Um vereador não eleito denominar-se “vereador”? O dono de uma empresa falida se denominar “empresário”? Um professor analfabeto…? Um locutor mudo…? ad infinitum. Na “nova hipocrisia” o cara pode se autodenominar “católico não praticante”, e ainda dizer: “pelo menos não estou sendo hipócrita”. Que cara-de-pau! Creio que não vai demorar muito para termos a “versão gospel” da expressão: crente não praticante.

É interessante notar que a cultura das rédeas morais soltas que aponta o indicador para o hipócrita, aponta os outros três dedos contra a falsidade da autoestima. A boca que acusa o cristianismo de hipocrisia, por não entender o perdão da cruz, é a mesma que prega que devemos acreditar em nós mesmos. Nada mais realmente hipócrita do que a mensagem do “eu posso”, “eu vou conseguir” tão constante nos programas “imbecilizadores” da TV. Não é estranho que a mesma cultura que não permite que mintamos para os outros sobre quem realmente somos permite e incentiva a mentira para nós mesmos? O fato é que a mentira da autoestima não resiste muito tempo diante da verdade da incapacidade, da feiura, da desigualdade, da tristeza, da violência – a máscara não resiste. Então, só fica a depressão.

Sinceramente, devemos, como cristãos, tomar a acusação de hipocrisia como um elogio. Se hipócrita é aquele que não fala tudo o que pensa e que condena o que pode ou já realizou, certamente sou um grande hipócrita. Diria mais, lutarei com muita oração para continuar sendo o maior hipócrita de todos, pois o contrário de hipocrisia é imprudência. As pessoas não precisam nem suportariam tudo o que se passa pela mente de um pecador, dos quais eu o principal.

Olha só o que o tempo faz! Antigamente os efeminados eram denominados de “mulherengos”, hoje o significado é exatamente o contrário. A dinâmica da língua somada ao tempo decorrido me leva a afirmar: “Ame aos seus irmãos com hipocrisia”. Seja prudente em suas palavras e, depois de analisar seus próprios pecados (sem hipocrisia, ou seja, arrependido diante de Deus), ajude seu próximo com os dele, os revelando com amor.

Que país é esse?!


“Que país é esse!?” é o título de uma das músicas mais emblemáticas de Renato Russo. A expressão tornou-se (ou já era, não sei) um dito sempre acionado pelos brasileiros diante dos absurdos testemunhados diariamente. Diante do escândalo do mensalão (execução e julgamento também), por exemplo, é comum ouvir “Que país é esse?”.

As palavras que seguem visam responder a pergunta-exclamação e ao mesmo tempo compactuam do espírito crítico do já falecido roqueiro. Dessa forma, as palavras abaixo tem, sim, um tom negativo. Trata-se do desabafo de um descontente. No entanto, não temos somente palavras contraproducentes. Creio que elas podem ser esclarecedoras também.

Sim, não sou bairrista, nem um patriota provinciano do tipo Policarpo Quaresma. Vejo essas posturas como extremamente perigosas. Elas justificaram e fundamentaram muitas atrocidades; além disso, nos cega quanto aos nossos próprios erros, e às virtudes dos outros. Isso não implica que não amo meu país; só não o idolatro como diz o hino de Joaquim Osório. As palavras que seguem podem parecer não amigáveis, mas na verdade são palavras de dor.

Também é importante entender que o texto tem uma mensagem corporativa. Portanto, fala-se de Brasil de forma geral. Melhor dizendo, o texto é uma impressão geral do Brasil.

Certamente muitas das minhas críticas podem ser aplicadas perfeitamente a outros países também. Porém, como minha experiência transcultural é restrita a veículos indiretos (e.g., livros, internet, vídeos) e não a uma experiência in loco, prefiro me referi ao Brasil ao invés de me dirigir ao mundo ocidental ou a Europa, por exemplo.

Voltando a pergunta: Que país é esse? Respondo descontente: É um país…

…que lê a história pelos “óculos de Marx” onde sempre os pobres são os coitados e os ricos os malvados e os opressores. Brasileiro acha que todo pobre é coitado e vítima do capitalismo. Você deve conhecer muitos pobres que são verdadeiros vagabundos e muitos anticapitalistas que não estão dispostos a morar na “Cuba do Che” porque lá não tem peça de reposição para seu Honda Civic nem big mac.

…que tenta consertar o erro histórico da escravidão desmoralizando e criando uma desconfiança com todos os alunos e profissionais negros por meio da política de cotas. Ora, a justiça desejada por muitos é impossível de ser realizada. Nem uma máquina do tempo resolveria a situação. Embora queira ajudar o negro brasileiro, a política de cotas consegue piorar sua condição. Enquanto a pergunta “qual é a sua cor?” for decisiva, o país não terá virado a página.

…que exige que tudo que é afro e indígena deve ser amado como “nosso”. Ora, somos um povo misturado. Fico a pensar se realmente existe UMA “cultura brasileira”. O fato é que índios matam crianças, tem uma culinária ruim [com exceção da tapioca e da farinha] e suja [existem bebidas à base de cuspe]. Pensando na “cultura afro”, vamos ser sinceros, as “letras monossilábicas” do “axé afro” são para mentes ocas e/ou entorpecidas. Desconfio que muitos negros sentem-se pressionados a gostarem de tudo que é afro, pois, do contrário, estariam negando sua história e sua cultura. Pergunto: qual o problema com isso? A escravidão, por exemplo, é marca da história africana também. Como todos os brancos, todos os negros devem se envergonhar da escravidão.

Pensando nos índios, muitos dos que lutam pelos direitos deles não querem abandonar seus ipads e aparelhos sanitários para viver no mato. É ridículo, e em alguns casos, até desumano, deixarem os índios em certas condições somente para se ter um “museu a céu aberto”. Não tenho dúvida de que muitos índios trocariam suas tribos pela cidade. Alguns não saem, ou porque não conhecem a cidade, ou devido a um estilo de vida, a convicção (menos mal), ou ainda porque são preguiçosos mesmo. Pense comigo: se vou morar na Europa e tomo cerveja nos pubs londrinos enquanto discuto a preservação das tartarugas marinhas e a importância da reciclagem, é porque progredi. Mas, se o índio deixa sua tribo; é um traidor da sua cultura. Ora, não deveria ser “chique” também sair do mato?

que acha que os índios são inocentes e tem coração puro. Essa é de doer. Alguns veem as tribos como verdadeiros paraísos. Primeiro, ninguém acredita realmente nisso. Ninguém quer morar com eles. Eu não quero, você não quer,  nem os antropólogos querem viver em ocas. Segundo, há uma ideia idiota de que a nudez está relacionada com a inocência. Talvez devido a uma memória bíblica distorcida; não sei. O fato é que, qualquer analfabeto bíblico sabe que a nudez de Adão e Eva está longe da dos índios.

…onde pessoas ficam indignadas com as promessas não cumpridas dos políticos, mas acham o adultério algo suportável e até aconselhável. No Brasil seria muito mais grave para mim, se fosse um político, não cumprir minhas promessas de campanha (que não dependem completamente de mim já que vivemos em uma república e acorrentados numa burocracia absurda) do que não cumprir promessas que dependem inteiramente de mim (ser fiel no casamento, por exemplo).

…que é extremamente burocrático. Além do RG temos o CPF, a RH, Titulo de eleitor, reservista, cartão do SUS… ad infinitum. Quem já teve que resolver “pendengas” nos cartórios brasileiros sabe do que estou falando.

…que orgulha-se do carnaval. O país que tem orgulho de ser o maior país católico do mundo é o país que para no começo do ano para uma orgia com a bênção e promoção do estado e o perdão antecipado da igreja romana. Fico pensando na quantidade de ambulâncias disponibilizadas para atender jovens bêbados enquanto mulheres grávidas são colocadas em segundo plano. Além disso, todos sabem que nenhuma mulher pode andar com seios à mostra nas ruas. Mas, no carnaval, o estado permite tudo isso, e com cobertura ao vivo pela TV.

…que acha que todo mundo que foi torturado na ditadura militar é herói. Como bem observa Leandro Narloch, “[a tortura] deu aos grupos de luta armada um escudo anticríticas” (itálico nosso). Tente falar bem dos militares; aconselho proteger-se das pedradas. O fato é que a turma que apanhou era tão violenta quanto (ou até mais) os militares. A ditadura militar nos livrou da opressão e intolerância tão marcante nos regimes socialistas e comunistas defendidos por guerrilheiros patrocinados por Stalin.

…que iguala qualquer lampejo de autoridade com opressão. Pais, professores, policiais e qualquer “não” são vistos com desconfiança. Muitos dos que apanharam na ditadura acham que tudo é repressivo. Todos tem dificuldade com fardas, patentes e hierarquia.

…que iguala palmada com espancamento. Não há dúvida de que a “lei da palmada” coloca os pais como reféns dos filhos. Não precisa ser profeta para ver a imundície que isso vai dar. A invasão do estado é brutal. Além disso, a lei pressupõe uma inocência nas crianças que não encontramos nem nos contos de fada. Na Suécia, por exemplo, toda criança é incentivada, diante de uma simples ameaça, a denunciar os pais. Os efeitos disso nas guardas das crianças de pais separados são inevitáveis. Como fica o referencial de autoridade? Não fica, morre!

Ainda pensando em criança, no Brasil um cara com 1,80 de altura, noventa quilos de massa muscular, no final do ensino médio e votante não pode ser condenado. Pasme, o cara pode matar e quando completar seus 18 anos terá uma ficha tão limpa quando a de uma criança intrauterina. No Brasil, idade (e não a gravidade do crime e a consciência do criminoso) é critério absoluto de julgamento. É menor? Pode fazer. Pode matar. Fica à vontade Joãozinho, você só tem 15 anos; nem seu rosto nem seu nome vão aparecer. É isso mesmo turma, o cara pode olhar para a câmera do circuito de segurança, com certeza, e para tristeza dele, sua imagem não vai aparecer no Jornal Nacional. Ele deve ser preservado. O endereço do absurdo é Artigo 27 do código penal e Artigo 247 do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Não faz muito tempo que ouvi um retardado afirmando que o Estatuto da Criança e do Adolescente me proíbe de chamar o cara de “menor”; ou ele é criança, ou é adolescente. O pior é a explicação: é “opressivo” chamar o marmanjo de “menor”. Assim, o cara pode assassinar, mas chamá-lo de menor é opressivo. Que país é esse?

…que acha que é dever do estado providenciar tudo. Esquece-se de que quem dá, da comida à saúde; da educação ao gás e impede os pais de aplicarem home school logo estará dizendo ao povo no que deve ou não deve crer. “Quem come do meu pirão, prova do meu cinturão” já diziam os antigos.

…que permite que eu “encha a cara”, mate várias pessoas atropeladas e não seja obrigado a me submeter ao teste do bafômetro porque ninguém pode providenciar prova contra si. Quem inventou e/ou corroborou tamanho absurdo vê tudo à luz da ditadura militar (especificamente a tortura). Não tenho dúvidas de que muitas leis foram criadas enquanto seus autores pensavam no pau de arara.

…que crê que todo crime contra homossexuais é fruto de homofobia. O próprio conceito de homofobia é ridículo. A ideia é que quem comete violência contra homossexual não tem sua identidade sexual definida; por isso o violenta. Posso dizer, então, que todos os idiotas que brigam por seus times não tem bem definido o time que gostam. É isso mesmo? E quando um homossexual fala mal de um crente é porque ele não tem sua identidade religiosa definida? É isso mesmo?! Posso dizer que todo homossexual que comete “evangelicofobia” no fundo quer ser pastor? Ou, quando critico um político é porque não tenho uma moral definida? Só um retardado mental aceita isso.

…que a prática homossexual é fruto da “liberdade colorida” e que todos são “alegres” (gays). Não precisa viver muito para saber que muitos são extremamente depressivos. Isso me leva a outra consideração…

…que crer que toda tristeza do homossexual é causada por preconceito heterossexual. Eles nunca são fracos; os outros é que são brutos e opressores. Eles nunca são neuróticos, os outros é que os desprezam exatamente e somente por serem homossexuais. Essa questão do preconceito é tão paranoica, que logo estaremos (se já não estamos) vivendo uma ditadura de neuróticos. Logo logo pessoas estrábicas serão presas porque olharam de forma estranha para um homossexual.

…que entende que qualquer discordância intelectual com respeito à homossexualidade é homofobia. Se eu disser, por exemplo, que a homossexualidade masculina passiva é prejudicial à saúde, serei considerado um homofóbico. Se eu disser, por exemplo, que o homossexual só pode ser estuprado por outro homossexual serei considerado um homofóbico. A lógica me diz que somente um homossexual tem relação com outro homossexual.

…que entende como forma legítima de patriotismo escrachar os americanos. Acordem meus queridos, estamos longe deles. Eles são os maiores, ponto. Esse discurso antiamericano é tolo. Não estou aqui dizendo que os EUA não têm defeitos. Já convivi com muitos americanos para saber que a coisa é bem diferente. Mas, comparo esses “brasileiros antiamericanos” ao cara que comprou um carro popular em 60 prestações e não consegue conviver com a riqueza do vizinho que tem um camaro comprado à vista. Sempre existiram superpotências. E somos, no máximo, uma nação candidata a potência. Só.

…que acha que as conhecidas “celebridades” devem ter algo a dizer sobre tudo. Geralmente são chamados para a TV para dá opinião sobre aborto, inseminação artificial, clonagem, moralidade…. No mundo da democracia, do facebook e dos blogs, todo mundo quer ter uma palavra sobre qualquer assunto. A superficialidade e os comentários arrepiantes são simplesmente insuportáveis.

Uma breve digressão para falar dos teólogos de blog. Observe que a maioria não identifica sua igreja local. Desconfio de toda instituição e pessoa que ignora ou não tem compromisso com a igreja local. Conheço alguns que sequer podem ensinar em suas próprias igrejas por falta de compromisso, mas são celebrados pela turma da grande rede. Os caras leem três livros de teologia e falam sobre tudo. Conheço, de cara, teólogos sem compromisso com igreja local: são vazios, sem misericórdia, taxativos, cheios de ideias mirabolantes, críticos vorazes e não produzem nada na vida real – na igreja local. Comparo a meninada que se atreve a escrever sobre teologia sem ter que prestar contas à igreja local como o aluno que chega atrasado na sala e quer falar – está fora de contexto.

…onde filhinhos de papai, nerds jogadores playstation e torcedores de futebol vestem a camisa estampada com a face de Che Guevara. Não tenho dúvida que Che Guevara mataria muitos desses idiotas. O ponto aqui não é quem está certo (é claro que o Che não está), mas a incoerência gerada pela ignorância. Não tenho dúvida de que Che Guevara só não matou mais pessoas que Hitler porque não tinha a mesma capacidade intelectual do austríaco (apesar desse só ler material alemão – era um patriota provinciano).

…que não lê a Bíblia, mas a considera homofóbica, opressiva e patriarcal. Se todo homossexual conhecesse um pouco da Bíblia, saberia que o cristianismo não é uma ameaça para eles. Não porque aprova suas práticas, mas porque preza pela “liberdade [responsabilidade] da alma”. Não há ameaça em um sistema que nos convida a amar os nossos inimigos. As feministas de plantão não sabem nada de Bíblia. Aqui vai o que Deus quer que eu faça pela minha esposa: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela…” (Ef. 5.25) e “os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo (Ef. 5:28). Feministas são mulheres mau amadas. Falta homem no mercado, sim, mas isso é outro assunto.

…que iguala intelectualidade com ateísmo (como se ateísmo fosse uma conclusão intelectual e não moral e/ou existencial). Nas palavras de Pondé “Até os golfinhos conseguem ser ateus, porque o ateísmo é a visão de mundo mais fácil de ter…”.  O fato é que os estudos não nos afastam de Deus, somente revelam que não é uma questão fácil. Ser ateu na verdade é ser tapado. Raciocine comigo: dizer que algo não existe pressupõe onisciência. Só posso dizer que não tem baratas no restaurante X depois de longa investigação. Tenho que conhecer tudo para dizer que algo não existe. Toda declaração de ateísmo é uma declaração de divindade. Assim, ou eles são oniscientes ou imbecis.

…que acredita que revelar os pecados e os escândalos dos cristãos destruirá o cristianismo. Sinceramente; é de rir. Deixe-me dizer uma coisa para a turma que está fora da Igreja: Toda igreja que tem compromisso com as Escrituras está constantemente sendo lembrada da sua condição de pecado. É costumeiro ter nossos pecados expostos. Paulo, Pedro, os profetas do AT e o Senhor Jesus nos revelam constantemente quando os lemos. Todo cristão autêntico está acostumado com críticas e/ou admoestações. Aliás, posso dizer com segurança que os de fora pegam leve; bem leve. Eles acham, por exemplo, que adultério é sair com outras mulheres. Sinceramente, eu posso sobreviver a tal acusação. Isso não me atinge. Mas Cristo nos diz que só em pensar, cometo adultério. Isso, sim, me atinge. Jesus pega muito mais pesado que nossos acusadores.

Deixe-me dá outro recado: denominar-nos de “fanáticos” e “loucos” aumenta nossa alegria. Se a imprensa noticia que um pastor é milionário ou explora os fiéis, a pergunta que faço é: “Qual é a novidade?” Nós não somente temos conhecimento disso, como esperamos por isso. E é a própria Bíblia que gera essa expectativa. Nunca será surpresa ter um representante do cristianismo envolvido em escândalos. O Supremo Pastor já nos alertou sobre isso. O fato é que a Igreja nunca acabará.

…que acha que somente os tapados intelectuais são agentes de preconceito e que todo objeto de preconceito é sempre vítima. Ora, TODO ser humano é preconceituoso (é instinto de proteção) e muitas das ditas “vítimas” de preconceito são pessoas supersensíveis que acham que o mundo gira em torno delas e que todas as palavras e olhares são contra elas. Outras simplesmente não querem pagar o preço de suas escolhas. Sou cristão e pastor. Já fui barrado em empresas de crédito exatamente por ser pastor. É o preço. Sei que muitos têm preconceito simplesmente por proteção. Certamente deve haver uma explicação histórica para tal atitude. O que não posso é colocar na conta dos preconceituosos todos os meus fracassos.

…onde ninguém pode ser chamado de “rolha de poço” ou “dente de nós todos” (já fui chamado assim) porque é bullying. Não que seja a favor de bullying; longe disso; longe mesmo. Nem que seja a favor de expressões pejorativas e depreciativas dirigidas a indivíduos. Mas a forma como alguns abordam o assunto poderá nos levar a ser um país de fracos, hipersensíveis e “deprimidinhos”. O que é interessante é que os caras que praticam bullying geralmente são menores. Ou seja, não podemos nem sequer mostrar o rosto ou nomes dos autores e depois de 18, caso sejam detidos, terão uma ficha limpa.

…onde a palavra do terapeuta é tão exata quanto à lei da gravidade e a do pastor tem menos peso que as palavras de uma participante desses realities shows. Aliás, ser pastor no Brasil é ser ralé. Só aparecemos na mídia para explicar algum escândalo. E quando pendem a opinião, escolhem os menos preparados. Fico paralisado como todos podem dá uma opinião: psicólogos, políticos, escritores, jornalistas, celebrites, desportistas, carnavalescos, atores, cantores, médicos, músicos, radialistas…Pastores?! Pastores não. Pastor é ralé.

…que pensa que todo professor universitário é inteligente. É de rir – de morrer de rir. Tem mais: os alunos do ensino “superior” acham que são superiores mesmo. Pior: os pais se orgulham dos diplomas dos seus filhos pelo mesmo motivo.

…que acha que os EUA devem ter uma política de desarmamento mais rígida. Vamos aos fatos. As cidades onde os “crimes escolares” aconteceram tinham números baixíssimos de morte por armas de fogo. Aqui no Brasil qualquer “zé mané” com o um revolver acha que tem superpoderes. Lá não é assim, pois a todos é dado o direito de ter “superpoderes”. Se o Brasil aplicasse a mesma lógica com que julga a liberdade bélica americana para si mesmo seria proibido vender enxada. Se a rigidez na politica de desarmamento fosse a solução, o Brasil não teria crimes. Se pudesse escolher, preferiria a liberação de armamento americano do que a rigidez brasileira. É só saber contar. Onde moro, matam um hoje e deixam dois amarrados para o outro dia. É guerra civil. Nos EUA as mortes por armas são pontuais (porque são raras), aqui as mortes são pontuais (porque acontecem todos os dias, com hora marcada).

…que coíbe (seria proíbe?) os professores públicos reprovarem seus alunos por uma questão de estatística. Deixa-me falar uma coisa sobre educação pública (até o ensino médio pelo menos): ela não presta. Nenhum professor crê nas estatísticas. Não estou aqui dizendo que pessoas da educação pública não podem crescer intelectualmente. Não creio que o status intelectual é determinado por questões sociais e nem que as escolas são determinantes para a intelectualidade de alguém. Aliás, acho que o sofrimento é uma ótima escola.

Ainda pensando em educação; no Brasil educação é também fruto da onda da terceirização. Seja nas escolas particulares, seja nas públicas, os pais entregam seus filhos inteiramente à escola. Ela é o álibi perfeito para o fracasso dos filhos. Vá para uma reunião de pais e mestres ou simplesmente pergunte aos diretores das escolas: “quem dá mais trabalho, os alunos ou os pais?”. Hoje o pai entrega seus filhos ao colégio, à natação, ao reforço...

…que vê o sindicalismo como uma autêntica forma de se buscar o bem-estar dos “oprimidos”. Boa parte não passa de uma cambada de preguiçosos. Aqui vale lembrar as palavras do sábio Salomão “Como vinagre para os dentes e fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam” (Pv. 10:26). E ainda: “O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos recusam trabalhar”. (Pv. 21:25). O fato é que muita gente tem comido o “pão da preguiça”.

…que entende que a universidade é lugar para todos. Ora, nem todos tem a mesma capacidade intelectual. Você nem sequer precisa saber ler para ter ciência disso. Basta conhecer duas pessoas. Só. Se hoje as universidades estão cheias não é porque o brasileiro está mais inteligente, mas é porque o ensino piorou. A prova é que hoje não basta você dizer que é formado em direito; você tem que dizer que passou na prova da OAB. E sabemos que são poucos os que passam. O chamado “sertanejo universitário” revela todo seu nível intelectual com letras profundas como “tchê tchererê tchê tchê”. Se o universitário está assim, imagina se fosse “sertanejo de creche”. Não digo “sertanejo do ensino fundamental” porque meu filho de dez anos faria coisa melhor; além disso, a turma da creche não tem como ficar ofendida em compará-los com tamanha superficialidade.

…que prega que o machismo é culpa dos homens como se todos fossem filhos de pais solteiros ou de chocadeira. Onde estão as mães desses machistas? Caso você ache que sou um deles, digo que não fui criado pelo meu pai, mas pela minha mãe. Reclame com ela. Não duvido que algumas feministas diriam que Usain Bolt só é o campeão dos 100 metros rasos por causa da opressão patriarcal. Deixe-me dizer uma coisa para as mulheres: olhem-se no espelho. Não somos iguais. Somos diferentes; em virtudes e defeitos. A prova disso é que ao mesmo tempo em que querem ser tratadas como iguais, querem delegacias especializadas e gostam de romantismo. Além disso, nunca vi uma mulher se gloriar de ter um marido “barriga branca”. Se encontrar alguma que se vangloria disso, pode ter certeza, ela é uma frustrada.

…que acha progresso vê suas mulheres como mães solteiras e independentes. Usando as palavras de Luis Felipe Pondé: “mãe solteira só feliz na novela das oito”. Fui criado por uma mãe solteira. Não vejo nada de sublime nisso. Sugerir um novo modelo de família e tratá-lo como normal é tolo. Dois homens com uma mulher, duas mulheres com um homem, homem com homem, filhos de um pai vivendo com outro; tudo isso pode ser administrável, mas está longe de ser algo “sonhável”. Só os ouvintes das repetitivas e entorpecedoras frases da maldita autoajuda (geralmente vinda da boca de artistas superficiais) creem e sonham com isso. Todo filho de pais separados sabe, no fundo, que foi desconsiderado e que a separação é uma declaração aberta de incompetência dos seus pais. Não há honra nisso. E se algum pai diz o contrário, é mentira. O que um pai ou mãe que se separam tem que fazer é reconhecer o erro; só.

…onde o mico leão dourado e a arara azul são mais importantes que as crianças e os presidiários. Sinceramente não acho que a extinção de alguns animais traria todos os males que muitos “Nostradamus do meio ambiente” preveem. E todo esse papo de aquecimento global pode pegar aqui no Ceará. Mas vai dizer isso para um cara que mora na Groelândia ou na Rússia. Se está mais quente em alguns lugares, está mais frio em outros. Aquecimento global está longe de ser um assunto resolvido como muito da mídia coloca. Observe o tratamento dado aos animais e o dado aos presidiários. Não duvido que muitos presidiários hoje estariam dispostos a dividir a sela com o leão no zoológico de São Paulo. Talvez sua única dificuldade seria de dividir o celular com o rei da selva. No Brasil, às vezes é melhor ser árvore ou macaco do que gente. Ainda pensando na relação homem/animal, têm sido cada vez mais comum reportagens cujos protagonistas são animais. Nunca pensei que o atropelamento de um cachorro fosse pauta de jornal. Será que não morreu nenhum ser humano mais digno que um cachorro nesse mesmo dia?

…que tem como propaganda para o mundo o traseiro nu de mulheres e ainda sente-se ofendido quando estrangeiros se aproximam das suas mulheres como prostitutas. Moro em uma cidade litorânea. Garanto a você que 70 por cento dos turistas estrangeiros vêm para desfrutar das “belezas naturais” – acho que fui claro. Não conheço e nunca conheci turista (homem e solteiro) interessado na história e na arquitetura do Ceará. Podem me chamar que preconceituoso, mas tenho o direito e o dever de desconfiar de turistas estrangeiros solteiros. Muitos turistas que conheço não passam de caçadores de tundás.

…onde pode-se (na verdade, deve-se) gastar mais da metade do salário com bebidas, festas, orgias, drogas, jogo de futebol, camisas de times; mas, se se doa dez por cento da sua renda para uma comunidade que acolhe e cuida de sua família, é fanatismo.

…que diz que Deus é brasileiro e enche os estádios no domingo.

…onde o patriotismo é confundido com torcer pela seleção de futebol. Futebol é um capítulo à parte no Brasil. Pensa comigo, existe coisa mais tola do que um país se orgulhar de um esporte? Um país deve se orgulhar da paz, da luta pelo direito de ir e vir, da sua história de conquistas, da educação dos seus cidadãos, da luta contra a tirania, etc. Acompanha o meu raciocínio: a maioria dos nossos desportistas de sucesso costuma testemunhar dificuldades (geralmente pobreza, desestrutura familiar) de suas vidas. Ora, isso não é um testemunho indireto contra o país? O fato é que nossos atletas são o que são a despeito da falta de estrutura do país. É aqui que está o glamour. Admiramos muitos atletas exatamente porque superaram a falta de apoio. O que o estado fez para o Neymar ser o que é? Nada. O Santos, sim, uma instituição privada, apostou as fichas no garoto. Qual a participação do estado e cultura brasileira no tricampeonato de Airton Senna? Nenhuma. A explicação do seu sucesso está em sua família (como no caso do Neymar também).

Acho que é só… eu Acho…

Perfil

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Rômulo Monteiro alcançou seu bacharel em Teologia (Seminário Batista do Cariri – Crato/CE) em 2001; concluiu seu mestrado em Estudos Bíblicos Exegéticos no Novo Testamento (Centro de Pós-graduação Andrew Jumper – São Paulo/SP) em 2014. De 2003 a 2015 ministrou várias disciplinas como grego bíblico e teologia bíblica em três seminários (SIBIMA, Seminário Bíblico Teológico do Ceará e Escola Charles Spurgeon). Hoje é professor do Instituto Aubrey Clark - Fortaleza/CE) e diretor do Instituto Bíblico Semear e Pastor da PIB de Aquiraz.-CE Casado com Franciane e pai de três filhos: Natanael, Heitor e Calebe.